Inovação: As empresas tecnológicas que fazem sucesso lá fora

Dezembro 6, 2010 by  
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Quer seja para contornar a pequena dimensão do mercado interno quer seja para continuar a crescer as empresas vendem os seus produtos além-fronteiras e já são casos de sucesso.

Volume de exportações das empresas ligadas às Tecnologias de Informação e Comunicações (TIC) subiu mais de 10% entre 2007 e 2008, e cresceu mais de 15% entre 2008 e 2009, adiantou Daniel Bessa, director-geral da COTEC, que referiu ainda que “é preciso dar tempo a algumas destas empresas, mas o registo é encorajador”.

De acordo com a mesma fonte, se olharmos para a origem do volume de negócios das Pequenas e Médias Empresas (PME) da Rede Inovação da COTEC, e se separar as TIC das restantes, “observamos que este grupo exporta 22,5% do seu volume de negócios enquanto as PME não TIC exportam 37,1%. Temos de ver estes dados em conjunto com a idade média destas empresas”. Isto porque, uma grande parte das TIC são empresas criadas já nesta primeira década do século XXI e como salientou Daniel Bessa “há certas coisas que melhoram com a idade”.

Aqui ficam, então, exemplos de tecnológicas portuguesas que já dão cartas no mercado internacional e assumem que ter uma presença fora de Portugal faz parte do seu ADN.

A SISCOG, especialista em software para a gestão de recursos em empresas de transporte, cedo percebeu que a aposta apenas no mercado interno limitaria o crescimento.

Natalina Magro, responsável pelo desenvolvimento estratégico da SISCOG, explicou que em 1986, perante a incapacidade do País em adoptar as tecnologias avançadas desenvolvidas a empresa avançou para a exportação através do seu primeiro cliente internacional, os caminhos-de-ferro da Holanda.

Hoje cerca de 85% do volume de negócios são relativos à exportação. A SISCOG ainda só tem escritórios físicos em Portugal, mas “planeamos internacionalizar para além da exportação. Estamos neste momento focados no continente Americano e Extremo Oriente, com destaque para os Estados Unidos e China, para onde estamos a estudar qual a melhor solução”, avançou Natalina Magro.

A génese da EDISOFT está intrinsecamente associada a uma parceria internacional, pelo que cedo “deu asas à sua vocação internacional sendo, por isso, uma referência ao nível das empresas de engenharia portuguesas cujo volume de negócios é maioritariamente orientado para a exportação, garante António Rodrigues de Sousa, director-geral da empresa especialista no desenvolvimento de sistemas críticos e complexos para o sector da defesa e segurança e dos sistemas espaciais.

Neste momento, o mercado internacional absorve 68% das vendas da EDISOFT, sendo que a estratégia passa pela formação de parcerias e alianças nacionais e transnacionais, o que teve como resultado que a empresa tenha clientes e parceiros em Espanha, França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Grécia, Holanda, Noruega, Polónia, Reino Unido, Itália, Suécia, Áustria, Rússia, Finlândia, Dinamarca, Japão, China, Israel, Marrocos, Venezuela, Canadá e Estados Unidos.

António Rodrigues de Sousa adiantou ainda que a EDISOFT está estudar aproveitar oportunidades de negócio no domínio dos sistemas de defesa, dos sistemas de segurança marítima e dos sistemas de informação logística a decorrer na Alemanha, Argélia, Espanha, França, Itália, Cabo Verde, Marrocos, Malásia, e Austrália/Nova Zelândia.

A estes investimentos, “acrescem também oportunidades de negócio que começam a ser exploradas no Brasil, na Guiné-Bissau, em Moçambique, em Timor Leste e na Tunísia, afectos à defesa, à monitorização de áreas de produção florestal e a sistemas de gestão de segurança marítima, salientou o director-geral da empresa.

Hugo Macedo, administrador da agência de vendas online ActualSales, explicou que “a necessidade de gerar vendas tirando partido de um novo canal como a internet é uma necessidade universal das empresas. Assim, com a experiência, ‘know-how’ e tecnologia desenvolvida com base no mercado nacional, resolvemos explorar oportunidades de desenvolver campanhas de clientes noutros países”.

A ActualSales está presente no Brasil e Espanha, sendo que, 70% das vendas são oriundas de campanhas internacionais, mas do escritório brasileiro e espanhol vêm cerca de 30%,o resto é gerido centralmente em Portugal. Hugo Macedo garante que “estamos a trabalhar para no início de 2011 entrar em novos mercados, sobretudo em países da América Latina”.

Fonte: Económico



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