Marketing: Conheça as grandes empresas portuguesas espalhadas pelo mundo

Abril 27, 2011 by  
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Desenvolvem a sua actividade em sectores estratégicos para a economia portuguesa. Conheça as grandes empresas lusitanas do mundo.

Combustíveis, automóveis, engenharia e tecnologia de ponta, pasta e papel, alimentação e distribuição, cortiça. São das maiores empresas portuguesas, com fortes planos de internacionalização. E o negócio lá fora está a correr de vento em popa. Todas elas têm assistido ao crescimento das vendas por via da componente internacional. Enquanto as empresas continuam a investir, o Governo já anunciou a criação de um fundo de 250 milhões de euros para apoiar a internacionalização e as exportações nacionais.

Galp lidera o ranking das maiores empresas com presença internacional

Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas colocam a Galp Energia no topo das maiores empresas exportadoras. A empresa conta com uma forte presença internacional em Espanha, Brasil, Angola, Venezuela, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Suazilândia, Gâmbia, Timor-Leste, Uruguai e Guiné-Equatorial.

De acordo com números da empresa liderada por Ferreira de Oliveira, no segmento de exploração e produção o investimento está sobretudo direccionado para o Brasil em especial para campos ‘offshore’, com destaque para o campo Tupi, que recebeu 173 milhões de euros.

Angola é outro mercado importante neste segmento, em que para o projecto de desenvolvimento do bloco 14 foram canalizados 93 milhões de euros, dos quais 52 milhões de euros são relativos ao campo BBLT (Belize, Lobito e Tomboco).

No final de Dezembro de 2010, a Galp Energia detinha 1.436 estações de serviço na Península Ibérica, em que cerca de 44% das estações de serviço situam-se em Espanha, enquanto África acolhe 103 postos de abastecimento da empresa portuguesa.

No que se refere às lojas de conveniência, a Galp conta já com 509 espaços, sendo cerca de metades estavam localizadas no mercado espanhol.

Autoeuropa é a segunda maior exportadora portuguesa

A Volkswagen Autoeuropa exportou 98,6% da produção total, no ano passado. Um volume que faz da fábrica de Palmela a segunda maior exportadora portuguesa, de acordo com o ranking do Instituto Nacional de Estatística. No total foram produzidos 101.284 unidades dos modelos VW Sharan (23.229 carros), Seat Alhambra (10.050 viaturas), VW Eos Cabrio (22.775 unidades) e VW Scirocco (45.230 carros). No ano passado, a VW Autoeuropa registou um volume de negócios de 1.646 milhões de euros, mais 16,7% que no ano anterior. Quanto ao investimento, a empresa diz que aplicou um total de 191 milhões de euros.

Para este ano, a Volkswagen já anunciou que vai aumentar as encomendas à fábrica portuguesa com a condição de uma parte desse volume ser entregue no mês de Agosto. Com esta encomenda, a produção prevista para 2011 passou para 130 mil unidades, em vez das 120 mil previstas no início do ano. Ainda em Abril, a VW Autoeuropa irá contratar 300 trabalhadores temporários com um contrato inicial de seis meses. “A renovação por um período igual ou superior irá depender das encomendas para 2012, bem como do desempenho e assiduidade de cada um”, refere o comunicado da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa.

Efacec está entre as melhores do mundo na tecnologia

A Efacec, grupo electromecânico de capitais portugueses, concorre hoje com as grandes multinacionais do sector, como a Siemens, ABB, Schneider ou Toshiba. A empresa conseguiu impor-se no mundo altamente competitivo da tecnologia, nas áreas da engenharia, transportes e logística e ambiente. E, por isso, nos últimos anos, a componente internacional da empresa acentuou-se, valendo actualmente quase 67% do seu volume de negócios. Em 2010, o grupo ultrapassou a fasquia dos mil milhões de euros de vendas, concretamente 1.035 milhões, e apenas 33% foram geradas em Portugal. A Efacec, que marca presença em mais de 60 países, detém uma unidade de produção de transformadores nos Estados Unidos e prepara-se para investir na mesma área no Brasil. A fábrica dos Estados Unidos é uma aposta no mercado de substituição, com base em tecnologia totalmente portuguesa. O projecto industrial no Estado de Pernambuco deverá arrancar ainda este ano e está orçado em cinco milhões. Recentemente e fruto da sua experiência na área dos transportes, ganhou uma encomenda de cinco milhões para o metro ligeiro de Bergen, na Noruega. A Efacec, detida em partes iguais pelos grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves, é presidida por João Pereira Bento.

