Marketing: Nova ferramenta do YouTube cria vídeo em 10 minutos

Março 28, 2011 by  
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O YouTube colocou no ar um novo kit de ferramentas que permite produzir um vídeo em apenas 10 minutos e dispensa conhecimentos técnicos sobre o assunto.

O YouTube liberou uma nova página com ferramentas que permitem aos usuários criar animações e vídeos sem a necessidade de conhecimentos técnicos aprofundados.

Chamada de YouTube Create, a página reúne os aplicativos Xtranormal Movie Maker e GoAnimate, que permitem fazer animações selecionando personagens e cenários já criados, e a Stupeflix Videomaker, que possibilita a produção de um filme a partir de vídeos, fotos e sons carregados do computador do usuário.

Os três programas são soluções externas, fornecidas por outras empresas em parceria com o YouTube. De acordo com o Google, o canal está aberto para que novas empresas também ofereçam seus aplicativos.

Fonte: Exame

Marketing: As cinco figuras mais influentes do Twitter

Março 28, 2011 by  
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Um comediante, um actor, um estudante, um ‘blogger’ e a mulher de Gordon Brown são os ‘tweeters’ mais populares da rede.

Passaram cinco anos desde que Jack Dorsey, engenheiro de ‘software’ de St. Louis, Missouri (EUA) publicou (‘postou’) a sua primeira mensagem no ‘site’ de comunicação rápida a que o próprio e os seus co-fundadores chamaram Twitter. Mensagem: “Precisam-se colaboradores”. Inspirado num sistema de correio de envio rápido, o Twitter foi pensado enquanto canal de comunicação para informar os amigos sobre o que andávamos a fazer. Desde então, tornou-se numa vasta rede de notícias em primeira-mão, activismo político, comentários mundanos, jogos de palavras e tudo o que se consegue condensar em 140 caracteres, sendo que os seus utilizadores postam 140 milhões de ‘tweets’ por dia. Descubra quem são os cinco ‘tweeters’ mais influentes do ‘site’ californiano.

@stephenfry
O comediante, escritor e tecnófilo adoptou o Twitter como fórum ideal para divulgar as suas piadas. O ‘site’ foi uma coutada de ‘geeks’ até que Fry teve discutiu com outro utilizador, John Ross, num programa da BBC em Janeiro de 2009. “Adoro a maneira como o Twitter confirma a minha profunda convicção de que todos os seres humanos são benevolentes, curiosos, bem informados, tolerantes e divertidos”, escreveu uma vez. A lógica da mensagem curta tende a intensificar os insultos e as discussões, e Fry abandonou o Twitter de tempos a tempos porque era um universo “demasiado agressivo e pouco benevolente”.

@aplusk
O actor Ashton Kutcher, marido de Demi Moore, fez nos EUA o que Fry fez no Reino Unido: cativou um público mais ‘mainstream’ para o Twitter. Em Abril de 2009, bateu o recorde que pertencia à cadeia de televisão CNN num duelo público ao tornar-se no primeiro utilizador com um milhão de seguidores, quatro meses depois da sua “estreia”. No início de Março, o actor Charlie Sheen conseguiu a proeza de ter mais de dois milhões de seguidores numa semana, depois de ter sido despedido da série “Dois Homens e Meio” e de dizer que espera arrecadar um milhão de dólares pela recomendação de produtos (‘endorsement’) no ‘site’.

@jamesbuck
Este estudante americano teve impacto global em Abril de 2008 graças ao seu ‘tweet’ de uma palavra só: “Preso”. Detido temporariamente pela polícia egípcia por fotografar uma manifestação, o seu ‘post’ via telemóvel ajudou a alertar a embaixada dos EUA no Cairo. Esta história antecipou o papel que o Twitter viria a desempenhar na coordenação e divulgação de protestos anti-governamentais no Irão, Tunísia e Egipto. Biz Stone, co-fundador, defendeu o seu potencial político e prometeu proteger a liberdade de expressão dos utilizadores, apesar dos cépticos considerarem que as redes sociais podem ajudar os regimes repressivos a identificar dissidentes.

