Inovação: Portugal ganha terreno no ranking da inovação

Fevereiro 1, 2011 by  
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Com um aumento muito acima da média europeia em termos de despesas em investigação e desenvolvimento (I&D), Portugal é dos países que mais cresceram no Ranking Europeu da Inovação.

A Comissão Europeia apresenta hoje o European Innovation Scoreboard referente a 2010, no qual Portugal consegue subir mais um degrau na cadeia que o compara com os outros países, aproximando-se da média europeia e atingindo agora a 15.ª posição no ranking dos países mais inovadores da Europa a 27. No entanto, continua a estar quase na cauda da Europa (está na 23.ª posição), se em causa estiver a avaliação dos efeitos económicos que são atribuídas às medidas que foram tomadas.

Este ranking é elaborado através da análise de 24 indicadores, agregados em oito grandes categorias: recursos humanos; sistemas de investigação abertos e atractivos; recursos financeiros e infra-estruturas; investimento das empresas; parcerias e empresas; patentes; empresas inovadoras e efeitos económicos. Face ao ranking de 2009, a progressão pode ser entendida como a de “apenas” um degrau (passou da 16.ª posição, em 2009, para a 15.ª, em 2010). Mas, analisada num ciclo de cinco anos, percebe-se que o esforço que tem vindo a ser feito permitiu a Portugal saltar sete posições (em 2006, estava classificado em 22.º lugar) e ficar agora a liderar o grupo dos “Inovadores Moderados”, à frente de Espanha e de Itália, os outros dois países que, tal como Portugal, se associaram numa iniciativa como a Cotec.

Nos rankings que medem o crescimento de indicadores, Portugal é o país que mais cresceu em termos de despesas efectuadas em I&D em percentagem do PIB (estando agora já muito próximo da média europeia), é também o país em que mais jovens com idades entre os 20 e os 24 anos têm o ensino secundário completo e está em primeiro lugar no crescimento de empresas inovadoras que colaboram com outras empresas (em percentagem do total de PME). Está também em segundo lugar no ranking dos países que mais aumentaram a despesa pública em investigação e dos que mais patentes efectuaram em áreas que “constituem um desafio para as sociedades”.

Se a análise for feita em termos desagregados por cada uma das oito áreas analisadas, revela-se a boa posição do país nas áreas de auto-avaliação (em que as empresas declaram os seus métodos e resultados) e uma posição mais frágil nas variáveis que medem desempenhos económicos.

A rubrica em que Portugal mostra um melhor resultado – e está mesmo em terceiro lugar face os países da Europa a 27 – é no item “Inovadores”, isto é, dos países com empresas que declaram ter introduzido produtos ou processos inovadoras no mercado, conseguindo com eles uma maior eficiência na utilização de recursos ou na diminuição dos custos de produção. Nas restantes rubricas analisadas, está já próximo da média na dimensão de sistemas de investigação abertos e atractivos (onde está em 13.º lugar) e na existência de parcerias entre empresas (está em 15.º lugar), e tem um assinalável 12.º lugar em termos de recursos financeiros e infra-estruturas. Mas o investimento das empresas e os recursos humanos ainda estão longe da média, respectivamente, no 18.º lugar e na 21.ª posição.

O pior lugar de todos acaba por ser mesmo nos efeitos económicos conseguidos, onde ocupa a 23.ª posição. Indicadores como o emprego em sectores que exigem elevada qualificação, o volume das exportações de bens de média e alta tecnologia ou a venda de bens resultantes de inovações apresentam desempenhos e evoluções abaixo da média europeia.

O pelotão da frente deste European Innovation Scoreboard continua entregue à Suécia, à Dinamarca, à Finlândia e à Alemanha.

Fonte: Público

Marketing: Valor das marcas dos principais bancos portugueses cai 741 milhões de euros

Fevereiro 1, 2011 by  
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O valor das marcas da CGD, BCP, BES, BPI e Banif ascende este ano a 2,5 mil milhões de euros, uma queda de 23 por cento face aos 3,24 mil milhões de euros de 2010, segundo a Brand Finance.

“Esta queda reflecte, essencialmente, o aumento do prémio do risco do país”, realçou à agência Lusa João Baluarte, director geral da Brand Finance em Portugal, frisando que a descida “acompanha de perto a evolução da capitalização bolsista” dos bancos portugueses cotados.

O estudo da consultora ‘Global Banking 500’, que avalia o valor da marca das 500 instituições bancárias mais valiosas do mundo, coloca a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como a 155.º marca bancária do mundo e a mais valiosa entre os bancos portugueses, com um valor de 967 milhões de euros.

Ainda assim, a CGD perde mais de 50 posições na tabela, tal como o segundo classificado em termos nacionais, o Banco Comercial Português (BCP), que ocupa o 198.º posto com uma marca avaliada em 673 milhões de euros.

“A liderança da CGD em termos nacionais prende-se com a sua dimensão e com a capacidade que tem de gerar receitas”, explicou o director geral da Brand Finance.

Na terceira posição surge o Banco Espírito Santo (BES), cuja marca vale 428 milhões de euros, e que é o único banco português que consegue melhorar a sua situação no ‘ranking’, ganhando 10 posições para o 265.º lugar.

Esta subida em contra ciclo com os seus congéneres portugueses é explicada “pelo aumento da contribuição da banca de investimento para o total das receitas”, disse à Lusa João Baluarte, que admitiu que os negócios da Portugal Telecom (PT) no Brasil (venda de posição na Vivo e compra na Oi), assessorados pelo BES Investimento “foram uma das componentes” que pesou nesta avaliação.

A marca do Banco BPI vale 259 milhões de euros, bem abaixo dos 388 milhões de euros resultantes da avaliação feita em 2010, colocando o banco liderado por Fernando Ulrich no 365.º lugar, uma queda superior a 100 posições face ao ano passado, apenas igualada pelo Banif, que tem a sua marca avaliada em 174 milhões de euros, equivalentes ao 487.º posto.

“Não é um fator adicional de preocupação” para os bancos portugueses, considerou João Baluarte, que preferiu destacar as boas classificações das instituições nacionais no item relacionado com a “força da marca”.

Questionado sobre as expectativas para a banca nacional para o próximo ano, o responsável disse que “tudo vai depender do que for a noção de risco da economia portuguesa”, reconhecendo que o cenário não é o mais famoso face às perspetivas de fraco crescimento económico.

“Muito dificilmente assistiremos a uma recuperação. O mais provável é que a tendência [de desvalorização] se mantenha”, antecipou.

A nível global, entre os 10 bancos com as marcas mais valiosas do mundo estão quatro norte-americanos (o Bank of America lidera com um valor superior a 30 mil milhões de euros), dois britânicos, um espanhol (o Banco Santander, que opera em Portugal através do Santander Totta, e que apresenta um valor acima dos 19 mil milhões de euros), um brasileiro (Bradesco) e dois chineses.

Fonte: Jornal de Negócios

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