Marketing: Compras na Internet batem recorde em Portugal

Dezembro 13, 2010 by  
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A internet é cada vez mais um meio escolhido pelos portugueses para fazer as suas compras.

No final de 2010, dois milhões de internautas nacionais terão adquirido 3,2 mil milhões de euros em bens e serviços através do seu computador pessoal, um aumento de 23% face a 2009.

“A compra através da internet tem evoluído bastante nos últimos anos. A taxa de penetração da internet em Portugal já ultrapassa os 50% da população portuguesa e, destes, cerca de 20% [o triplo do que o que se verificava em 2005] já utiliza regularmente as compras ‘online’ através do seu computador pessoal”, disse o presidente da Associação do Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva (ACEPI), Alexandre Nilo Fonseca.

Em 2005, o número de portugueses que compravam regularmente na internet representava cerca de 7% e em 2009 era cerca de 16%. Em 2015, as vendas ‘online’ representarão cerca de 5,9 mil milhões de euros, o que corresponde a 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Fonte: Económico

Marketing: Empresas abrem portas a alunos para ‘caçar’ talentos

Dezembro 13, 2010 by  
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Uma nova forma de recrutamento é uma tendência que ganha adeptos: levar os licenciados a passar um dia na empresa.

Os universitários entram no banco. De olhos bem abertos, Nuno Carvalho Martins comenta: “é como quando conhecemos um amigo e só estamos com ele na faculdade; no dia em que entramos em sua casa, conhecemos a verdadeira pessoa que é!” O estudante de Gestão da Universidade Católica Portuguesa fez parte do grupo de 20 jovens recebidos pelo Santander Totta no ‘Open Day’ da empresa.

Esta é uma iniciativa a que as empresas nacionais têm vindo a aderir. Trata-se de abrir as portas durante um dia inteiro ou parte do dia, para criarem um contacto mais próximo com os estudantes.

“Estamos no âmbito da denominada guerra pelo talento”, diz o especialista de recursos humanos José Bancaleiro. A ideia chega dos EUA e não é nova. Já há alguns que “as empresas mais inovadoras e proactivas começaram a ir às universidades fazer apresentações aos recém-licenciados”, acrescenta. Assim, os ‘Open Days’ são uma nova forma de captar talento, “em vez de ir à universidade e ter meia hora para fazer uma apresentação, convidam-se os jovens alunos para virem à empresa”, explica José Bancaleiro.

Também o presidente da Associação Portuguesa dos Gestores e Técnicos dos Recursos Humanos (APG), Jorge Marques, considera que “as escolas e as empresas deveriam estar mais ligadas”, com iniciativas como esta, que permitem “a escola ir à empresa e a empresa ir à escola”.

O estudante de Administração e Gestão de Empresas da Universidade Católica, Carlos Baptista, nunca tinha posto a hipótese de vir a fazer carreira num banco. Mas hoje diz-se “completamente rendido à multiplicidade de projectos e funções que poderemos vir a desempenhar dentro de uma instituição financeira, sendo este sector uma das minhas prioridades para iniciar a vida profissional”. Assim, o ‘Open Day’ do Santander Totta foi para este aluno “uma excelente oportunidade de conhecer e dar-me a conhecer à instituição”.

Para as empresas esta é uma oportunidade de ouro para conhecer mais de perto os “futuros potenciais colaboradores”, confessa a responsável de recursos humanos do Santander Totta, Isabel Viegas. Mas para o banco, “é mais do que isso” e a responsável frisa que faz parte da responsabilidade da instituição bancária “consciencializar alunos que estão a terminar as licenciaturas ou os mestrados e mostrar como é a vida na empresa, para assim ajustarem as suas expectativas, porque nas universidades não sabem tudo”.

No caso da PT, o ‘Open Day’ é um pouco mais selectivo porque “consiste numa iniciativa dirigida aos alunos ‘top student’ com médias iguais ou superiores a 16 valores, quer seja ao nível de licenciatura, quer seja ao nível de mestrado”, refere fonte oficial da empresa de telecomunicações. Até ao momento, foram organizados dois ‘Open Days’ na PT com dezenas de alunos das áreas de Gestão, Economia, Contabilidade, Engenharias e Marketing. Tal como nas outras empresas, este é um “canal ágil de retenção de talentos”. Por exemplo, na Unicer o último ‘Open Day’ resultou em “três integrações”, diz Inês Mesquita, gestora de assessoria mediática da empresa de bebidas.

No entanto, José Bancaleiro considera que esta é uma “moda” passageira. Para o especialista de recursos humanos, “uma iniciativa que é bem mais interessante é aquela em que as empresas apadrinham jovens estudantes e os apoiam ao longo do curso”. Uma medida a que algumas empresas portuguesas também já aderiram e que permite construir “uma relação bem mais sólida em que o conhecimento entre a empresa e o jovem se vai cimentando e se torna bem mais real e forte”.

