Inovação: Tecnologia portuguesa revoluciona diagnóstico clínico

Julho 2, 2010 by  
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A Biosurfit criou uma plataforma que permite realizar testes junto do paciente e saber logo o resultado.

A tecnologia da Biosurfit baseia-se num equipamento de leitura – Spinit Reader – e na utilização de discos descartáveis – Spinit Disposables. Mediante a utilização de uma gota de sangue, esta tecnologia consegue disponibilizar resultados precisos de detecção de diversos marcadores em apenas 15 minutos. Isto permitirá ao médico fazer o diagnóstico clínico mais rápido e preciso.

Fundada, em 2005, por João Garcia da Fonseca, doutorado em Engenharia Física dos Materiais Interfaces, a Biosurfit tem vindo a ser financiada não só por capitais de risco (INOV Capital, Beta Capital e Caixa Capital), mas também por fundos nacionais e comunitários. O projecto, que leva já praticamente cinco anos, chegou a 2010 com a fase de I&D da tecnologia Spinit realizada, com a transferência dos processos de produção em fase final de validação, com a implementação dos processos de gestão e de desenvolvimento de produto de acordo com as normas ISO 9001/13485 e já certificados pela TUV Rheinland, com evidências da aceitação do produto pelo utilizador final e pelo mercado e prestes a fazer a marcação CE de toda a tecnologia. O próximo marco a ser atingido, ainda durante este ano, é o lançamento do produto no mercado português para, a seguir implementar a estratégia de internacionalização.

Qual a razão do sucesso deste projecto?
A equipa da Biosurfit é o best asset da empresa. É dela que nasce a maior criação de valor, não só na capacidade de gerar propriedade intelectual, que se traduz directamente nas seis patentes já submetidas até à data, mas principalmente na manutenção de um ambiente de trabalho divertido e de colaboração em que todos podem influenciar as decisões técnicas e de negócio da empresa. A paixão por resolver problemas e com isso contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal de todos é o nosso maior activo.
A capacidade financeira é também um factor crítico de sucesso de uma empresa como a Biosurfit. Principalmente num país com a dimensão de Portugal, a capacidade de investir durante muitos anos com uma perspectiva de retorno longínqua e de alto risco associado é uma grande dificuldade para os investidores financeiros. A capacidade e a visão dos investidores institucionais da Biosurfit têm sido de uma importância vital para o seu sucesso.O desenvolvimento de parcerias tecnológicas e de negócio é outro factor crucial para o desenvolvimento de um projecto desta natureza.

Que dificuldades encontrou?
Vários foram os desafios que a Biosurfit foi superando ao longo do tempo. A inexistência de casos ou propriedade intelectual desenvolvida na combinação de tecnologias que estamos a usar no spinit, tornam, por exemplo, o planeamento de todas as actividades um exercício muito complicado com os respectivos impactos em termos da gestão de recursos e de orçamentação da empresa. Outros grandes desafios que encontramos têm a ver com a passagem da fase de investigação e desenvolvimento para a fase de desenho e prototipagem e para a produção em larga escala da tecnologia spinit.(…)

A crise alguma vez o fez hesitar?
Os desafios e as dúvidas que enfrentámos  foram muitos… Já passaram cinco anos desde o início deste projecto e o risco da operação está a diminuir cada dia que passa e a capacidade da empresa em seguir o seu caminho e tornar-se um sucesso na indústria de diagnóstico é inversamente proporcional a esse risco.

Há razões para estar pessimista?
É claro que a situação dos mercados financeiros tem um impacto no desenvolvimento das actividades da Biosurfit, não só relativamente ao crédito bancário, absolutamente necessário para o fundo de maneio da empresa mas também no aumento de aversão ao risco por parte dos investidores institucionais. O aumento crescente do foco dos investidores na análise do risco da empresa está a ofuscar as possibilidades de ganho das operações e com isso muitos negócios com grandes possibilidades estão a ser rejeitados. De qualquer maneira e num momento em que se fala cada vez mais em contenção de custos e criação de eficiência na cadeia de valor, a Biosurfit está cada vez mais optimista e confiante na sua tecnologia pois essa tem sido a sua direcção em termos de negócio desde o iníciodo projecto.

Fonte: Oje – O Jornal Económico

Inovação: Tecnologia multitoque em superfície curva nasceu em Braga

Julho 2, 2010 by  
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Em Fevereiro de 2010, a Edigma anunciou ao mundo a sua nova tecnologia patenteada multitoque.

A Edigma, uma empresa portuguesa de Braga, fortemente orientada para a investigação tecnológica desde a sua criação, é a primeira empresa no mundo capaz de tornar qualquer superfície plana ou curva, opaca, ou transparente, em vidro, plástico, ou madeira numa superfície multitoque.

A tecnologia multitoque, aplicada a uma superfície curva, capaz de detectar 16 toques em simultâneo, está em fase de protótipo, devendo começar a ser comercializada ainda este ano.

Quando estiver estabilizada, esta tecnologia “made in Portugal” permitirá abrir muitas outras possibilidades nesse admirável mundo novo, onde a PME portuguesa, que tem no jovem empreendedor Miguel Peixoto de Oliveira o seu grande impulsionador, começa a cimentar o nome.

A Edigma surgiu no mercado em 2000. Apenas quatro anos depois, o seu laboratório de Investigação & Desenvolvimento, em parceria com redes académicas de investigação, fez nascer o Displax In-teractive Window, antecipando em 50 anos a tecnologia imaginada por Steven Spielberg em Minority Report e revolucionando o paradigma da relação homem-máquina. Com escritórios em Lisboa e Madrid, a Edigma emprega já 55 pessoas, das quais 65% são licenciadas. A média etária dos seus colaboradores é 30 anos. A empresa destina 15% do investimentos anual I&D.

