Inovação: Inovação para conquistar o mercado

Abril 13, 2011 by  
Filed under Notícias

Marcas conseguem se manter no mercado e até expandir produção para fora do País. O investimento é pesado em produtos diferenciados e profissionais de criação mais ousados.

Entre os representantes do setor têxtil e de confecção do Ceará, ninguém soube informar direitinho quantas das empresas aqui estabelecidas vendem para fora do Estado. Só se afirmava, com muita convicção, de que a maioria delas vende. E muito. Para além da modinha, bem vendida pela maioria das confecções por fatores como qualidade e preços competitivos, tem muita empresa cearense já renomada vendendo tendência lá fora.

 

Enquanto costurava num quartinho dentro de casa, talvez Fátima Brilhante jamais tivesse ambicionado vender moda ao País inteiro. O começo foi tímido. Ela fazia as próprias roupas no município onde morava, Pacajus, as amigas adoravam e sempre pediam as peças exclusivas emprestado. Até que um dia o marido Miguel, investindo o equivalente a R$ 50, teve a brilhante ideia de dar uma máquina de costura de presente à mulher. Há 21 anos.

 

Conhecida das jovens fortalezenses, Fátima é proprietária da grife Dona Florinda. A marca foi uma das primeiras a vender para um nicho específico no Estado: o público teenager ou adolescente. A marca começou desfilando no Dragão Fashion Brasil, mas por dois anos não foi comercializada. Em 2001, em feira de moda, em São Paulo, a empresa fechou o primeiro negócio. “Foi com uma loja daqui de Fortaleza. Pensaram que a gente era do Rio de Janeiro”, relembra a proprietária da marca, Fátima Brilhante.

 

Hoje, a marca tem cinco lojas em Fortaleza, uma franquia em Natal (RN), outra em Recife (PE) e vende para todo o País através de lojas multimarcas. São cerca de 480 mil peças vendidas anualmente, a taxas de crescimento entre 25% e 30% ao ano. Do faturamento, cujo número se mantém em sigilo, 80% vem de fora.

 

Inovação

Mas como uma empresa pode respirar bons ventos em momento de tempestade no setor? A empresária justifica pela inovação constante. “Hoje você compete com o mundo. Não é só com o setor da moda. A floricultura, a padaria, o cinema, tudo vai tirando uma fatia do que poderia ser direcionado à compra de roupa, por isso a conquista do cliente pela novidade é constante”, ensina.

 

Fátima Brilhante conta que teve que trazer consultoria de fora para melhorar a gestão da empresa, fazer pesquisas de mercado. Teve que equilibrar equipe de criação de moda com três estilistas de personalidades distintas para oferecer coleções que atendam a todos os gostos, mas sem perder a unidade. “A versatilidade de nossas modelos veste pessoas com manequins entre 34 e 44, não importa a idade”, destaca.

 

Apesar de ser uma grife cearense, a Dona Florinda faz até roupa de inverno para penetrar ainda mais no mercado do Sul e Sudeste. “Não somos tão forte quanto na coleção verão-primavera, mas temos opções aos clientes”. Hoje, o marido Miguel, que antes, dedicava todo o tempo à Medicina, colhe os frutos daqueles R$ 50 investidos numa máquina de costura: agora, dedica meio expediente como diretor administrativo da empresa da mulher. (Luar Maria Brandão)

Fonte: O Povo Online



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