@scobleizer
O bloguista americano Robert Scoble é o ‘geek’ dos ‘geeks’. Foi um dos primeiros utilizadores e defensores do Twitter em 2006, antes de anunciar a ruptura com o ‘site’ numa conferência sobre tecnologia no célebre festival South by Southwest, na Primavera de 2007. Scoble, evangelista da tecnologia e “coleccionador de amigos” (tem cerca de 170 mil seguidores no Twitter) consegue bloquear os servidores dos novos media sociais a que adere devido à escala da sua rede. O prolífico Scoble inspirou-se no seu apelido para criar a rubrica ‘miliscoble’ (“que seca que é seguir alguém no Twitter”), onde classifica os ‘tweets’ que recebe diariamente.

@SarahBrownuk
A mulher do ex-primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, demonstrou a utilidade do Twitter para chamar a atenção dos media e criar uma nova ‘persona’ pública. Os jornais, que preferiam causticar o seu mau gosto a falarem nas obras de beneficência a que se dedicava, viu a sorte mudar quando o marido caiu nas sondagens e começou a relatar o seu dia-a-dia.

Fonte: Económico

Inovação: Macau pode ser uma cidade de inovação

Março 28, 2011 by  
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Entrevista | Gary Ngai, presidente da MAPEAL

Gary Ngai quer um centro de pesquisa sobre tecnologia ambiental no território. O presidente da MAPEAL garante que a RAEM pode transformar-se num pólo de “cérebros” internacionais pela defesa do meio ambiente.

Com quase 80 anos, Gary Ngai confessa que não desiste de “sonhar com um mundo melhor”. Foi por isso que há seis anos o antigo professor de História, que entre outras coisas também já foi conselheiro de vários governadores de Macau, criou a Associação de Macau para a Promoção de Intercâmbio entre Ásia-Pacífico e América Latina (MAPEAL).
Presença habitual na Feira Internacional de Cooperação Ambiental (MIECF), a organização não governamental vai promover mais um encontro de especialistas à margem do evento que arranca no final do mês.
Este ano a MAPEL traz ao território peritos das principais economias do mundo para debater as alterações climáticas e as perspectivas de desenvolvimento para as energias renováveis. Em entrevista ao Hoje Macau, o presidente da associação explicou porque é importante promover o território enquanto plataforma para a transferência de tecnologia e experiências mais verdes entre os maiores países em desenvolvimento, o chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

A MAPEAL tem sido presença constante em todas as edições da MIECF. Porquê abordar o tema das alterações climáticas?
É a continuação do nosso projecto relacionado com a protecção ambiental que tem sido desenvolvido com a MIECF desde 2008. Começámos por ter apenas a participação do Brasil, depois tivemos China, Índia, Malásia, Portugal, muitos países. No ano passado eram cerca de dez os países interessados em “usar” Macau como plataforma de troca de experiências sobre as tecnologias verdes. Este ano quisemos melhorar e ter oradores do BRIC e dos Estados Unidos. Aliás, das Nações Unidas, porque Robert Dixon é membro do painel da ONU sobre alterações climáticas, além de antigo conselheiro da Casa Branca para a segurança energética e Nobel da Paz, em 2007. Ele vai falar sobre as conclusões da última Cimeira sobre as mudanças climáticas no México, e também de Copenhaga, em 2009. Porque é uma pena que nenhuma tenha resultado num acordo. Pelo menos não um como o [Protocolo] de Quioto, há mais de dez anos. Um acordo que unificou os países. Mas agora as pessoas parecem não estar dispostas a fazer isso.

Por que é que diz isso?
Por causa da economia e da poluição, é muito difícil de controlar. É uma contradição muito grande. Se se quer que a economia evolua é preciso sacrificar o ambiente. Como a Europa e os Estados Unidos começaram a fazer há dois séculos, com a industrialização, e agora a China, a Índia e o Brasil também fazem. O clima está a sofrer e temos de encontrar uma solução para reduzir todas estas emissões de carbono para a atmosfera, que vão destruir o nosso planeta.

