Inovação: «cérebros» devem criar oportunidades em Portugal

Abril 13, 2010 by  
Filed under Notícias

O ministro da Ciência, Mariano Gago, afirmou que os académicos ou investigadores portugueses no estrangeiro que têm dificuldades em regressar a Portugal devem criar as suas próprias oportunidades de investigação ou empresariais, em vez de «estarem à espera», noticia a Lusa.

«Uma coisa que me chamou a atenção nos EUA foi o elevado número de oportunidades que há para os professores dentro dos departamentos, de concursos e a mobilidade dos professores de departamento para departamento e de grupos de investigação para grupos de investigação. Olho para Portugal e não vejo isso acontecer», lamentou um investigador de Carnegie Mellon, Ricardo Lima.

O ministro e o secretário de Estado, Manuel Heitor, responderam com as recentes alterações regulamentares, que «removeram grande parte das barreiras legais e institucionais» no acesso à docência e investigação, embora a mudança na «prática» seja mais demorada.

«Quem quiser voltar para Portugal e seja de muita qualidade é muito bem-vindo mas não deve pôr-se à espera. Deve ir ter com as instituições. E se está no meio científico sabe quem é quem, sabe quem são as pessoas que trabalham bem, quem são os colegas que respeita. E é com esses que deve colaborar», declarou o ministro da Ciência.

Nos últimos anos, muitos regressaram a Portugal com contratos-programa da Fundação para a Ciência e Tecnologia, e estão a chegar ao fim destas bolsas sem perspectivas de trabalho, de acordo com a presidente da PAPS, Anabela Maia.

«Este programa atraiu muitos investigadores de renome, alguns estavam a acabar os seus doutoramentos e voltaram a Portugal. Agora as pessoas estão a encontrar problemas. Não quer dizer que não se crie essa continuidade entretanto, mas para já as perspectivas são de voltar a sair», afirmou.

O ministro garantiu que «vai haver condições para ficarem nas empresas e nas universidades». «A reforma das universidades foi muito importante porque obrigou a uma renovação de quadros e a uma abertura muito maior, por concurso, dos melhores às melhores posições», considerou.

No plano empresarial, Manuel Heitor lembrou os casos da Critical Software, Biotecnol, ou Alfama, que «nasceram, sem excepção, do envolvimento de algumas pessoas com capacidade de liderança em redes de conhecimento».

«Há oportunidades que se criam e a participação no ambiente em que vivem, nas universidades norte-americanas, é particularmente estimulante para criar oportunidades», afirmou.

Fonte: Diário Iol



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