ALGUMAS DAS EMPRESAS QUE ORGANIZAM OS ‘OPEN DAY’

Portugal Telecom
A Portugal Telecom recebe, desde 2009, estudantes através do ‘Open Day’. Até ao momento, a empresa de telecomunicações já organizou esta iniciativa duas vezes e abriu as portas a dezenas de estudantes que são considerados como ‘top sudent’, ou seja, os que têm médias iguais ou superiores a 16 valores. Estes universitários que são convidados pela empresa são provenientes de várias áreas de licenciaturas, como Gestão, Economia, Contabilidade, Engenharias ou Marketing. Durante um dia, os alunos visitam algumas das áreas de actuação da empresa, como, por exemplo, o Centro de Supervisão da Rede, a Casa Digital, a área de Consumer Care ou o serviço de Telepresença.

Santander Totta
O banco Santander Totta organiza o ‘Open Day’ há dois anos. Trata-se de uma iniciativa que o banco vê como sendo sua responsabilidade, para consciencializar os estudantes que estão a terminar as licenciaturas ou os mestrados. Assim, durante uma manhã, os universitários visitam três áreas do Santander Totta: a de negócios e gestão de riscos, a de clientes institucionais e a de ‘asset management’. O objectivo da instituição bancária passa por mostrar como é a vida diária desta empresa, que aproveita para se aproximar dos potenciais futuros colaboradores do Santander Totta. Até ao momento, esta iniciativa já resultou entre 100 e 120 contratações, por ano.

Unicer
Também a empresa de bebidas Unicer aposta nos ‘Open Day’ “há já vários anos”, refere Inês Mesquita, gestora de assessoria mediática da Unicer. A empresa diz que está consciente “do impacto que esta proximidade pode ter no futuro profissional dos alunos e pela clarificação do que significa a integração no mundo laboral”, acrescenta Inês Mesquita. A Unicer organiza, durante todo o ano, os ‘Open Day’, mediante pedidos específicos das instituições de ensino superior de todo o país mas refere que a iniciativa decorre “numa base mais regular” na área do Grande Porto. Durante o ano passado, esta iniciativa resultou em cerca de três integrações.

Siemens
O Siemens Training Day realizou-se pela primeira vez este ano e surgiu do esforço de recrutamento que a Siemens tem estado a desenvolver. No dia 26 de Novembro, receberam nas suas instalações um total de 89 alunos, das mais variadas universidades de vários locais do país. Os cursos mais representados foram os de Contabilidade e Economia, além de Gestão e Engenharias. Para Miguel Guerreiro, administrador financeiro da Siemens Portugal, “esta iniciativa permite-nos conhecer e ajudar melhor aqueles que contribuirão para o desenvolvimento da empresa”, mas acrescenta que “a intenção é recrutar alguns destes alunos”.

Fonte: Económico

Inovação: Empresas de tecnologia gastam bilhões em guerra por patentes

Dezembro 13, 2010 by  
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Bilhões de dólares estão em jogo para companhias como Apple, Google, RIM (fabricante do BlackBerry), Nokia e Microsoft quando o assunto é processo por patente. Lutas jurídicas sobre propriedade de tecnologia poderiam até mesmo banir a venda do iPhone nos Estados Unidos, em uma disputa que a Nokia chegou a levar à Comissão Internacional de Comércio.

Ricardo Remer, sócio da empresa “Atem & Remer”, que atua na área de propriedade intelectual, explica que, toda área que tem inovação, tem meios de proteção legal.

“Empresas, como Apple e Nokia, protegem o resultado de suas inovações por meio da patente. Cada celular pode ter dentro dele centenas de tecnologias. Ou seja, cada detalhe pode ter uma patente”.

Segundo reportagem do jornal britânico “The Guardian”, o crescimento na venda dos celulares, que ultrapassa 1 bilhão de unidades todo ano, mostra que “vale a pena lutar por frações de centavos”. Ou seja, o mercado é outro motivo que leva as empresas aos tribunais.

“As primeiras tecnologias dos smartphones foram patenteadas pela RIM, fabricante do BlackBerry, porque ela identificou um mercado promissor. Logo depois, a Microsoft e a Apple ficaram interessadas e, a partir desse momento, todo mundo começou a migrar para essa área”, explica Remer.

Ele também mostrou como exemplo o acelerômetro, desenvolvido pela Apple. Segundo Remer, logo depois do lançamento do iPhone, as outras fabricantes foram atrás dessa tecnologia.

“Essas áreas que têm muito interesse comercial são previamente protegidas por patentes de desenvolvedores titulares. As que decidem entrar nesses mercados, passam a brigar judicialmente, porque às vezes não fazem acordos comerciais”, disse.

Remer também explica que, às vezes, as empresas não fazem acordos porque não se dão conta. Ou seja, não tem nenhum responsável dentro da companhia que monitora essa área. “Outras vezes elas optam por bancar o risco. Ou até mesmo existe um acordo, mas ele é quebrado, não é obedecido”, esclarece Remer.

No início de dezembro, a Research In Motion (RIM), fabricante dos smartphones BlackBerry, entrou com um processo por violação de patente contra a Kik Messenger, um serviço de mensagens instantâneas que funciona em várias plataformas de software e que é concorrente do BlackBerry Messenger. O serviço da Kik, como o Messenger da RIM, permite que o usuário do smartphone saiba quando uma mensagem foi enviada, recebida, lida e que está sendo respondida.

Fonte: G1