Ainda estamos muito longe de encontrar essa solução?
Toda a gente se questiona sobre isso, sobre qual é a melhor forma de controlar o dilema, mas ninguém consegue dar uma boa resposta. Ainda está a ser discutido. Mas eu acho que, tecnologicamente falando, ainda não temos uma boa resposta para isso. Está-se a tentar com a energia nuclear, mas agora vimos qual foi o resultado disso no Japão, que está longe de ser resolvido, longe disso. Há as novas energias limpas, como o biocombustível. O Brasil já é “número um” mundial com a utilização do etanol (álcool puro) como combustível para os automóveis. Todos os motores conseguem funcionar 100% a etanol ou, mais recentemente, misturando com outros combustíveis não fósseis. Mas eles já estão muito avançados, produzem o biocombustível a partir da cana-de-açúcar. E as pessoas podem perguntar-nos: “Ah mas vocês têm um grande país, podem plantar muita cana-de-açúcar aí também”. Mas na China e na Índia não temos assim tanta terra, usamo-la para plantar outras coisas, para alimentar as pessoas. Não podemos sacrificar a nossa terra para plantar cana-de-açúcar. Também temos o vento para produzir energia eólica, a energia solar, mas a tecnologia ainda não está no ponto certo aqui, está atrasada. De toda a energia utilizada, só 5 ou 10% é que não é fóssil. É muito pouco ainda. Eu também quero ver a economia a crescer rapidamente mas, e o ambiente? O dilema é cada vez maior, ninguém chega a um acordo em relação a isto. Por isso é que pedi ao professor Robert Dixon para vir cá explicar.

Já teve acesso à apresentação do professor?
Sim, é muito boa. Ele tenta explicar de uma forma muito objectiva o problema. Ele acredita que lá para o ano 2050 pode ser possível resolvê-lo, mas temos de esperar até lá.

Que tipo de soluções é que o professor Dixon sugere?
A principal passa por tentar unir os países para encontrar uma solução para atenuar as emissões de carbono para a atmosfera através de uma série de procedimentos, como meter o carbono numa espécie de invólucro fechado de forma a ser reciclado e reutilizado. Mas é preciso a tecnologia para isso… Caso se queime petróleo é emitida uma quantidade tão grande de dióxido de carbono, como é que podemos reciclá-lo todo? É uma grande questão que ainda ninguém conseguiu solucionar. Mas estão a tentar arduamente. Inclusive a China que está a tentar reduzir as emissões através do uso de novas tecnologias, está no plano quinquenal anunciado recentemente no Congresso Nacional Popular, em Pequim. O Brasil está a fazer o mesmo, a Índia e a Rússia também. Precisamos de cooperação mais próxima com os países em desenvolvimento, especialmente o BRIC, e partilhar ao máximo as inovações tecnológicas. É uma questão que engloba toda a raça humana, não é apenas um país que está em questão, é o mundo inteiro.

“As pessoas ficam muito preguiçosas quando têm muito dinheiro. É o problema de Macau. Debatem-se muitas coisas na Assembleia mas não se vêem resultados”

E o uso da energia nuclear, agora com a situação no Japão, acha que é cada vez mais questionável?
Sim, porque o risco ao nível da segurança é muito grande. As pessoas estão cada vez mais a pensar usar a energia nuclear para produzir energia limpa, mas não podemos esquecer que tragédias como esta que está a acontecer no Japão acontecem, até naquele que é um dos países mais avançados do mundo. Há seres humanos que ainda estão a sofrer as consequências de Chernobyl há 30 anos. Foi terrível, milhares e milhares de pessoas foram sacrificadas. Há algum caminho a tomar de forma a evitar tudo isto? A resposta é não, ainda não.

