Inovação: Empresa têxtil de Viana do Castelo exporta inovação em sustentabilidade

Abril 17, 2011 by  
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Em Fevereiro do ano passado, a Vianatece saiu de Gent, na Bélgica, com o prémio da empresa mais “Eco-Friendly” na Intirio, feira de decoração de interiores e linhas da casa.

A têxtil de Viana do Castelo, porém, não foi apanhada de surpresa.  Fundada em 1985 e empregando actualmente 80 pessoas, a empresa, ligada à produção de tapeçaria e outros têxteis para o lar, tem nas estratégias de sustentabilidade um importante pilar da sua produção.

Nos últimos anos, e com o aumento da exigência da sociedade em torno dos temas ambientais, a Vianatece investiu na marca LethesHome, que produz tapetes feitos à mão em teares tradicionais de madeira e a partir de fibras têxteis recicladas. Hoje, a empresa exporta estes tapetes para todo o mundo.

“A relação que temos com o exercício de transformar e criar com elementos reciclados é tão estimulante que facilmente ficámos apaixonados por este projecto”, explicou ao Green Savers Eduardo Carvalho, responsável pela Vianatece e pela marca LethesHome [pode ler a entrevista, na íntegra, em baixo].

A aposta da sustentabilidade da LethesHome não é greenwashing. A Vianatece compra o que as outras empresas têxteis consideram resíduos (ou desperdícios) e, com eles, constrói a sua matéria-prima.

“Começámos com os famosos tapetes de trapos e hoje apresentamos uma vasta gama de produtos contemporâneos e urbanos, satisfazendo as necessidades dos clientes actuais”, lembra Eduardo Carvalho.

A produção da LethesHome tem o cuidado de utilizar os recursos de forma a minimizar qualquer impacto negativo no meio ambiente, não deixando de lado todas as mais-valias dos produtos feitos à mão, com matérias-primas recicladas. Finalmente, fornece artigos singulares e exclusivos com a sigla Made In Portugal, “apelando ao orgulho no consumo do que é produzido” no País.

Leia a entrevista exclusiva de Eduardo Carvalho ao Green Savers.

Todos os produtos produzidos pela Vianatece são feitos a partir de fibras recicladas, ou a LethesHome é apenas uma das vossas marcas?

A Vianatece é a fábrica onde produzimos todo o tipo de artigos têxteis para o lar, desde têxteis para cozinha, quarto ou sala, entre outros. Mas só os tapetes, almofadas e puffs são produzidos a partir de fibras têxteis recicladas. LethesHome são as nossas lojas de venda ao público (Porto – Rua Sá da Bandeira Nº90, Viana do Castelo – Praça da Republica Nº45, e Neiva – Zona Industrial 2ª Fase).

Como surgiu esta necessidade de criar produtos através de fibras têxteis recicladas?

Foi a vontade de criar e produzir coisas novas, gozando do prazer de transformar algo aparentemente dispensável num objecto bonito, agradável e útil. Esta experiência foi tão agradável que estimulou novos projectos e ideias. A relação que temos com o exercício de transformar e criar com elementos reciclados é tão estimulante que facilmente ficámos apaixonados por este projecto.

Têm previsto abrir mais lojas, em Portugal ou no estrangeiro? Onde?

Sim, estamos a pensar em abrir, num futuro próximo, mais uma loja LethesHome em Lisboa. Recentemente abrimos a nossa loja online.

Como reagiram as empresas a quem vão buscar os tecidos aquando da primeira abordagem que tiveram?

A matéria-prima é comprada directamente a empresas que se destinam somente à recolha dos resíduos nas indústrias têxteis.

Têm ideia de quantos produtos feitos a partir de fibras têxteis recicladas vendem por ano?

Em média, e por ano, produzimos 192.000 m2 a partir de fibras têxteis recicladas.

Acredita que a sustentabilidade é um factor distintivo de sucesso no vosso negócio?

Sim, sem dúvida, a inovação aliada a uma boa prática ambiental é a chave do sucesso.

Que novidades podemos esperar da Vianatece e Letheshome para o futuro?

Continuaremos a tentar responder às necessidades de um mercado cada vez mais exigente, apelando ao bom senso das pessoas para o consumo do que é produzido em Portugal, e de que forma podem ajudar a reduzir os impactos ambientais com os seus hábitos de consumo. E está prevista a abertura de uma loja LethesHome em Lisboa, como já referi.

Fonte: Greensavers

Marketing: Escolas de negócios portuguesas mais internacionais

Abril 17, 2011 by  
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A composição do corpo docente e discente, a qualificação em rankings e as acreditações externas são elementos que têm contribuído para a internacionalização das escolas de negócios portuguesas. Mas, e porque o nome da escola é o primeiro cartão-de-visita num mercado global, as designações em inglês têm-se imposto como inevitáveis.

A actualização dos seus nomes para o inglês parece ser um passo determinante para a internacionalização das escolas de negócios portuguesas. A demonstrá-lo está a adopção quase simultânea de novas designações – exactamente iguais – pela Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa e pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, em Fevereiro deste ano. Afinal, e num primeiro momento, é o nome que comunica a postura internacional das instituições. Pelo que, em estádios diferentes, a mudança tem acontecido na generalidade das escolas de negócios em Portugal.

Uma decisão «natural», num quadro marcado pela «forte concorrência», como afirma António Gomes Mota, presidente da ISCTE Business School (IBS), escola que já em 2006 tinha levado a cabo a mudança. De resto, e como aponta Nuno Sousa Pereira, presidente da EGP-UPBS (Escola de Gestão do Porto – University of Porto Business School), «a dimensão do mercado interno é reduzida, pelo que a internacionalização é uma realidade cada vez mais presente». Também a EGP, apesar da designação que assume em inglês desde 2008 – e após várias mudanças de nome nos 22 anos de existência -, tem a decorrer um processo de rebranding que tomará forma no próximo ano lectivo.

Fonte: Marketeer

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