Inovação: Sócrates dá exemplos de Portugal para defender inovação e ciência

Maio 17, 2010 by  
Filed under Notícias

O primeiro ministro, José Sócrates, deu este domingo exemplos do sucesso português nos setores da inovação e das energias renováveis para defender uma agenda de cooperação público-privada mais intensa entre a UE e a América Latina.

“Não há sucesso económico que não tenha com base a inovação, a tecnologia e o conhecimento“, disse em Madrid, destacando a importância da ciência e das energias renováveis.

Numa intervenção de quase 30 minutos, que encerrou a inauguração da cimeira empresarial UE-América Latina, o chefe do Governo reconheceu o longo caminho feito na última década para aproximar os dois continentes, que permitiu tornar a Europa no segundo parceiro comercial e primeiro investidor na América Latina.

Um sucesso que deve ser de “encorajamento para o futuro” especialmente num “mundo que precisa de mais cooperação económica”, quer a nível de governos, quer a nível dos agentes económicos, referiu José Sócrates.

O primeiro ministro defendeu que a ciência e o desenvolvimento do potencial científico são vitais para a inovação e o desenvolvimento tecnológico e, como tal, devem ser “uma das prioridades das políticas públicas e empresariais”.

“Ninguém melhora a competitividade da sua economia, ninguém acrescenta mais valor aos produtos que produz, ninguém melhora a sua posição na economia global se não elevar também o seu ensino de excelência, virado para o conhecimento científico”, disse, recordando que esta é uma das prioridades da agenda europeia 2020.

José Sócrates foi o único líder europeu que interveio no encontro de Madrid devido às ausências, por motivos de agenda, tanto do primeiro ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, como do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

O primeiro ministro sublinhou que é possível concretizar mudanças nestes campos de forma rápida, o que só ocorre, disse, “com uma concertação estratégica entre Estado e empresas, entre Estado e mercado”.

E para defender esse argumento recordou dados de Portugal, como o aumento no investimento em ciência, de 0,7 por cento para 1,15 do PIB entre 2005 e 2008, o facto de estar acima da média europeia em investigadores: 7,2 por cada mil ativos.

“Pela primeira vez o investimento privado das empresas em investigação e desenvolvimento foi superior ao que se verificou por parte do Estado”, afirmou.

“Estas mudanças têm um efeito direto e muito rápido nas economias dos países, na administração pública e até na criação de um melhor ambiente para os negócios”, disse.

“No ano passado, em Portugal, mais de 50 por cento das empresas foi formada em menos de uma hora”, afirmou.

O primeiro ministro destacou ainda a aposta nas energias renováveis, crucial porque a “questão energética é uma das que vai comandar o impulso económico em todo o mundo”.

“O mundo não aceita uma tal dependência do petróleo como a que se verifica na economia mundial e não aceita que um continente como a Europa seja tão dependente do petróleo e gás natural”, disse, referindo-se ainda a questões como a segurança de abastecimento e o aquecimento global e destacando a aposta no carro elétrico.

“O mundo exige hoje entendimentos e tenho esperança que destas cimeiras empresariais saia uma aposta no futuro com inovação, tecnologia e conhecimento, baseado na melhor cooperação comercial entre a UE e ALC”, disse.

Fonte: Sic Online



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