Marketing: Portuguesa PayUp quer vendas de 100 milhões

Agosto 24, 2010 by  
Filed under Notícias

A empresa de pagamentos chega à Polónia e à Roménia em Setembro e prevê fechar o ano com mais 33% de receitas.

A partir de Setembro, qualquer familiar de emigrante polaco ou romeno vai poder levantar as remessas de dinheiro vindas de Portugal em mercearias de bairro, papelarias, tabacarias ou minimercados. Mesmo que seja nos arredores das grandes cidades. E mesmo que não seja na Western Union, uma das empresas de transferência de dinheiro mais populares em Portugal. É que a empresa portuguesa PayUp acaba de assinar uma parceria com a Western Union para facilitar o levantamento das remessas nos países de Leste onde está instalada.

A PayUp é a versão internacional da PayShop, criada pelas mesmas pessoas para o mercado internacional. Com 1,5 milhões de operações por mês, está a introduzir um novo conceito de conveniência nestes países, onde a rede de pagamentos é menos diversificada e os multibancos exigem taxas de serviço. A inovação rendeu à empresa 75 milhões de euros em receitas no ano passado e deverá chegar perto dos 100 milhões este ano.

“A evolução ao nível dos pagamentos tem sido muita, mas ainda não atingiu certos nichos de mercado e zonas do globo”, explica ao i Luís Janeiro, fundador e CEO da PayUp. Antes de se lançar na Roménia e na Polónia, a empresa fez pesquisa em cerca de onze mercados, da Turquia e Alemanha à Hungria e Bulgária. E descobriu que havia muito potencial. “Percebemos que há muitas pessoas sem conta bancária ou que, tendo conta, querem evitar as taxas dos ATM”, revela Luís Janeiro.

Na maior parte destes países, o consumidor paga para fazer pagamentos e ainda lhe cobram uma taxa extra se utilizar a máquina ATM de um banco diferente. “O nosso segmento é o médio/médio-baixo”, continua o CEO, “e a verdade é que há muitas pessoas com esta necessidade de conveniência”.

Por isso, a PayUp constitui uma espécie de actualização da PayShop, que foi comprada pelos CTT em 2004. A versão portuguesa consiste numa rede de quase quatro mil pontos de pagamento, desde tabacarias a mercearias, onde os consumidores podem pagar várias facturas (a rede PayShop ajudou a acabar com as tesourarias da EDP, por exemplo). Mas no caso da PayUp, o leque de serviços é bem mais alargado.

É possível, por exemplo, levantar dinheiro com cartão de crédito num minimercado; pagar contas com cartão de débito e crédito; carregar dinheiro no telemóvel. Para os retalhistas da rede PayUp, cerca de seis mil, esta também é uma oportunidade de vender outros produtos enquanto a pessoa está dentro da loja, a fazer pagamentos. Além disso, a rede dá comissões de 3% a 5% nos carregamentos de telemóveis e uma taxa fixa nos outros pagamentos.

“A ideia é alargar a rede internacional e conseguir uma maior gama de serviços”, adianta Luís Janeiro, apesar de reconhecer que a crise atrasou o desenvolvimento da empresa. Em 2009, por exemplo, a PayUp teve alguns problemas de financiamento que só foram resolvidos com a entrada da InovCapital, que investiu três milhões de euros – os outros accionistas são um fundo gerido pelo BPN e os sócios fundadores.

Fonte: Jornal i



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