Marketing: Farmácias devem ser obrigadas a vender o mais barato

Fevereiro 5, 2011 by  
Filed under Notícias

Aumentar a concorrência de preço nos genéricos é uma forma de controlar os custos com medicamentos

Liberalizar os preços dos genéricos de forma a criar um aumento da concorrência pode ser uma das soluções para controlar os custos do Estado com medicamentos, sugere um estudo da Deloitte.

A medida avançada pelo Governo em Outubro e que atribui uma comparticipação de 95% aos pensionistas mais pobres no caso dos cinco genéricos mais baratos é um passo para aumentar a concorrência no mercado dos genéricos, mas poderá não ser suficiente, conclui a consultora Deloitte no estudo “Saúde em Análise – Uma Visão para o Futuro”.

De acordo com o estudo que será apresentado esta tarde e a que o Económico teve acesso, o sucesso desta medida só será efectivo se as farmácias forem obrigadas a fornecer o genérico mais barato, nos casos em que troca do medicamento de marca por um genérico for autorizada pelo médico. Um processo, diz a Deloitte, “à semelhança do que fizeram outros países, nomeadamente a Suécia, com algum sucesso”.

De acordo com os dados da consultora, os genéricos em Portugal são mais caros que nos restantes países da Europa, aliás, “Portugal é o único país em uma quota de mercado de genéricos em valor superior à quota de mercado de genéricos em quantidade, quando os países que obtiveram um nível de eficiência significativo com os genéricos têm uma situação inversa, como seja o Reino Unido, Holanda, Dinamarca ou Suécia”, pode ler-se no estudo.

Ainda na área do medicamento, o estudo da Deloitte, que contou com várias personalidades do sector da saúde para elaboração do retrato e dos desafios do sistema de Saúde em Portugal, recomenda ao Governo que actue mais sobre a moderação do consumo de medicamentos para controlar custos, que avance com o desenvolvimento de guidelines terapêuticas acessíveis aos médicos e que estude a possibilidade da dispensa gratuita de medicamentos hospitalares (oncológicos, por exemplo) nas farmácias.

As recomendações estendem-se ao Infarmed, que deverá acelerar os processos de comparticipação de medicamentos e “dotá-los de maior transparência”.

Fonte: Económico



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