Inovação: PME rumo à inovação

Dezembro 11, 2010 by  
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Que ingredientes asseguram o grau certo de inovação numa PME? Como é que se transforma o investimento em rendimento? A Polisport, Nautilus e WeDo Consulting contam as histórias que as levaram à distinção dentro da rede de PME Inovadoras da Cotec.
A paixão que esteve na base da criação da Polisport marca a diferença na empresa e “continua a ser alavanca para uma dinâmica organizacional vocacionada para a internacionalização e para o sucesso”, garante Pedro Araújo, líder executivo e fundador da empresa. Estes são factores de diferenciação em relação a uma qualquer PME? Talvez não pelo conceito mas, sim, pela forma como essa paixão foi aplicada.
Desde os 19 anos que o desporto de duas rodas gerava entusiasmo, materializado no motocross. O interesse permitiu que Pedro Araújo identificasse, ainda muito jovem, uma lacuna no mercado: o da falta de peças de substituição. Foi este o fundamento que deu lugar à produção e comercialização de peças em fibra de vidro e ao nascimento da Polisport. Em actividade desde 1981, o grupo é constituído pela Polisport Plásticos e a Polinter Plásticos e emprega, actualmente, 160 colaboradores. Mantém a totalidade do capital em mãos nacionais, apesar de exportar para 62 países em todo o Mundo e de gerar apenas 3% da facturação em terras portuguesas.

A aposta estratégica da Polisport na inovação e na internacionalização foi o mote para que a empresa aderisse à rede PME Inovadoras da Cotec, recorda Pedro Araújo, explicando que tudo acontece num processo de evolução natural. A Polisport era, até então, certificada exclusivamente por um Sistema de Gestão de Qualidade, sendo que, após uma revisão, através do “Balanced Scored Card”, Pedro Araújo concluiu que uma gestão no âmbito da inovação era prioritária, o que levou ao “Innovation Scoring”.

No primeiro ano de participação, em 2009, a empresa arrecadou uma menção honrosa e, este ano, coube-lhe receber o primeiro prémio de uma rede de empresas com uma configuração especial, muito distinta da generalidade das pequenas e médias empresas portuguesas pela sua dinâmica inovadora.

Em 2010, foi a vez da Nautilus receber uma menção honrosa. A empresa de desenvolvimento de equipamentos e soluções para o mercado da educação tinha sido convidada a aderir à Rede de PME Inovação da Cotec em 2007, quando a iniciativa se limitava a um círculo de cerca de 30 empresas. A relevância da iniciativa justificou a adesão, como recorda Vitor Barbosa, gestor executivo da empresa, apesar de ser uma estreia em associações semelhantes.

A notoriedade alcançada e o intercâmbio com outras empresas inovadoras são os principais resultados positivos desta participação. O prémio PME Inovação Cotec-BPI, recebido este ano, serve como “estimulo para que na Nautilus continuemos a trabalhar em prol da introdução e consequente melhoria da educação em Portugal e a nível internacional”, afirma Vitor Barbosa.

A empresa aposta em não fazer “mais do mesmo”, como acontece com grande parte do tecido empresarial de pequena e média dimensão, e a própria reinvenção da actividade, que passa de mobiliário para escolas para soluções educativas de base tecnológica é disso um exemplo.

Vitor Barbosa acredita que este papel dinamizador aplicado “dentro de casa” também pode ser estendido dentro da rede de PME inovadoras e na sua intervenção junto do Governo para ajudar na definição de orientações estratégicas e dos apoios a conceder. E, se mais não for, a rede pode ajudar as outras empresas a tornarem-se mais competitivas pelo efeito de contágio.

Colaboração ou “coopetição”?
Esta ideia pode ser mais fácil de traçar no papel do que pôr em prática. Sérgio Silvestre, Chief Marketing Officer da WeDo Technologies, lembra que uma das palavras na gestão de inovação que muitas vezes é complicada de absorver em Portugal é a palavra colaboração. “Em Portugal é difícil conseguir colaborar exactamente porque existe um foco nas vantagens de curto prazo”, explica, acrescentando que o que se ganha com a integração em redes como a da Cotec são benefícios de médio e longo prazo.

A WeDo Technologies participa na Rede PME Inovação desde 2003 e considera que esta oferece o melhor que se faz em Portugal em torno da gestão de inovação. “A equipa da Cotec sempre foi profissional e extremamente conhecedora. Os objectivos são realistas e postos em prática. Em si mesma, a Cotec constitui um caso inovador em Portugal”, sublinha.

O primeiro prémio da Rede PME Inovação Cotec-BPI, alcançado em 2009, foi o reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos dez anos, durante os quais a empresa se tornou líder mundial do seu sector, internacionalizou o negócio e incorporou quatro empresas de origens distintas: irlandesa, inglesa, brasileira e portuguesa, neste caso da área financeira.