Qual é o papel que Macau pode representar nesta matéria?
Temos de usar Macau como base para discutir estas coisas com mais frequência. Não pode ser só falar, falar e falar. Falar é importante mas mais importante ainda é agir. Onde é que podemos encontrar a tecnologia certa para superar este tipo de desastres no futuro? Para aumentar a segurança e seguir o caminho em direcção às energias mais limpas? É para responder a estas questões que Macau pode ser útil. Vamos propor ao Governo, não só ao de Macau mas também a Pequim, que seja criado um centro de pesquisa sobre tecnologia ambiental no território. Um centro que funcione em comunhão com os países que nos são mais próximos, sobretudo o BRIC, mas não só. Convidar os profissionais mais inovadores neste tipo de tecnologia e pagar-lhes para trabalharem aqui em Macau, aproveitando a extensão da Universidade para a Ilha da Montanha. Há muito espaço lá e já há um plano para construir um novo laboratório. Porque não? Nós precisamos, a China precisa, há vontade de todos os lados para fazer isto. Agora está nas mãos do Governo investir mais.

E os profissionais locais?
No território não há ninguém para fazer isso. Macau é pequeno, temos recursos humanos reduzidos, mas podemos trazer gente e contribuir para estes assuntos globais. Mas por agora a porta ainda está fechada, ainda é muito difícil para as pessoas entrarem em Macau para trabalhar. É muito pior do que em Hong Kong, lá abrem a porta e dizem “Venham” aos melhores do mundo. Porque é que Macau não faz isso? Empregar pessoa da China, da Europa e dos países latinos e deixá-los contribuir para a nossa cultura, economia etc. É preciso que venham de fora até para ensinarem os que estão cá. Com um centro de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias ambientais instalado em Macau, as pessoas iriam perceber que o território não se resume a uma cidade de casinos. Também pode ser uma cidade de inovação, de renovação. Podemos estar a salvo de desastres como o do Japão daqui a duas ou três gerações. Podemos ter um mundo melhor.

Acha mesmo que isso é possível?
Acho. Só não é possível fazer isso a curto prazo mas é possível. Temos de usar os nosso recursos para o bem do mundo e Macau deve servir esta iniciativa para mostrar que apesar de pequeno, o território tem recursos financeiros para fazê-lo.

O Governo não tem apostado na protecção do ambiente?
Acho que o Governo tem uma agenda própria dedicada ao ambiente mas ainda é muito fraca, está longe do ideal. São precisas políticas claras para incentivar e estimular a utilização das novas tecnologias “verdes”. É preciso estimular a poupança de energia, o uso de energias renováveis em vez de combustíveis fósseis. Tentar implementar veículos eléctricos por exemplo, substituir os combustíveis por baterias, que é muito fácil. Claro que é caro mas o Governo pode subsidiar durante algum tempo, o tempo suficiente para que o preço das baterias baixe. O problema do tráfego é gravíssimo em Macau, há demasiados carros, é preciso políticas para melhorar isso. Olhe-se para Singapura, eles têm as regras e veja a diferença. Para não falar na redução da quantidade imensa de energia que é usada pelos casinos… Debatem-se muitas coisas na Assembleia mas não se vêem resultados. A decisão tem de vir do Governo e tem de ser forte. Têm de dizer “Sim, queremos isto!” e legislar, implementar medidas. Se queremos diversificar a nossa economia, o único caminho é desenvolver coisas novas. O Governo não sabe como gastar o dinheiro, não percebe que é possível gastar o dinheiro de uma forma que beneficie não só a RAEM como o mundo inteiro. Podemos fazer algo pela humanidade, isto é mais importante. Temos de ter uma visão global, perceber o que é que se está a fazer lá fora e quais são os maiores problemas do mundo. O ambiente é um deles.

