Marketing: Combustíveis, portugueses são dos mais ávidos por descontos

Janeiro 28, 2011 by  
Filed under Notícias

Presidente da AdC diz que preços reportados a Bruxelas deviam ter descontos em consideração.

Os portugueses são dos povos da Europa com maior apetência para descontos no que toca a combustíveis, admitiu esta terça-feira o presidente da Autoridade da Concorrência (AdC). Por isso mesmo, o regulador admite que poderia ser mais correcto reportar a Bruxelas não só os preços de referência em Portugal, mas um preço que incorporasse os descontos a que os portugueses tanto recorrem.

Manuel Sebastião, que falava à margem de um debate sobre energia promovido pelo PSD no Parlamento, negou que Portugal tenha os combustíveis mais caros da Europa antes da aplicação de impostos.

«Isso não é verdade, nunca estivemos em primeiro lugar. Portugal costuma andar entre a 3ª e a 7ª ou 8ª posição no ranking europeu», explicitou, acrescentando que a elevada posição na lista dos mais caros se deve «também a uma questão estrutural, que mudaria com uma alteração no método de reporte a Bruxelas».

É que, explica o presidente da AdC, os preços que são reportados a Bruxelas são os preços recomendados, e, defende Manuel Sebastião, é possível mudar isso, reportando valores que já tenham em conta os descontos praticados na maioria das bombas. «Alguns dos outros países europeus já o fazem, outros não», disse.

«Mas no caso de Portugal faz particular sentido porque somos dos países onde os descontos são mais amplamente divulgados. Em geral, os portugueses são dos que mais recorrem aos descontos», afirmou, sem precisar com dados numéricos.

Para além deste tópico, o presidente da AdC explica ainda que o facto de Portugal ser um país periférico, dos mais distantes em relação ao centro de preços, implica que o adicional sobre o preço também seja maior.

Além da apetência pelos descontos, os portugueses têm revelado também um apetite crescente pelos combustíveis das bombas dos super e hipermercados, chamados de marca branca, que têm já uma quota de 18% do mercado. «Tendo em conta a situação económica, tudo indica que haverá tendência para os portugueses continuarem a privilegiar a componente do preço», admite.

Fonte: Agência Financeira



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