Marketing: Descubra as tendências ‘high-tech’ para 2011

Janeiro 4, 2011 by  
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A massificação dos ‘smartphones’, o aumento do número de ‘tablets’ e o ‘cloud computing’ são as tendências tecnológicas para este ano.

No início de 2010 eram poucos os que tinham ‘smartphones’, o mercado das aplicações começava a desenvolver-se, o acesso à Internet pelo telemóvel era um luxo e o conceito de ‘cloud computing’ só existia para os especialistas ou grandes empresas. Em apenas 12 meses, conceitos e tecnologias de nicho tornaram-se as grandes tendências que vão marcar o próximo ano.

E, apesar da crise e estagnação, nunca o desenvolvimento de novas tecnologias esteve tão activo. “Não obstante a crise económica em Portugal, para a IDC, três grandes tendências tecnológicas marcarão o mercado nacional de TIC em 2011, com as redes sociais, a mobilidade e os serviços na “nuvem” a tornarem-se no novo paradigma”, diz Gabriel Coimbra, responsável da consultora IDC Portugal.

Os gestores do sector concordam com esta visão. João Picoito, responsável da Nokia Siemens Networks para o Sul da Europa, destaca a quarta geração móvel (LTE), os novos equipamentos terminais e os programas de ‘outsourcing’ de serviços para operadores de telecomunicações. No que toca ao LTE, “é uma tendência que vai ser uma realidade, ainda que nalguns casos em regime experimental. Portugal também começará com os projectos-piloto”. O responsável refere ainda “o crescimento dos ‘smartphones’, nomeadamente, em sectores etários mais jovens” e “a convergência com computadores”.

Já Carlos Brazão, director-geral da Cisco Portugal, salienta o ‘cloud computing’, o vídeo ‘online’ e as redes inteligentes. É que estas redes “afirmam-se como plataforma para o desenvolvimento de serviços inovadores”. Um exemplo é o vídeo ‘online,‘ já que as redes “cada vez mais potentes, combinadas com a disseminação de terminais evoluídos suportam formas de vídeo-comunicação cada vez mais elaboradas”, defende.

Os terminais são, de resto, uma tendência consensual entre os responsáveis contactados. A massificação dos ‘smartphones’ e a entrada dos ‘tablets’ no mercado vão levar ao “desenvolvimento de novas aplicações destinadas a estes dispositivos”, diz Paulo Barreto, director-geral da Google Portugal. Também Mário Vaz, administrador da Vodafone com o pelouro comercial refere que quer os ‘smartphones’ quer os ‘tablets’ vão levar à “continuação da revolução dos dados móveis”.

Por isso mesmo, os operadores de telecomunicações vão investir no LTE, “cujo lançamento comercial dependerá do calendário a definir pelo regulador”. E partilha da opinião de João Picoito no que toca à convergência de plataformas, fenómeno que se vai “acentuar em 2011”. Até porque o cada vez maior número de aplicações disponibilizadas para dispositivos inteligentes vão permitir uma nova experiência de utilização dos terminais e até mesmo substituir “os dispendiosos pacotes de ‘software'” actualmente utilizados. Vão surgir várias opções no que toca a modelos de ‘tablets’ e será o ano da “nuvem”.

O ‘cloud computing’ é uma das linhas que orienta a estratégia da Microsoft para 2011, como explica Cláudia Goya, directora-geral da Microsoft Portugal. “O novo paradigma que está a mudar o sector tecnológico tem já, dentro e fora do país, muitos adeptos e cada vez mais curiosos.” A tendência para o ‘cloud computing’ também é destacada por José Duarte, presidente da SAP para a Europa, Médio Oriente, África e Índia. “Assistiremos cada vez mais à disponibilização de soluções de gestão empresarial sob a forma de serviço”.

A Microsoft refere ainda o foco no consumo, já que o utilizador de tecnologia é cada vez mais exigente e procura novas formas de entretenimento. “A nova abordagem vem dar resposta à evolução do mercado de consumo e à real percepção de que a tecnologia não se encontra apenas no local de trabalho”, diz Cláudia Goya.

Aliás, é a expansão da tecnologia para fora das fronteiras do escritório, com cada vez maior mobilidade, que potencia a implementação e massificação de muitas das inovações que veremos singrar no próximo ano: dispositivos móveis inteligentes com acesso à Internet em mobilidade, permitindo a visualização de vídeos ou a realização de videochamadas e a utilização de aplicações, que obrigarão a uma maior capacidade da rede e a uma alteração no paradigma do armazenamento de dados. “A mobilidade e o acesso às soluções de apoio à gestão, de forma remota, ‘online’, em qualquer momento e local e em todo o tipo de dispositivos” também ganhará terreno, diz José Duarte.

A revolução não fica por aqui, garante Gabriel Coimbra: “em 2011, pela primeira vez, a indústria produzirá mais terminais móveis do que PC e serão descarregadas 25 mil milhões de aplicações”. A relação com a tecnologia é, definitivamente, feita em mobilidade.

Fonte: Económico



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