A melhoria da situação ambiental do território tem necessariamente de passar pela população também. Mas estudos apontam para o desinteresse da comunidade. Concorda?
Claro. Se compararmos com o Japão há um fosso gigante. Eles estão muito à frente de qualquer país do mundo nesse sentido, estão no topo. Mesmo assim sofrem um desastre destes… Mas é por isso que eles podem resistir, porque as pessoas estão bem formadas e educadas. Em Macau é uma tragédia. É urgente educar as pessoas, implementar a educação cívica nas escolas, a começar pelo jardim de infância. Ensinar as crianças a preservar o ambiente, entre outras coisas.

Depois de anos a lutar por estas causas, nomeadamente junto ao Governo, não fica frustrado perante essa inércia das pessoas de que fala?
Sim… As escolas, os professores e as associações deviam trabalhar conjuntamente para fazer isto. Mais uma vez, no Japão já o fazem há décadas. Eles sofreram um enorme terramoto há anos que quase destruiu completamente Tóquio e erguerem-se de novo. Cá não há vontade suficiente para mudar. Como o antigo Chefe do Executivo Edmund Ho disse um dia, “em Macau nós somos crianças pequenas a tratar de coisas de adultos”. Não podemos continuar a ser “crianças pequenas” dez anos depois. Nós crescemos e as pessoas deviam ser mais activas e fazer coisas. As pessoas ficam muito preguiçosas quando têm muito dinheiro. É o problema de Macau.

Marketing: Facebook tem serviço de perguntas e repostas

Março 28, 2011 by  
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O Facebook englobou mais uma ferramenta em suas páginas. Foi anunciado ontem, 24, o Facebook Questions, que permite a postagem de perguntas de outros usuários. Lançado no ano passado como versão beta, agora está aberto para as pessoas do mundo inteiro que utilizam o Facebook em inglês.

Parecido com o Form.Spring.Me e o Quora, tem como objetivo a captação de informações das outras pessoas, como conselhos, opiniões e comentários.

“Como muitos dos nossos produtos, o ‘Facebook Questions’ surgiu de uma forma nova e inesperada à medida que as pessoas começaram a usar o Facebook. Algumas pessoas atualizam seu status fazendo perguntas e seus amigos respondem nos comentários. Percebemos isso e começamos a pensar o que poderíamos fazer para tornar essa interação mais útil.” Disse Adrian Grahan, gerente do produto Facebook Questions.

Em breve todos poderão acessar, enquanto isso, a versão teste pode ser conferida em http://www.facebook.com/questions.

Fonte: AdNews

Marketing: Para especialistas, o Twitter é uma ferramenta de integração

Março 28, 2011 by  
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Comparando com o mundo real, cinco anos de Twitter pode parecer pouco, muito pouco mesmo. Mas, levando-se em conta o mundo virtual, e a velocidade com que o tempo passa na internet, tão diferente que é dos 365 dias que completam um ano, cinco anos não é pouco. Cinco anos, para a internet, e para uma ferramenta de comunicação como o Twitter, é muito. Especialmente se pararmos para pensar que desde seu nascimento em 2006 foram lançados vários sites, como o Jaiku, também de 2006, mas comprado pelo Google em 2007, e o Buzz, também do Google (perceba o quanto o Google cobiça algo semelhante ao microblog), entre muitos outros. Também, não é por menos: o Twitter conta hoje com aproximadamente 150 milhões de usuários em todo mundo integrados em uma única ferramenta.

E mais do que um novo site, uma nova rede ou mídia social, ou simplesmente uma febre na internet, o Twitter é, como afirmou um de seus fundadores recentemente, por ocasião do aniversário do primeiro tweet, em 21 de março, um “novo jeito de se comunicar”. Tanto é que o Twitter foi um dos grandes responsáveis pela entrada definitiva das grandes corporações internacionais e nacionais nas chamadas mídias sociais: além do Twitter, Orkut, Facebook e YouTube. Para Ana Brambilla, jornalista e mestre em comunicação, que está no Twitter há quatro anos, uma das explicações para esse fenômeno pode estar no cadastro de novo usuário do microblog. “O Orkut, por exemplo, era muito voltado para pessoas: tem ali, cor dos olhos, coisa que empresa não tem; relacionamento, interesse por homens ou mulheres, ou ambos, a empresa não tem isso. O perfil do Orkut não é voltado para empresa, é voltado para pessoa, enquanto o Twitter é mais aberto, traz mais possibilidade de representação”. Essa diferenciação entre pessoa física e pessoa jurídica, lembra Ana, já aparece, por exemplo, no Facebook, que não permite mais que as instituições criem perfis, apenas FanPages.

