Marketing: Redes sociais ganham peso no mundo dos negócios

Maio 4, 2011 by  
Filed under Notícias

O que você escreve no Facebook, Orkut, Twitter ou blog pode ser analisado por especialistas em mídias sociais e ter reflexos em sua vida real. Esses profissionais têm avaliado o comportamento dos internautas no mundo virtual e auxiliado empresas no processo seletivo de funcionários, na divulgação de produtos e até no gerenciamento de crise.

Essas redes de pessoas conectadas virtualmente são caracterizadas pela alta frequência de usuários, além da eficiência em atingir um público específico ou generalizado. A aposta nesse potencial foi colocada em prática há um ano pela Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba (Fundec). O objetivo era divulgar os eventos da entidade e atrair os jovens, que costumam utilizar apenas a internet para obter informações. Segundo o presidente da entidade, Geraldo Ricci, o resultado tem sido positivo. “Temos tido uma resposta satisfatória e uma maior interação com a população”, comenta Ricci.

A responsável por administrar o Twitter e o Facebook da Fundec é a jornalista Thaís da Silveira, 31. Ela planeja e gerencia a comunicação da instituição, sempre com o objetivo de maximizar o alcance da marca no ambiente online e gerar visibilidade.
Segundo Thaís, criar uma conta em uma rede social e publicar alguns posts é fácil e qualquer um pode fazer. Mas o trabalho vai muito além disso. Antes de mais nada é preciso conhecer o perfil do seu público, onde a empresa quer chegar, como ela se comunica com os seus clientes e qual é a sua reputação. Feito o diagnóstico, é necessário planejar. “Isso inclui a definição de quais redes sociais serão empregadas, a elaboração do projeto editorial, os mecanismos de monitoria e os indicadores de mensuração do trabalho”, comenta.
No projeto editorial é definida a linguagem, a frequência de postagens, as formas de interação com o público e a postura editorial em caso de gestão de crises. Com esse planejamento em mãos, os perfis são criados e é iniciado o trabalho de produção de conteúdo, de relacionamento com o público, de busca da ampliação da rede de contatos e de monitoramento.

O dinamismo proporcionado pelas redes sociais já foi empregado pela Fundec para consertar equívocos, um deles levantado por um seguidor do Facebook: “Pesquisei na internet, mas não me recordo onde encontrei a informação de que teria uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Sorocaba, às 20h. Quando cheguei ao local já estava acabando a apresentação e o senhor que estava cuidando do estacionamento falou que a informação saiu na rádio e na televisão da mesma forma. O que aconteceu?”. A resposta ao internauta foi dada dois dias depois, com detalhes dos eventos e com o link do site da entidade.

O redator e analista de mídias sociais Tiago Oliveira, 32, classifica as mídias sociais como uma possibilidade das empresas ouvirem as opiniões e adaptarem os seus processos, com a melhoria dos produtos e serviços. “Hoje, o consumidor que se sentir prejudicado pode gravar um vídeo da sua história e postar no YouTube, ao invés de recorrer a um Procon ou a um processo judicial”, diz.
De acordo com Oliveira, o principal benefício de uma empresa estar presente nas mídias sociais é a possibilidade de acompanhar o que se diz de sua marca, positiva ou negativamente. “Quando o monitoramento é feito por profissionais sérios, é possível saber tudo o que se relaciona à sua marca, mesmo que não a citem diretamente. Porque as conversas online deixam rastros, até quando deletadas. E esses rastros dizem muito sobre opinião e comportamento do consumidor, que servem de base para estratégias de marketing.”, completa.

Para a publicitária e analista de mídias sociais Lívia Gusmão, 29, a reputação de toda a empresa é a percepção que seu público tem de ganhos adicionais que ela proporcione. Portanto, a fama e o conceito da instituição são construídas diariamente a cada relacionamento estabelecido.

Segundo Lívia, em tempos de mídias e redes sociais, o fator mais agravante em uma crise é não se conseguir controlar o boca a boca. “Um deslize pode reverberar por muito tempo, sobretudo se, além de não ser evitado, nenhuma providência for tomada. Isso pode ser feito através da geração de conteúdo relevante, de explicações, justificativas e argumentos que esclareçam ou validem a postura adotada junto ao cliente e público formador de opinião, com o intuito de reverter ou abrandar a situação.”, comenta a analista.

Fonte: Cruzeiro do Sul



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