Pedido meio milhar de patentes em 2008

Abril 14, 2009 by  
Filed under Notícias

Sinal de capacidade de inovação, o pedido de registo de patentes para novos produtos ou técnicas por parte de empresas e investigadores continua a aumentar.

Em Portugal, foram perto de 5 mil, em 2008, e todos os anos tem aumentado.

São sobretudo centros de investigação e universidades quem regista patentes, em Portugal, e todos os anos os números têm aumentado. No ano passado, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial recebeu 513 pedidos de registos de invenções, bem acima dos cerca de 300 recebidos no ano anterior.

O dinamismo dos inventores nacionais, contudo, ainda não se reflecte da mesma maneira no registo internacional. É certo que o número praticamente duplicou desde 2004, mas ainda assim no ano passado os pedidos não ultrapassaram os 95 – uma quantidade ínfima comparada com os 164 mil pedidos apresentados, no total, à organização sediada na Suíça e que põe em prática o Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes. São os Estados Unidos quem lidera a lista, desde há uns 30 anos, e por uma grande margem: sozinhos respondem por perto de um terço de todos os pedidos. É o reflexo do dinamismo dos seus investigadores.

Em 2008, entre as cem maiores utilizadoras do sistema, 38 eram norte-americanas, 28 japonesas e 13 alemãs. Mas é para o outro lado do globo que se deve olhar quando se procura a entidade que, sozinha, mais pedidos de registo apresenta: a empresa chinesa de telecomunicações Huawei Technologies foi a que mais pedidos de registo de patentes apresentou ao sistema internacional (1.737).

Firmas como a Huawei ou a ZTE (também de telecomunicações e também na lista das cem mais dinâmicas) permitiram já à China alcançar o sexto lugar entre os países com mais número de pedidos de registo de patentes.

O actual sistema mundial de patentes data de 1978 e está, neste momento, a ser reformulado.

In JN

A propriedade intelectual, principalmente ao nível das patentes, é uma das áreas onde Portugal está pior, ao nível dos indicadores internacionais que avaliam a temática da Inovação.

Todo o work-flow da inovação deverá funcionar melhor, e para isso será fundamental que as universidades e centros de investigação começem a vender mais serviços ao mercado empresarial, até para equilibrar os seus orçamentos.