Ainda que tenha várias críticas ao Twitter, como à busca do site que oferece poucos dados e o acesso nada facilitado aos dados do Twitter, Alex Primo, professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), concorda que a interface do microblog ajudou na sua popularização. Em sua opinião, o Twitter diminui a distância entre leigos e hard users – usuários mais avançados – e, justamente por isso, se tornou uma ferramenta de integração. “Não diria que o Twitter representou uma revolução, porque entendo o conceito de revolução como algo que muda uma sociedade de forma mais duradora. Parece que nos tempos atuais o conceito de revolução se esvaziou, então diria que o Twitter representa uma inovação que permite ao usuário escrever mensagens curtas na internet, especialmente através do celular, objetivo com o qual nasceu”, explica Primo.

Outra distinção do Twitter para outras mídias sociais, de acordo com Ana Brambilla, é o fato do Twitter ser público, ou mais público que o Orkut, o Facebook, o email e que programas de mensagens instantâneas, como o MSN, por exemplo. Mas, ao contrário do que muitos já disseram, o Twitter não matou nenhuma das outras redes sociais, mesmo sendo uma ferramenta de integração, que na opinião de Ana Brambilla, integrou os usuários do mundo inteiro e ao mesmo tempo, o que não aconteceu com outros sites. “No início, houve uma desaceleração da blogosfera, mas os blogs continuam aí e muito bem obrigado, pois cumprem outro papel”, sinaliza na mesma direção Alex Primo.

O Twitter, tal como destacou Primo, possibilita que as pessoas fiquem mais próximas daqueles que admiram, uma vez que o microblog dá aos seus usuários a possibilidade de acompanhar, por exemplo, as celebridades que gostam. E assim como as pessoas, também as marcas ficaram mais perto dos seus clientes, a ponto de serem “obrigadas” a escutá-los, bem como os meios de comunicação. “Com o Twitter, a comunicação ficou síncrona, instantânea e rápida, características que não apareciam, por exemplo, no Orkut, onde as comunidades são assíncronas – tu colocas uma mensagem hoje e ela pode ser respondida de noite, amanhã -, enquanto que quando tu posta algo no Twitter tu até estranha se a mensagem for respondida muito depois, tu nem te lembra o que era. No Twitter, no momento que um usuário pergunta algo para uma marca, ela tem que responder imediatamente. Se eles demorarem, mandarem para a comunicação corporativa antes, perde o gancho e o fluxo da comunicação. Por ser simples para as pessoas, como leitor, consumidor, as pessoas esperam que seja simples para as empresas também, que elas respondam de maneira breve e curta, como deve ser no microblog”, afirma Ana Brambilla.

ConfiabilidadeE assim como as demais mídias sociais, como o Orkut, e também o blog, que mudaram a forma dos internautas se relacionarem com os veículos de comunicação, também o Twitter modificou essa relação. Na opinião de Alex Primo, os blogs já tinham diminuido a importância da mídia de massa, portanto, é natural que o Twitter atue na mesma direção, inclusive pautando a imprensa. “O Twitter, como uma boa obra do ser humano, é tão confiável quanto o ser humano. Uma informação veiculada no microblog deve ser tão checada quanto em outros locais, não basta só olhar a timeline. E, no Twitter, os perfis são fontes por ocasião, de um tuiteiro ver algo e postar”, explica Ana Brambilla, e também daquilo que alguém publicou ser de interesse dos veículos de comunicação.

