Inovação: Inovação perde terreno na União Europeia

Fevereiro 21, 2011 by  
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Os Estados-membros da UE não estão a conseguir acompanhar os EUA e o Japão no que toca à inovação

A União Europeia (UE) está a apresentar dificuldades em «colmatar as lacunas de desempenhos em matéria de inovação» que a separam dos seus principais concorrentes internacionais: os EUA e o Japão. Segundo dados divulgados pela UE em comunicado de imprensa, e suportados nas conclusões do painel de avaliação de 2010 da União da Inovação, ainda que as tendências na maioria dos Estados-membros «sejam prometedoras apesar da crise económica, os avanços não se fazem com a celeridade necessária».

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Assim sendo, e embora a UE ainda mantenha «uma liderança clara» sobre as economias emergentes da Índia e da Rússia, a verdade é que o Brasil está a progredir «a um bom ritmo e a China está a aproximar-se rapidamente». Na UE, a Suécia apresenta os resultados mais positivos, seguida da Dinamarca, da Finlândia e da Alemanha. Já o Reino Unido, a Bélgica, a Áustria, a Irlanda, o Luxemburgo, a França, o Chipre, a Eslovénia e a Estónia constituem, por esta ordem, o grupo seguinte.

«O painel mostra que é necessário acelerar esforços para tornarmos a Europa mais inovadora, de modo a que possamos aproximar-nos dos nossos concorrentes e retomar uma trajectória de crescimento sólido e sustentável», evidenciou o vice-presidente Antonio Tajani, comissário responsável pela Indústria e o Empreendedorismo.

Por seu turno, Máire Geoghegan-Quinn, comissária responsável pela Investigação, a Inovação e a Ciência, aproveitou para lembrar que «este novo painel de avaliação da União da Inovação destaca a urgência desta questão na Europa». Para a comissária, «a inovação é tão essencial para o êxito de uma economia moderna como a água é para a vida» até porque esta é uma área que «está no cerne do processo de decisão política e é a principal via pela qual as economias criam empregos».

Máire Geoghegan-Quinn refere que o painel de avaliação publicado «constitui um elemento central da estratégia Europa 2020». O painel de avaliação de 2010 tem por base 25 indicadores relacionados com a investigação e a inovação e abrange os 27 Estados-membros da UE, a Croácia, a Sérvia, a Turquia, a Islândia, a antiga República Jugoslava da Macedónia, a Noruega e a Suíça. Os indicadores estão agrupados em três grandes categorias, começando pelos “viabilizadores”, ou seja, os elementos fundamentais que permitem que a inovação aconteça. Seguem-se as “actividades das empresas”, que mostram o grau de inovação das empresas europeias, e os “resultados”, que dão conta de como tudo se traduz em benefícios para o conjunto da economia.

Ao comparar os indicadores relativos à UE27, aos EUA e ao Japão, o painel de avaliação regista que o fosso mais significativo se regista na categoria “actividades das empresas”, onde a UE27 revela «atrasos em termos de co-publicações público-privadas, despesas das empresas em I&D» e, em relação ao Japão, «patentes registadas ao abrigo do Tratado de Cooperação em matéria de Patentes». O mesmo painel acredita que este facto mostra que as disparidades verificadas na Europa em matéria de investigação e inovação se encontram, sobretudo, «no sector privado».

Por isso, a prioridade é criar um quadro normativo e outras condições «que fomentem mais investimentos do sector privado e facilitem a exploração dos resultados da investigação por parte das empresas, designadamente através de um sistema de patentes mais eficaz». Por seu turno, percebe-se também que as disparidades «ainda consideráveis no número de pessoas que concluem o ensino superior estão a diminuir ligeiramente, graças a um crescimento relativamente importante na UE».

Não obstante, a UE27 ultrapassa os EUA em despesas públicas com I&D e exportações de serviços intensivos em conhecimento, assume o painel de avaliação. Já nos últimos cinco anos, o crescimento mais forte registado nos indicadores de inovação da UE27 diz respeito aos sistemas de investigação abertos e aos activos intelectuais.