Portucel Soporcel contribuiu com 3% do total das exportações para Europa

O grupo Portucel Soporcel é outro grande exportador português. E numa altura em que o aumento de exportações ganham uma importância ainda maior para o desenvolvimento da economia portuguesa, “o grupo mantém-se fortemente empenhado em contribuir para esse desígnio nacional”, admite fonte oficial.

Os dados mais recentes do INE, referentes a Dezembro de 2010, mostram que a Portucel Soporcel representou 3% das exportações nacionais para a Europa. Grande parte das vendas do grupo é conseguida nos mercados externos. Para este volume, o destaque vai para a Polónia com 9% das exportações, seguida muito de perto pela Suíça, com 8%, Itália com 7% e Alemanha com 3%. Também noutros países onde o grupo opera, o peso chegou a ganhar maior relevo. É o caso da Letónia com 48% e da Croácia com 38%.

Fora da Europa, no mesmo período em análise, o grupo liderado por Pedro Queiroz Pereira representou 8% das exportações portuguesas para os EUA, 19% para a Turquia, 18% para a Arábia Saudita e 17% para o Peru .

O valor global das suas exportações cresceu 25% em 2010, para cerca de 1,2 mil milhões de euros. O volume de negócios do grupo cresceu 26,5% para cerca de 1,4 mil milhões de euros.

Polónia representa 55% das vendas da Jerónimo Martins

Nas contas da Jerónimo Martins (JM), a rede de supermercados que o grupo tem na Polónia já factura mais de metade das vendas consolidadas do grupo. Em 2010, a JM trouxe da Polónia 4,8 mil milhões de euros, ou seja, 55% das vendas consolidadas do grupo, que atingiram os 8,7 mil milhões de euros. Líder no retalho alimentar na Polónia, destacado do segundo lugar, é lá que as vendas continuam a crescer mais todos os anos. Enquanto em Portugal, as vendas do Pingo Doce aumentaram 10,5%, na Polónia o crescimento das vendas foi 29,1% em comparação com 2009.

O administrador-delegado da JM, Pedro Soares dos Santos, já intitulou a empresa de “luso-polaca”, estando em cima da mesa da administração a possibilidade de entrar na bolsa polaca. O que está fora do baralho da JM é a mudança de sede para Varsóvia, porque “antes de ser empresário e gestor”, Alexandre Soares dos Santos, ‘chairman’ da JM é “português”, disse recentemente.

Na Polónia, a Biedronka tem já mais de 1.600 supermercados de ‘hard-disccount’ e a intenção é atingir as duas mil lojas em 2012 e as três mil lojas daqui a cinco anos. Mas, com o atingir da maturidade do mercado polaco, a JM está já a estudar dois novos países para entrar depois de 2012.

Amorim elege os BRIC’s como países com potencial de crescimento

“A Corticeira Amorim é uma das mais internacionais empresas portuguesas”, assume fonte oficial do grupo que figura na lista das maiores exportadoras, segundo dados do INE. Hoje a empresa exporta para mais de 100 países, com uma presença directa em dezenas de países de todos os continentes.

Actualmente conta com 28 unidades industriais que processam cerca de 35% da cortiça a nível mundial. Fonte oficial do grupo liderado por António Rios de Amorim afirmou que “a internacionalização surgiu de forma natural e integrada no processo de expansão da empresa.”

Hoje as exportações representam 95,5% das vendas totais do grupo sendo que as rolhas de cortiça são o produto de maior importância na cadeia de valor representando mais de 50% do volume de negócios. A produção de aplicações de cortiça para a construção, assim como aplicações técnicas de compósitos para a indústria aeroespacial ou mesmo design de moda ganham peso.

Questionada sobre a entrada em novos mercados, a mesma fonte explicou que “é importante reconhecer que o crescimento deve ser uma prioridade contínua, pelo que continuaremos a reforçar a aposta em países de elevado potencial de crescimento, como os BRICs.”

Fonte: Económico



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