Inovação: Explorando as origens da inovação

Abril 7, 2011 by  
Filed under Notícias

Muitas das melhorias e inovações em produtos já existentes são feitas por pessoas comuns em suas casas.

Onde você acha que acontece a inovação? Você acha que a inovação ocorre em um departamento corporativo de desenvolvimento de produto ou em uma garagem nos fundos de uma casa? Dois artigos recentes exploram os diferentes lados desta questão.

Um artigo recentemente publicado no New York Times informou os resultados de uma pesquisa britânica a respeito de inovação em produtos de consumo realizada em 2010. Liderada por Eric von Hippel, pesquisador do MIT Sloan School of Management, a pesquisa mediu o que se chama de “inovação em casa”. Ou seja, avaliou o grau de desenvolvimento e modificação de produtos realizados por usuários. O estudo final, que está prestes a ser publicado, envolveu 1.173 consumidores do Reino Unido e descobriu que 6,2% dos consumidores – ou seja, 2,9 milhões de pessoas – têm participado, nos últimos três anos, da inovação e desenvolvimento de novos produtos ao consumidor.

Segundo os cálculos dos autores, a soma anual que esses consumidores britânicos gastam fazendo modificações ou melhorando produtos existente é 2,3 vezes maior do que a soma dos gastos anuais de P&D de todas as empresas do Reino Unido. O estudo revelou uma grande variedade de “pequenas melhorias” em produtos, abrangendo desde equipamentos desportivos até ferramentas para jardinagem, e inclusive aparelhos eletrônicos. Essas pessoas que praticam o “faça-você-mesmo a inovação”, estão investindo seu tempo, energia e dinheiro para satisfazer uma necessidade atualmente não coberta por produtos comercialmente disponíveis. Isso vai além de Voz do Cliente – é Inovação pelo Cliente!

Von Hippel, que passou os ultimos 30 anos pesquisando inovação, afirma que estes resultados estão em linha com seus trabalhos anteriores. Por exemplo, ele estima que 77% das inovações relacionadas com instrumentos científicos vêm de usuários. A máquina coração-pulmão artificial desenvolvida pelo Dr. Heysham Gibbon é um típico exemplo.

Compare essas convincentes conclusões com o artigo intitulado “Inovação liderada por usuários não pode criar avanços; simplesmente pergunte à Apple ou à Ikea”. Nesse artigo, publicado pela revista Fast Company, os autores Jens Martin Skibsted e Rasmus Bech Hansen afirmam: “Grandes marcas lideram os usuários , e não o contrário”. Na opinião dos autores, o foco em usuários acaba levando as empresas a alcançarem apenas melhorias incrementais em vez de conduzir ao desenvolvimento de produtos radicais ou produtos realmente inovadores.

Os autores sugerem que a centralização do foco no usuário leva a produtos similares e a marcas similares, resultando em um “mar de mesmice”. Visionários, como Steve Jobs, Mark Zuckerberg e Steven Spielberg são essenciais para criar a próxima onda de inovação que preenche as nossas necessidades não ditas (ou não articuladas). Mas esses mesmos “technorati” (uma mistura das palavras tecnologia e literatos, que invoca a noção de inteligência tecnológica ou intelectualismo) não querem tomar o lugar das pessoas que estão inovando em base às necessidades dos usuários – por exemplo: eles não querem ocupar o lugar daqueles que desenvolveram os alimentadores automáticos para cachorros, cortadores de árvores, e para não esquecer, máquinas de coração-pulmão artificiais.

A Voz do Cliente está mais forte do que nunca. O desafio é capturar a voz inovadora dos usuários e usar a mesma para alimentar o seu processo de inovação. Os processos para desenvolvimento de novos produtos podem ser aprimorados com distintas metodologias, como Lean ou Design for Six Sigma (DFSS), que se concentram em garantir a capacidade de um projeto para atender as necessidades do cliente sem o desperdício associados a abordagens de tentativa e erro.

Resumindo: a inovação ocorre no laboratório ou na garagem? Na minha opinião, em ambos os lugares.

