INE

Julho 21, 2006 by  
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É disponibilizada toda a informação estatística publicada pelo INE, sob a forma de quadros estatísticos, séries cronológicas, estudos e meta informação.

Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE)

Acção vai ser mais dirigida à inovação

Julho 21, 2006 by  
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In Dn 20/07/06

A inovação será uma área de aposta nos próximos tempos do Plano Tecnológico, estando em preparação algumas das medidas nesse campo, disse ontem Carlos Zorrinho, coordenador da iniciativa, à saída da reunião do conselho consultivo. Das 50 medidas que o Plano Tecnológico integra dedicadas à inovação, apenas 72% (36 medidas) estão em execução ou concluídas, estando 14 em preparação.

Em preparação estão ainda sete medidas no eixo da tecnologia (que integra um total de 24 medidas) e três no eixo do conhecimento (um total de 38 medidas). Este último é, pois, o eixo onde os trabalhos estão mais avançados, com 92,1% das medidas em execução ou concluídas.

Carlos Zorrinho salientou que o objectivo do Plano Tecnológico é ter sempre medidas em preparação. Do total das 112 medidas que o plano incorpora 79% estão em execução ou concluídas. O coordenador desse plano acrescenta que a maioria das medidas que estão em preparação aguardam pelo novo quadro comunitário de apoio, designado agora de QREN (Quadro de Referência da Estratégia Nacional). Para Carlos Zorrinho, “o nível de execução é muito elevado”, o que “só foi possível porque toda a sociedade civil tornou esta agenda como a sua agenda”.

Rocha de Matos, presidente da AIP, declarou ao DN que parece ser intenção de José Sócrates haver uma acção mais dirigida às empresas. “Até agora, o plano tem sido mais um plano de natureza de administração, em várias áreas”, comentou Rocha de Matos. Há 800 grandes empresas em Portugal e 360 mil micro, pequenas e médias empresas que são responsáveis por 76% do emprego e 70% do volume de negócios. “Temos de fazer uma aposta clara no upgrading destas empresas, redimensioná-las, reestruturá-las, introduzir capital, mas também gestão mais qualificada, de tal maneira que se possa desenvolver, redimensionar e atacar os mercados internacionais”, declarou Rocha de Matos. O conselho consultivo deverá voltar a reunir-se para uma reunião de reflexão estratégica.

Zorrinho garantiu, por outro lado, que em breve será assinado o protocolo definido com o MIT.

Nota: Somente com uma melhoria substancial dos quadros qualificados nas PME´s poderemos ambicionar a elaboração de estratégias mais inovadoras para as PME´s.

Capital de Risco para PME

Julho 21, 2006 by  
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In Jn 20/07/06

As Pequenas e Médias Empresas (PME), sobretudo as mais inovadoras, terão acesso facilitado a capital de risco se forem aprovadas as novas orientações em matéria de auxílio estatais ontem propostas pela Comissão Europeia.

As regras adoptadas pelos comissários determinam em que condições os apoios públicos aos investimentos em capital de risco das PME serão compatíveis com as regras europeias em matéria de ajudas de Estado, fixando um limiar de 1,5 milhões de euros em investimentos por PME ao longo de cada período de 12 meses, 50% superior ao actual.

Por causa do maior potencial de distorção da concorrência, as ajudas acima do novo limiar serão objecto de uma “avaliação detalhada” por parte de Bruxelas, a qual terá em conta o impacto económico, não implicando necessariamente a abertura de um procedimento formal de investigação. Os estados-membros terão de provar a existência de uma deficiência de mercado justificativa da ajuda estatal.

As “avaliações detalhadas” serão levadas a cabo se, entre outros casos, as medidas em causa financiarem a fase de expansão das PME em áreas não assistidas; se estiverem em causa investimentos complementares para além dos 1,5 milhões e da fase inicial de crescimento da empresa; e que prevejam investimentos com participação de entidades privadas inferiores a 50% em áreas não assistidas ou a 30% em áreas assistidas.

De contrário, os auxílios estatais serão apenas sujeitos a “avaliações simplificadas”.

Nota: Interessa que os financiamentos sejam aplicados em sectores inovadores sujeitos ao risco, para não ter apenas o risco no nome do capital. Quem não arrisca, não petisca.

Indústria local deve “ancorar” investimentos

Julho 20, 2006 by  
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In Dn 19/07/06

A indústria local deve ser encarada como um parceiro dos governos para “ancorar” os investimentos das multinacionais. Só assim o risco das deslocalizações pode ser minimizado, apesar de os governos, per se, não terem capacidade de controlar o movimento. A solução proposta pelo Centro de Inovação Inteli e pela AFIA-Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel é apoiada por Basílio Horta, presidente da API (Agência Portuguesa para o Investimento), que defende a criação de clusters.

Apoiando-se no caso mais mediático – a GM da Azambuja – Basílio Horta considera que “juntar uma fábrica de componentes junto a uma fábrica automóvel é fundamental”. E aponta a Autoeuropa como um exemplo a seguir, também noutros sectores. Aloísio Leão é da mesma opinião e acusa o Governo, no caso particular do sector automóvel, de ter somente “em consideração os construtores, excluindo o sector dos componentes”, que considera “essencial para ancorar o investimento dos primeiros”.