Por detrás do sucesso está um conjunto de boas práticas aplicadas de forma coerente. “Existe uma forte correlação entre inovação e a qualificação, conhecimento experiência, “rede” (no sentido de ‘network’ de relações) e visão internacional das pessoas que gerem uma organização”, sublinha Sérgio Silvestre.

Na WeDo Technologies a gestão da inovação está integrada nos processos internos da empresa, que está neste momento no processo de certificação em gestão de inovação que foi desenvolvido pela Cotec, tal como já tinha sido feito para a gestão da qualidade no ano de lançamento da empresa. “Como tudo o que fazemos na WeDo Technologies, a gestão de inovação é um esforço de uma equipa que depois produz resultados ao nível do produto, processos, ‘marketing’ e organização”, admite Sérgio Silvestre.

“Tal como tem referido Daniel Bessa, presidente da Cotec, o país seria bem diferente se a ‘norma’ fosse o nível de empresas que pertencem à rede PME Inovadoras”, lembra o responsável de “marketing” da WeDo Technologies. Mas é possível replicar os bons exemplos das empresas da Rede PME Inovadoras ao tecido empresarial português? A opinião de Pedro Araújo e Sérgio Silvestre é afirmativa.

“As PME geridas por portugueses qualificados e preparados têm um enorme potencial pela frente graças às características inatas que temos como povo: enorme flexibilidade cultural, enorme capacidade de nos ajustarmos às circunstâncias e excelente capacidade de fazer acontecer”, defende Sérgio Silvestre, apontando, porém, alguns factores que precisam de ser melhorados, sobretudo a nível do ensino e formação e do aumento da cultura de exigência e de mercado, com foco na qualidade.

Pedro Araújo vê o mesmo potencial de evolução. “Acreditamos que uma parte do tecido empresarial português já se apercebeu do potencial de Portugal para a inovação e está a trabalhá-lo de uma forma já integrada, apostando naquilo que hoje é estratégico: a internacionalização”, adianta. Fazer “mais do mesmo” já não é sustentável e as PME já se aperceberam de que, para serem competitivas, a inovação é um caminho que deverá ser escolhido, sendo indispensável que haja uma monitorização contínua desta aposta.

Como se reconhece uma PME Inovadora?

O reconhecimento público de um grupo de PME que constituem exemplo de criação de valor, pela sua atitude e actividade inovadora é um dos objectivos da Rede PME Inovação Cotec desde a sua criação. Mas, por detrás da iniciativa, está, também, o estímulo da cooperação em rede entre os associados da Cotec e as empresas, assim como o suporte à inovação. Mas há critérios de entrada para esta rede, que já integra quase 150 empresas: é necessário ter uma facturação superior a 200 mil euros e realizar a candidatura através do sistema “on-line” de “Innovation Scoring”. As candidaturas são, depois, avaliadas por uma comissão de acompanhamento, que valida, também, a avaliação anual dos resultados deste teste, obrigatório à manutenção na rede.

Resultado, ou não, do efeito de rede, a verdade é que o perfil das empresas com o selo da Cotec está acima da média nacional em inovação e capacidade de internacionalização. Um estudo realizado este ano mostra que as empresas da Rede PME Inovação (na altura ainda eram apenas 118) contavam com um volume de negócios conjunto de cerca de 800 milhões de euros, sendo 32% do volume de vendas realizado fora do país.

Marketing: Economia paralela representa 24,2 por cento do PIB português

Dezembro 11, 2010 by  
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São várias as designações que podem ser dadas à actividade económica que escapa ao pagamento de impostos e a outras contribuições obrigatórias, como a de economia paralela, de sombra ou não registada. Mas a partir de agora haverá o primeiro índice que permitirá avaliar o impacto dessa economia no produto interno bruto (PIB) português.

Trata-se do ENR, o índice da Economia Não Registada, a designação preferida pelo seu criador, Nuno Gonçalves, e que resulta de uma investigação inédita, apresentada na Faculdade de Economia do Porto.

Mesmo com o seu autor a admitir, em declarações ao PÚBLICO, que o índice subavalia o peso actual da economia não registada, os primeiros resultados agregados são reveladores: entre 1970 e 2009, o impacto da ENR no PIB oficial passou de 9,3 por cento para 24,2 por cento.

O índice já desagrega a evolução da ENR pelos principais sectores de actividade, para os períodos de 1998-2009, apesar do seu criador salvaguardar a necessidade de “alguma afinação”.

Assim, os dados revelam uma tendência de crescimento nos sectores da agricultura (apesar do pouco peso que tem na economia nacional) e nos serviços e uma diminuição no sector industrial. A explicação para este facto prende-se com a diminuição, nos últimos anos, do peso da indústria e o crescimento dos serviços.

O novo índice resulta de uma tese de mestrado em Economia, de Nuno Gonçalves, e assenta no modelo MIMIC (indicadores e causas múltiplas), que não tinha sido aplicado, em Portugal, a esta temática.

A tese foi coordenada por Óscar Afonso, professor da Faculdade de Economia, que em declarações ao PÚBLICO salientou que uma das novidades deste trabalho é mostrar que a também designada economia paralela “tem, crescido nos últimos anos, ao contrário do que muita gente pensa”.