Fonte: IG



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One Comment on "Inovação: Explorando as origens da inovação"

  1. antonio saias on Sáb, 9th Abr 2011 12:27 pm 

    agradecer à Redação
    a gentileza de reproduzirem todos os meus comentários – contrariamente ao que eu supunha, antes de encontrar un “ninho” deles clicando no local adequado: COMMENTS

    uns mais pertinentes do que outros – todos lá estão, quem sabe com ideias eventualmente aproveitáveis para quem tenha espírito empreendedor. Que deve ser independente do espírito criativo, creio
    sei que a mim, comum reformado com menos de mil euros por mês, me interessa muito mais saber que as minhas ideias foram postas em prática do que “chatear-me” em busca de proventos materiais que delas possam advir.

    no entanto, pelo menos duas, tenho boas razões para me convencer de que foram pirateadas: Um “irrigador raízes”, de multinacional líder no país – cópia escandalosa de modêlo que pus a funcionar, tentei registar no Instituto da Propriedade Industrial, e vim depois a descobrir à venda na Feira Nacional de Agricultura de Santarém.

    simpaticamente convidaram-me para um Pic-Nic no antigo Aqua-Park de Belem, de má memória, onde viria a falecer, sugado pelo sistema de águas do equipamento, uma criança cuja morte trágica sensibilizou a população portuguesa na altura.

    ofereceram-me, no decurso do evento, um Kit de Jardinagem que não contemplava – vergonha lhes seja creditada – o MEU irrigador de raízes.

    àparte – descobri em 2008, pela NET, que um pequeno poema meu tinha sido musicado por FERNANDO LOPES GRAÇA
    em – data da partitura: 8 / 8 / 78 – volvidos, portanto, precisamente 30 ANOS

    em 94 procurei apoio “para registo internacional de patente de um equipamento com a designação inicial de “OPERADOR DE TELECARDIOGRAMAS” , ´que permitirá transmitir à distância, via telemóvel clássico ou telemóvel, sinal eléctrico cardíaco
    que será recolhido e tratado num terminal de computador.
    esta operação inovadora poderá diagnosticar à distância alterações cardíacas muitas vezes causadoras de morte.
    com a utilização do equipamento pode intervir-se de imediato
    e salvar a vida em perigo”
    SIC
    enviado ao Exmº. senhor Ministro da Indústria e Energia em
    20 de Julho de 1994.
    tenho (pela primeira vez na vida) guardado dossier com ampla cópia de documentos enviados a várias entidades.

    em 5 / 3 / 98 – 4 ANOS volvidos, espanto-me com a notícia da Antena 1, recolhida de CORREIO DA MANHÃ desse mesmo dia
    :
    Caixa da notícia
    :
    ELECTROCARDIOGRAMA POR TELEFONE EVITA MORTE SÚBITA

    legenda de foto que mostra técnico operador em ação
    :
    “através deste aparelho, o doente regista o seu electrocardiograma e transmite-o por telefone (rede normal ou celular) de qualquer ponto do país ou do estrangeiro” SIC

    SAFADEZA – dá ideia de que não só piratearam o equipamento como o texto

    mais uma informação veiculada pelo CORREIO DA MANHÃ de 5/3/98
    :
    “em PORTUGAL a TAS – Tecnologias Avançadas de Saúde, Lda, criou este Serviço…”

    dependente, acrecento eu, da então TELECEL
    -acrescento ainda mais – que eu tinha contactado por altura da minha busca de apoios ou parcerias para exploração do “imaginado” equipamento.

    em carta manuscrita datada de ÉVORA, 27 de Agosto 94.

    QUE RAIO DE COINCIDÊNCIAS

    NOTA – se quiserem publicar este meu velho desabafo – que pode até assumir um carácter pedagógico para jovens ou ingénuos criativos – renovo a garantia de que disponho de documentação
    que avaliza tudo o que afirmei atrás

    grato pela Vossa atenção e paciência em aturar-me

    abraço

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