Qual a razão do vosso sucesso?
Inovação. Embora actualmente esta seja uma palavra tão gasta que já perdeu o seu significado, a realidade é que a razão de termos chegado até onde chegamos, assenta na atitude inovadora que procuramos diariamente implementar. Mas, para poder inovar e desenvolver novos produtos, novas tecnologias e romper com os paradigmas existentes é absolutamente necessário apostar na I&D, que tem uma consequência directa no carácter inovador da empresa, que por sua vez vai ter um impacto a longo prazo na performance da empresa. Se o mercado espera de nós o produto “de amanhã”, não podemos ter à venda o “de ontem”. Se uma empresa nos contacta e diz que quer ter a loja mais futurista do mundo, nós não podemos limitar-nos a colocar lá os produtos que já temos. O consumidor de hoje é extremamente exigente, sofisticado e conhecedor.
Isso é excelente para o mercado, pois permite às empresas inovadoras sobressaírem e destacarem-se mais, recompensando ainda mais a aposta na inovação e na I&D.

Que dificuldades enfrentou na construção de uma empresa tão inovadora?
Ao contrário do que se pensa, Portugal tem uma população extremamente receptiva às novas tecnologias e à utilização de inovações, pelo que é um excelente mercado piloto para desenvolvermos novos produtos e testarmos a sua aceitação. A localização periférica, ao contrário do que possamos pensar, é extremamente centralizada, entre a Europa e a América do Norte, os mais importantes mercados ocidentais.
Quanto à mão-de-obra, temos enormes quantidades de recursos disponíveis, jovens licenciados, cheios de energia, acabados de formar com os conhecimentos científicos mais recentes, à procura de oportunidade no mercado de trabalho.

A crise dos últimos anos alguma vez o fez hesitar?
As crises são excelentes motores de desenvolvimento e de inovação. Fazem um “reset” ao mercado, eliminando as empresas com baixos índices de inovação, produtividade económica e geração de riqueza, subindo o nível médio de exigência.Na realidade, e a história comprova-o, as crises fortalecem os sobreviventes, e às crises sucedem-se períodos prósperos e de grande crescimento económico que beneficiam as organizações que melhor se posicionam.

Há razões para estar pessimista?
Há cinco anos atrás não existia o YouTube, sete anos antes disso não existia o Google e há quatro antos atrás não existia o IPhone… Hoje em dia navegar na internet, tirar fotografias, aceder à conta bancária ou comprar bilhetes para um espectáculo através do telemóvel é algo que encaramos com naturalidade. Mas se exercitarmos um pouco a nossa memória chegamos à conclusão que os últimos quinze a vinte anos passaram a uma velocidade estonteante, com alterações profundas aos nossos comportamentos. Portanto temos todas as razões e mais algumas para estarmos optimistas. As empresas de top de hoje são empresas que há dez anos não estavam sequer no top 100 e a maior parte delas opera em mercados que há 15 ou 20 anos nem existiam. O mercado está repleto de oportunidade, é preciso é entendê-lo. Tendo consciência das capacidades das equipas da EDIGMA e das oportunidades que temos para agarrar, não poderia deixar de estar optimista!

Fonte: Oje – o Jornal Económico

Inovação: Windows 8 será táctil e fará reconhecimento facial

Julho 2, 2010 by  
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O Windows 8 promete ser revolucionário. No passado fim-de-semana, foram divulgados, em vários “sites”, documentos confidenciais da Microsoft sobre a próxima versão do sistema operativo Windows e entre as grandes novidades está o facto de ser táctil e reconhecer o utilizador.

O novo Windows, que deverá ser lançado em finais de 2012, será um sistema completamente diferente dos anteriores, centrado na capacidade táctil dos novos computadores e no reconhecimento facial dos utilizadores (através da câmara integrada no monitor) como sistema de autenticação, na melhoria da velocidade e na eficiência energética, avança hoje o “Publico.es”.

Estas informações que têm estado a correr na Internet foram sobretudo passadas por um responsável da equipa de programação da Microsoft, diz o “ABC”. Esse mesmo responsável referia que a nova versão se chamará Windows Next e não Windows 8, para se diferenciar bem da actual versão, e que estará mais protegido contra a intrusão de “hackers”.

Além disso, o novo Windows deverá ter um controlo da luz ambiente, que permitirá que a luminosidade do ecrã se ajuste automaticamente ao meio ambiente, salienta o “El País”.

Está também prevista, segundo estas fontes, uma loja “online” própria, ao estilo do iTunes da Apple ou do Market do Android, onde os criadores poderão comercializar aplicações concebidas para trabalhar com o Windows 8.

Também com o Windows 8 chegará o Windows Server 2012, a nova versão do Windows Server, que deverá corresponder a uma actualização do Windows Server 2008 R2, refere o “ABC”.

Esta publicação refere ainda que a Microsoft quer levar algumas ideias da Kinect para o novo sistema operativo: computadores dotados – junto à câmara “web” do monitor – de sensores de proximidade semelhantes aos do seu novo periférico para a Xbox 360. O PC poderá reconhecer quando um utilizador entra em casa, ligar-se e validar a sua identidade através do reconhecimento facial, sublinha o “ABC”.

Fonte: Jornal de Negócios