A questão da confiabilidade atravessa a timeline dos perfis dos usuários, sejam elas pessoas comuns, celebridades ou marcas, e chegam ao Trending Topics (TTs) – lista de tópicos, de hashtags ou de nomes próprios mais comentados no Twitter no mundo e por localidade. “Será que o que está ali é o que o povo está querendo, ou são os caras de uma agência que estão mandando em maior número? Será que é um buzz (barulho) da agenda, ou será que um buzz do público? Eu gosto, tenho um carinho e uma admiração enorme pelo o que o público está dizendo, ali está o sentido do jornalismo. Não adianta tu querer dar uma notícia sobre o outro lado do mundo enquanto as pessoas estão mais envolvidas, inclusive emocionalmente, com o boato falso da morte do Lima Duarte no Twitter”, exemplifica Ana Brambilla. De acordo com ela, mesmo um boato falso pode interessar ao usuário de Twitter e deve interessar também aos grandes veículos de comunicação, pois quando um internauta entra na sua página do Twitter e encontra entre os TTs a notícia da morte de alguém, mesmo que falsa, ele vai atrás de alguém que explique para ele que aquilo é apenas um boato no microblog, ele tem que encontrar isso na imprensa.

O futuro do TwitterNenhum dos dois entrevistados pelo Terra se sente a vontade para fazer um exercício de “futurologia”, mas mesmo assim Ana Brambilla disse que acha a ferramenta bastante bem resolvida no que diz respeito a atender as necessidades do público. “O que talvez ela não atenda ainda sejam os interesses das empresas que querem ganhar dinheiro com o Twitter e fazer publicidade. Existem algumas artimanhas que o Twitter e os próprios usuários criaram, como as hashtags promoted (promovidas por alguém ou algo), os tweets pagos com a hashtag #ad para indicar que é um anúncio e não uma opinião. Ou seja, são códigos que foram sendo criados porque a ferramenta não oferece essas opções, mas a partir daí, eu penso o seguinte: será que o Twitter é um espaço para gerar venda, ter publicidade, negócios, ou ele é um espaço de relacionamento? Daí vai ter quem diga que relacionamento também envolve negócios, ok, mas não necessariamente na mesma ferramenta. E é por isso que uma empresa que queria investir em redes sociais não pode só entrar no Twitter. Ainda que eu veja as mídias sociais como uma área de apoio, assim como são os Recursos Humanos. Nesse sentido, o Twitter está bem resolvido, pois ele dá suporte aos relacionamentos, ao conteúdo e ajuda a empresa a ganhar dinheiro em outras áreas”, concluiu a jornalista Ana Brambilla.

Alex Primo também não vê com bons olhos os tweets promocionais que entram nos Trending Topics, e mesmo com alguns que aparentemente não são, mas que só entram nas estatísticas do site por meio da manipulação dos internautas. Além disso, ele chama atenção para o falso sentimento de intimidade que muitos usuários criam com os perfis de celebridades que seguem. As celebridades, como lembrou Ana Brambilla, conversam mais com celebridades, e ao contrário do que se espera de um amigo, mesmo da internet, muitos deles não seguem de volta seus seguidores. “É uma intimidade artificial essa das pessoas públicas. Minha mulher, por exemplo, que se interessa por gastronomia, segue o Twitter de vários chefs internacionais, porque interessa para ela o que eles dizem”, afirma. Mas, como deixa claro Primo, não é por seguir alguém que você se torna amigo ou interessante a ponto dessa pessoa segui-lo de volta.

Sobre o futuro do Twitter, Alex Primo não vê com maus olhos o que muitos estão chamando de “orkutização do Twitter”, isto é, de que todo mundo agora tem uma página no microblog. “Eu só posso ver como algo bom uma ferramenta que seja para todos, terroristas, dentistas e não só para quem é do meio.” Além disso, o pesquisador entende o Twitter como uma grande força tecnológica, uma potência, ao lado de Google, Facebook e Apple. “Eu acho que o Twitter pode acabar sendo comprado pelo Google, mas isso é só o que eu acho.”

Fonte: Jornal do Brasil

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