Na hora de decidir um processo de deslocalização, as multinacionais procuram, sobretudo, compensar défices de competitividade gerados pela perda de atractividade dos locais onde estão instalados ou por lógicas de racionalidade económica inerentes às próprias dinâmicas empresariais. Os custos de mão-de-obra ou a redução de linhas de incentivos são as desvantagens comparativas mais referidas pelos (des)investidores. Contudo, realça o Inteli, existem outros factores que afectam igualmente a performance competitiva do território. São eles: “as ineficiências logísticas, a carência de recursos humanos qualificados, a dinâmica dos fornecedores locais e a ausência de ligações a fontes de conhecimento, inibindo o upgrade tecnológico do tecido empresarial local”.

Um levantamento da CGTP-IN, que José Cartaxo, da estrutura sindical, considera “parcial”, revela que, nos últimos três anos, 39 empresas estiveram envolvidas em processos de encerramento ou deslocalização, afectando 27 500 trabalhadores, dos quais 9600 ficaram sem os seus postos de trabalho devido à transferência para outros mercados, principalmente para o Leste. Os sectores têxtil, do calçado, dos componentes e a indústria da montagem automóvel são os mais afectados.

A CGTP-IN traçou um conjunto de medidas que considera urgente aplicar no caso das multinacionais em processo de deslocalização, entre elas a “divulgação pública dos contratos assinados com o Governo e o pagamento aos trabalhadores dos subsídios de desemprego, substituindo a Segurança Social nesta despesa.” A devolução integral dos apoios financeiros e o ficar impedida de receber incentivos no país para onde deslocaliza a produção são igualmente medidas preconizadas pela estrutura sindical.

Para Aloísio Leão, os sindicatos portugueses “devem rapidamente mudar algumas atitudes, de modo a responderem a um mundo global”. O receio dos fabricantes de componentes de que outras unidades de montagem possam encerrar são reais e apontam o dedo à PSA/Citroën de Mangualde, que, tal como a GM da Azambuja, é considerada uma unidade-satélite. Basílio Horta apela à “calma”. E cita o exemplo da Autoeuropa, que “foi um caso muito complicado”, tendo na altura “valido o bom senso dos trabalhadores”.

Compensar o défice de competitividade através de uma política que vise a protecção artificial do emprego, pode, segundo o Inteli, “acentuar o gap competitivo da região atingida pela iminência do processo de deslocalização”. A Renault de Setúbal é um exemplo que a indústria não esquece. Durante dois anos, a fábrica foi mantida pelo Governo na tentativa de procurar um investidor que acabou por não aparecer.

Nota: Industrias como a do têxtil, calçado, etc só conseguirão sobreviver se escolherem um posicionamento assente em estratégias de inovação (desenvolvimento de novos produtos, etc) e de marketing (criação de marcas, criação de canais de distribuição, etc). Doutra forma assistiremos a mais deslocalizações.

Portugal ‘tem de perder a vergonha’ de ser genuíno

Julho 20, 2006 by  
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In Dn 19/07/06

Tradição, hospitalidade, diversidade ambiental e pequena dimensão geográfica são algumas das vantagens competitivas de que Portugal dispõe na área turística e que tem de aprender a explorar devidamente. Quem o diz é Edson Athayde, especialista em marketing e publicidade, que considera que o País precisa de criar uma imagem consistente no mundo e, sobretudo, de dizer ao turista aquilo que ele quer ouvir.

Coube a Edson Athayde fazer uma análise das campanhas promocionais do turismo português na 3.ª Conferência Internacional em Hotelaria e Turismo, subordinada ao tema “Promoção e Branding dos Destinos Turísticos”. Considerando que “a imagem de um país já tem de existir antes de ser criada”, este responsável defendeu que Portugal precisa de aprender a comunicar “o que tem de diferenciador e que atrai os turistas”, deixando de ter vergonha de se assumir como “um país pequeno, hospitaleiro, com boas praias e que preserva as tradições”.

A questão, sublinha Edson Athayde, é que ainda está “meio confuso” o que Portugal quer transmitir com as suas campanhas de turismo. “Se o turista gosta de viajar, ficar numa praia agradável onde vê uns pescadores pela manhã e está disposto a gastar alguns milhares de dólares para o fazer, porque não? Não é isso que vai transformar Portugal num país de pescadores”, defende. E acrescenta: “É verdade que incomoda as classes mais cultas, que têm dificuldades em conviver com essas caricaturas, mas é isso que vende um destino turístico. As pessoas que viajam para a Jamaica não querem saber se o país cresceu ou não economicamente. Vão atrás de praia, e é um dos destinos que mais crescem no mundo.”

Para Edson, o turismo é, em si, um tema suficientemente abrangente para ser tratado em exclusivo. “O país enquanto atractivo de investimento, pólo industrial, símbolo de modernidade, tecnologia, etc., é uma questão que um dia será realidade, mas, até lá, o turismo não precisa de ficar à espera”, defende. A Espanha, adianta, resolveu muito bem essa questão, na década de 90, construindo a marca da paixão. “E não se preocupou em potenciar um preconceito, um estereótipo, que o resto do planeta tinha em relação à sua história, cultura e presença, tal como a Grécia não se incomoda em se publicitar enquanto destino de ilhas muito interessantes e divertidas, com casinhas brancas e telhados azuis”, acrescenta.

Portugal deveria recorrer ao clima, hospitalidade, diversidade ambiental e mesmo dimensão geográfica, que permite conhecer muitas coisas em pouco tempo, diz. “Mas isso é tudo o que tem vergonha de dizer. Que é pequeno, que é bom para ir à praia… E por isso diz de forma envergonhada ou por meias palavras, e não tira o devido proveito”. Porque, “enquanto fica a meio caminho tentando inventar alguma coisa, ou se reinventar, o tempo vai passando e outros países e destinos vão encontrando a sua lógica”.

Nota: Turismo, um dos clusters estruturantes em que se deve apostar.

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