Inovação: Crescente capacidade científica e do ensino superior em Portugal discutida na OCDE

Abril 23, 2011 by  
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O rápido desenvolvimento da ciência bem como as reformas alcançadas no ensino superior em Portugal constituíram os motivos que levaram à realização de um Seminário especial na sede da OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico), ontem, em Paris.

Após um encontro com Art de Geus, Secretário-Geral Adjunto da OCDE, o seminário teve início com a intervenção de Yuko Harayama, sub-directora da Direcção-Geral de Ciência, Tecnologia e Indústria da OCDE e de Deborah Roseveare, Chefe de Divisão de Políticas de Educação e de Formação da Direcção-Geral da Educação da OCDE.

Este Seminário surge no seguimento de uma reunião similar ocorrida há um ano, que permitiu não só um debate profundo sobre o desenvolvimento das políticas de Ciência e Tecnologia em Portugal como também a análise das políticas destinadas a reforçar e consolidar esse crescimento. 

“As competências adquiridas e o desempenho em C&T representam hoje um dos activos mais importantes do país para alcançar um crescimento económico sustentável”, disse José Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O número de investigadores, em 2009, atingiu 8,2 investigadores a tempo inteiro por mil trabalhadores, comparando com 3,5 em 2005 e 1,5 no final dos anos 80. A despesa total em I&D mais que duplicou nos últimos 5 anos, atingindo 1,71 por cento do PIB em 2009, comparando com 0,81 por cento em 2005 e apenas 0,4 por cento no final dos anos 80.

Nos últimos anos, o sistema de ensino superior português foi profundamente reformado, a sua base social de recrutamento alargada, e a colaboração entre empresas e universidades ou politécnicos reforçada.

O Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, salientou que “o número de empresas com actividades de I&D cresceu, atingindo cerca de 2000 empresas em todos os sectores de actividade económica em 2009, enquanto era cerca de 900 em 2005. Este aumento é particularmente relevante no contexto económico internacional recessivo dos últimos anos, tendo a despesa total em I&D das empresas quase que triplicado desde 2005, atingindo 1303 milhões de euros em 2009 (contra 462 milhões de Euros em 2005)”.

A evolução da despesa das empresas em I&D, considera João Barros, presidente da Associação Empresarial Portuguesa, “reflecte o impacto da acumulação do investimento público em ciência e tecnologia e os esforços feitos pelo sector privado para tirar vantagem das capacidades científicas e da capacidade tecnológica disponível, nomeadamente em termos de seu potencial de inovação, acesso a mercados emergentes e no desenvolvimento das exportações”.

João Sentieiro, Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia referiu que “as oportunidades relacionadas com os temas científicos emergentes e com a formação avançada constituem um desafio contínuo para os países de pequena e média dimensão. Portugal tem tido essas oportunidades através do estabelecimento de parcerias estratégicas com instituições de reconhecido mérito internacional”.

Já Alexandre Quintanilha, presidente do Conselho de Laboratórios Associados, realçou a criação de 25 Laboratórios Associados nos últimos 11 anos que agregam mais de 6000 investigadores em várias áreas do conhecimento.

Fonte: Ciência Hoje


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