Desemprego na OCDE perto dos 10 por cento e PIB recua 4,3 por cento

Março 31, 2009 by  
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A taxa de desemprego nos 30 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) pode aproximar-se dos 10 por cento durante os próximos meses, o que significa um acréscimo de cerca de 25 milhões de desempregados como consequência da crise internacional. Ao mesmo tempo, o conjunto das economias da OCDE deverão registar um recuo de 4,3 por cento em 2009.

Estes números foram hoje divulgados por Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, antecipando um estudo que será publicado durante o dia de amanhã.

Perante esta escalada do desemprego, Gurría pede aos Governos dos países mais ricos do planeta que “tomem acções rápidas e decisivas para evitar que a crise financeira se torne numa crise social de larga escala com efeitos profundos nos trabalhadores mais vulneráveis e nos agregados familiares de mais baixo rendimento. O secretário-geral da OCDE está, no entanto, preocupado com a falta de meios para enfrentar este problema, “OS fundos adicionais são limitados, correspondendo a entre oito e dez por cento do total da despesa pública nos EUA e na França, sendo ainda menor nos outros países”, disse.

No que diz respeito ao crescimento económico, as previsões da OCDE também são, agora, bastante mais pessimistas. O Produto Interno Bruto (PIB) poderá sofrer uma contracção de 4,3 por cento em 2009, afirmou Angel Gurria, citado pelas agências noticiosas italianas. O responsável da OOCDE falava no G8 social que decorre na capital italiana antes da apresentação amanhã das novas previsões económicas da organização.

Esta nova previsão é muito inferior à anterior, publicada em Novembro, que apontava para uma contracção de 0,4 por cento do PIB da área da OCDE este ano. As novas previsões serão “um pouco mais pessimistas do que pensávamos há somente algumas semanas”, disse Gurria, que apontou ainda para uma estagnação no próximo ano nos 30 países da organização.

Fonte: Jornal Público

Comentário I&M: A  actual crise já é considerada a maior retracção económica desde a “Grande Depressão”.