No conjunto da UE27, Portugal surge integrado no grupo dos “Inovadores Moderados” a par da Croácia, da República Checa, da Grécia, da Hungria, da Itália, de Malta, da Polónia, da Eslováquia e de Espanha, apresentando «resultados inferiores à média da UE27», refere o mesmo comité. Entre os líderes em matéria de inovação, estão a Dinamarca, a Finlândia, a Alemanha e a Suécia, «que registam resultados muito acima da média da UE27».

Fonte: Semana Informática

Empreendedorismo: Novabase Capital cria dois fundos de capital de risco

Fevereiro 21, 2011 by  
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O Conselho de Administração da Novabase Capital deliberou que, dos três fundos de capital de risco aprovados no âmbito de concursos do SAFPRI, pretende proceder à constituição do fundo Novabase Capital Inovação e Internacionalização e do fundo Novabase Capital Early Stage, na componente POR Lisboa.

Segundo comunicado da Novabase à CMVM, não será constituído o fundo Novabase Capital Corporate Venture, com dotação máxima de 8,1 milhões de euros (sendo que quatro milhões seriam assegurados pelo Programa COMPETE e 4,1 milhões de euros pela Novabase Capital), nem concretizada a componente COMPETE do fundo Novabase Capital Early Stage, com dotação máxima de 11,45 milhões de euros (onde 6,85 milhões seriam assegurados pelo Programa COMPETE e 4,6 milhões pela Novabase Capital).

“A decisão acima referida tomou em consideração as condições finais estabelecidas para a criação dos fundos em causa, que introduziram factores considerados restritivos pela Novabase para o sucesso da actividade de investimento”, sublinha o documento.

O fundo Novabase Capital Inovação e Internacionalização tem uma dotação máxima de 10,1 milhões de euros, contando com uma participação do Programa COMPETE, integrado no QREN e com co-financiamento da União Europeia via FEDER, de 5 milhões de euros (49,5%) e uma participação da Novabase Capital de 5,1 milhões (50,5%).

Este fundo vai focar-se no investimento em PME de base tecnológica na área das Tecnologias de Informação nas regiões do Norte, Centro e Alentejo. Prevê-se a sua operacionalização no primeiro semestre deste ano, após aprovação do COMPETE, estando já em análise diversas oportunidades de investimento.

Já o fundo Novabase Capital Early Stage tem actualmente uma dotação máxima de 1,26 milhões de euros, contando com uma participação do Programa POR Lisboa, integrado no QREN e com co-financiamento da União Europeia via FEDER, de 0,5 milhões de euros (39,68%) e uma participação da Novabase Capital de 0,76 milhões (60,32%).

O fundo Novabase Capital Early Stage vai também privilegiar o investimento em PME de base tecnológica na área das Tecnologias de Informação provenientes da região de Lisboa. Prevê-se a sua operacionalização no primeiro semestre deste ano, após aprovação do POR Lisboa.

Foi ainda decidida a participação adicional no fundo de capital de risco IStart I, que visa apoiar projectos de conteúdo tecnológico relevante que se encontrem na fase de prova de conceito. São considerados como objecto destes projectos as provas de conceito tecnológico, a prototipagem, a valorização da propriedade intelectual e o desenvolvimento de planos de negócio.

Este fundo tem uma dotação máxima de 5,02 milhões de euros, contando com uma participação do Programa POR Lisboa, integrado no QREN e com co-financiamento da União Europeia via FEDER, de 1,01 milhões de euros e do Programa COMPETE, igualmente integrado no QREN e com com co-financiamento da União Europeia via FEDER, de 1,75 milhões. A Novabase Capital vai investir 0,3 milhões de euros, sendo o restante capital assegurado por diversas instituições e investidores privados. Prevê-se a sua operacionalização no primeiro semestre deste ano.

A Novabase Capital é a sociedade gestora do fundo Novabase Capital, com uma dotação de 7,14 milhões de euros e participado em 30% pela Novabase Capital e em 70% pelo IAPMEI, através do Programa PRIME e com co-financiamento da União Europeia via FEDER.

Fonte: Jornal de Negócios

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