Inovação: Presidente da República – Medo da mudança está a atrasar o progresso do país

Junho 9, 2010 by  
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O Presidente da República afirmou que a propensão para evitar mudanças é dos maiores obstáculos à transformação do país.

“À semelhança dos navegadores de outrora, temos de ser capazes de ousar ultrapassar as barreiras mentais que nos atemorizam perante o risco e a incerteza”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção na cerimónia de entrega do Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa, uma iniciativa da COTEC – Portugal.

Pois, sublinhou Cavaco Silva, “a propensão para manter o estado das coisas, para evitar a todo o custo qualquer mudança que implique risco e a reserva com que muitas vezes se encara a inovação são dos maiores obstáculos à tão necessária transformação do nosso país”.

Perante uma plateia cheia de portugueses residentes no estrangeiro, o Presidente apontou precisamente o traço comum de todos eles da “vitória sobre circunstâncias adversas”.

Na sua intervenção, Cavaco Silva deixou ainda outro desafio, “convocando” os empresários de sucesso portugueses residentes no estrangeiro a contribuírem para vencer o desafio da transformação da economia nacional, lembrando que a recuperação económica sustentável só poderá acontecer com uma aposta no reforço dos factores de competitividade e na conquista de novos mercados.

“E é precisamente aqui que o contributo da diáspora, o vosso contributo, poderá ser decisivo. Se há exemplo que os nossos compatriotas nos têm dado é de que não existem fatalidades irreversíveis. É sempre possível mudar o rumo das nossas vidas. À custa de trabalho, de criatividade, da capacidade de correr riscos”, notou, considerando necessário “tomar consciência do potencial de dinamização que constitui a nossa diáspora”.

“O vosso sucesso, como empresários e empreendedores, é actualmente uma mais-valia que Portugal não pode desperdiçar”, acrescentou.

Porque, continuou o chefe de Estado, na medida em que conhecem as realidades de Portugal e do país de acolhimento poderão criar ligações de contacto “extremamente frutuosas”.

Depois, têm um vasto conhecimento dos mercados onde operam, o que pode ter muito útil aos empresários envolvidos em actividades de exportação, além de serem “são depositários de uma relação pessoal e muito próxima com os milhões de luso-descendentes”, referiu ainda.

“Ao reconhecer a existência de uma comunidade empresarial de sucesso na diáspora, os empresários nacionais poderão aí encontrar parceiros de confiança, profundos conhecedores das realidades dos novos mercados-alvo que ambicionam conquistar”, sustentou.

E, por outro lado, “os empresários das comunidades no exterior poderão encontrar nos empresários nacionais os parceiros adequados para investimentos e negócios rentáveis que contribuam para o desenvolvimento económico do País”.

Já no final do seu discurso, Cavaco Silva voltou a lembrar que, na luta para vencer as dificuldades, todos são necessários, “sem excepção”

“A aventura contemporânea de Portugal está aberta a todos. Todos, sem excepção, serão necessários para percorrer os caminhos que nos levem de regresso ao crescimento económico sustentável”, enfatizou.

Fonte: Económico



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