Criado a base de trabalho, o objectivo é continuar a actualizar o índice, pelo menos com uma periodicidade anual, de forma a permitir perceber qual é a tendência da ENR, explicou, Nuno Gonçalves, admitindo que a sua investigação pode servir de base de trabalho à definição de políticas fiscais e outras.

O autor e o coordenador da investigação não têm dúvidas de que a tendência futura será para um aumento da Economia não registada. E justificam esse crescimento pelo aumento da carga fiscal e de outras contribuições, como para a segurança social, e ainda pela degradação da conjuntura económica.

Corrupção e economia não registada cruzam-se algumas vezes, mas não são realidades distintas, explicou Nuno Gonçalves, assegurando que o seu índice apenas retrata a o segundo tipo.

E como se combate a economia não registada? Pedindo facturas de tudo, desde a despesa do almoço à conta do mecânico ou do picheleiro. O custo imediato é necessariamente mais alto, pelo pagamento dos impostos respectivos, mas a média prazo isso implicaria seguramente uma menor carga fiscal sobre todos.

O problema é que a simples alteração de comportamentos implica afinal uma verdadeira revolução da mentalidade dos portugueses ou da sua educação cívica.

O enorme peso da economia paralela é uma realidade comum aos países do Sul da Europa (Itália, Espanha, Grécia e Portugal) e contrasta com a prática seguida nos países nórdicos, devido a uma forte cultura cívica.

O índice é apresentado pelo Observatório de Economia e Gestão de Fraude, da Faculdade de Economia do Porto, a que Nuno Gonçalves está ligado. Este observatório, criado em 2008, é coordenado por Carlos Pimenta que explicou ao PÚBLICO que, os seus os objectivos, está “a promoção da investigação científica, fundamental e aplicada, sobre a fraude e a economia “sombra” em Portugal”.

Fonte: Publico

Marketing: Facebook, Youtube e Portugal são as palavras mais pesquisadas em Portugal

Dezembro 11, 2010 by  
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As palavras redes sociais, Youtube e Portugal lideram a lista das palavras mais populares no Google em Portugal, segundo o Zeitgeist 2010.

Em comunicado, o Google detalhou que “nos negócios um dos principais interesses centrou-se nos primeiros passos para abrir uma empresa, no entanto no topo da tabela está Via Verde. Já no desporto foi o futebol e o Benfica foram os mais pesquisados e na sociedade foi a educação”.

Entre os nome emergentes surgem os nomes Justin Bieber e Carlos Cruz e entre os termos que registam um crescimento mais rápido aparecem palavras como Farmerama e a Casa dos Segredos.

Além de revelar os temas e assuntos sobre os quais as pessoas têm maior curiosidade em Portugal, as ferramentas do Google, Google Zeitgeist, mostram quais os assuntos que despertam maior interesse em todo o mundo.

O Google detalhou que “este ano, as pesquisas que registam um crescimento mais rápido a nível global revelam um particular interesse por jogos, novas tecnologias como o iPad e personalidades internacionais emergentes como Justin Bieber”.

Em terrmos de noticias internacionais, o Haiti liderou as pesquisas internacionais, seguido de Besiktas e do Chile.

A Google revela anualmente o “Zeitgeist” (palavra de origem alemã que significa “espírito dos tempos” constituído pela análise dos milhares de milhões de pesquisas realizadas todos os anos no Google.

Fonte: Jornal de Negócios

Inovação: Cápsula espacial de empresa privada lançada com sucesso

Dezembro 11, 2010 by  
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Sem ninguém a bordo, a cápsula Dragon protagonizou com sucesso o primeiro lançamento privado, da empresa SpaceX, para a órbita terrestre de um habitáculo espacial para pessoas e carga. Às 15.53 (hora em Lisboa), poucos minutos depois de a cápsula ter entrado em órbita, a NASA fez o anúncio no Twitter: “A Dragon está em órbita. Felicitações à SpaceX e sua equipa.” O lançamento foi feito com o foguetão Falcon 9, também da SpaceX.

A cápsula desenvolvida pela SpaceX foi concebida para poder transportar uma tripulação de sete astronautas, para além de carga de abastecimento, e o objectivo é que no futuro ela possa prestar esse tipo de serviço à NASA, para reabastecimento da ISS, a estação espacial internacional.

Antes de a empresa poder, no entanto, fazer esses reabastecimentos terá ainda de concluir mais dois lançamentos de demonstração com o Falcon 9.

Com esta primeira etapa concluída com êxito – o regresso da cápsula Dragon à Terra decorreu sem problemas com uma amaragem no Pacífico, ontem à noite – o voo que se segue terá de incluir cinco dias de missão em órbita, com uma aproximação à ISS a 10 quilómetros de distância. Passadas essas provas, a Dragon poderá cumprir a sua primeira missão de reabastecimento da ISS já em 2011.

Fonte: Diário de Notícias