Marketing: China e Índia fazem consumo mundial de energia disparar 40%

Setembro 29, 2010 by  
Filed under Notícias

O mundo vai assistir a um aumento “dramático” do consumo de energia até 2030, muito por culpa do crescimento das maiores economias emergentes.

Até 2030, o consumo de energia a nível mundial vai sofrer um aumento “dramático” de 40%. O preço a pagar, garante a Agência Internacional de Energia (AIE) no “World Energy Outlook”, é que sem uma mudança nas actuais políticas energéticas irá registar-se um aumento de seis graus nas temperaturas médias mundiais. A solução é apostar nas energias renováveis que deverão registar um aumento de 22% até 2030.

O relatório da agência sublinha que os dois maiores países emergentes, China e Índia, serão responsáveis por mais de metade do aumento do consumo energético no mundo, já que é impossível dissociar o crescimento económico de uma maior procura de energia. Aqui, a China bate todos os recordes. Só em 2010, o gigante asiático conseguiu ultrapassar o Japão e tornar-se na segunda maior economia mundial, atrás dos Estados Unidos. O Banco Mundial prevê que a China possa chegar a número um em 2025.

Mais rápida foi a sua chegada ao primeiro lugar do pódio no consumo de energia, que era ocupado pelos EUA há mais de um século. Em pleno cenário de recessão mundial, em 2009 a China consumiu 2.252 milhões de toneladas de petróleo e combustíveis equivalentes, enquanto os EUA ficaram 4% abaixo, com 2.170 milhões de toneladas. Esta ultrapassagem só era esperada por volta de 2015.

Em Pequim, o director da Administração Nacional de Energia, Zhou Xian, apressou-se a sublinhar os esforços para reduzir o consumo de energia e optar por fontes renováveis. O economista-chefe da AIE, Fatih Birol, diz que se a China implementar as políticas de ‘clean energy’ anunciadas recentemente no valor de 520 mil milhões de euros, poderá de facto abrandar o consumo de energia.

O problema, dizem os analistas, é que ao tornar-se no maior consumidor mundial a China passará a ditar as regras do uso de energia a uma escala global, desde os modelos de automóveis comercializados aos tipos de centrais energéticas construídas, determinando os padrões de consumo de energia muito além das suas fronteiras.

Fonte: Económico



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