Marketing: Microsoft quer usar paredes como controle de videogame

Maio 14, 2011 by  
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Pesquisadores da Microsoft estão trabalhando em um sistema de controle que permite que cada superfície e cada cômodo de uma casa possam ser utilizados como painéis de controle para jogos de computador.

Isso inclui paredes, portas, janelas, móveis, o piso e, se você conseguir alcançar, até mesmo o teto.

Sensor eletromagnético

Ao contrário do Kinect, que inclui uma câmera sofisticada dotada de um sensor de profundidade, o novo sistema usa uma tecnologia surpreendentemente simples.

Todas as casas estão, por assim dizer, mergulhadas em um campo eletromagnético, criado pelos aparelhos elétricos e eletrônicos e pela fiação que distribui a eletricidade pelos cômodos.

Os pesquisadores da empresa desenvolveram uma técnica que reconhece gestos simples monitorando a posição de uma pessoa em relação a este campo eletromagnético.

Para isso, o jogador deve usar um sensor, que pode ser pendurado no pescoço ou no pulso.

O software de controle consegue rastrear cerca de 1.000 frequências diferentes captadas pelo sensor – e essas frequências variam de acordo com a posição do sensor e com a interação do corpo da pessoa com o campo eletromagnético.

Os testes mostraram que o mecanismo tem uma sensibilidade suficiente para identificar poses específicas, como colocar a mão em uma parede.

Paredes como controle de jogos

Os pesquisadores querem desenvolver um sensor que possa ser incorporado em telefones celulares, eliminando a necessidade de mais um dispositivo.

A seguir, eles planejam conectar o software a circuitos eletrônicos que controlam os eletrodomésticos, permitindo que as pessoas usem gestos para acender e apagar luzes ou ligar aparelhos.

É nessa etapa que entra o projeto de usar os gestos para controlar um console de jogos.

Ao contrário do Kinect, que detecta movimentos corporais, o novo sistema não exigirá que os jogadores fiquem na frente de uma câmera.

Segundo Gabe Cohn, um estudante de PhD na Universidade de Washington, que está trabalhando com a equipe da Microsoft Research, “Você poderá ter uma experiência de jogo de quarto inteiro.”

Sensor por toque

O sistema poderia ser usado até mesmo ao ar livre, porque a radiação eletromagnética das linhas de transmissão de energia, subterrâneas ou no alto dos postes, gera tensões que o sensor é capaz de rastrear.

Se o sensor puder se comunicar com uma biblioteca online de assinaturas de gestos – através do celular – os usuários poderão extrair informações do ambiente.

Por exemplo, o sistema poderia ser usado para enviar uma mensagem de texto com os horários dos ônibus ou do metrô para qualquer usuário que toque em uma determinada parte de uma parada de ônibus ou estação.

A empresa está considerando a possibilidade de liberar a tecnologia no formato de código livre, para que qualquer pessoa possa desenvolver aplicativos para o sistema.

Casas inteligentes

A ideia de usar a radiação eletromagnética gerada no interior das residências, e mesmo fora delas, não é nova, já sendo largamente considerada em projetos dentro do conceito de edifícios inteligentes.

Além dos sensores de parede, pesquisadores já propuseram o uso da fiação como uma antena para a troca de dados dentro de uma casa inteligente.

Fonte: Inovação Tecnológica

Marketing: Porto exporta metade da alta tecnologia

Maio 14, 2011 by  
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Do Grande Porto sai mais de metade do valor das exportações nacionais de produtos de alta tecnologia, entre computadores, electrónica e telecomunicações. Este “ranking” faz com que no Norte as vendas destes produtos superem três vezes a média nacional.

Os dados, divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística no “Retrato Territorial de Portugal”, vão até 2009 e mostram que, entre 2007 e 2009, o Grande Porto, além de ser a sub-região com maior valor nas vendas ao exterior de produtos de alta tecnologia, foi também a que mais contribuiu para as exportações nacionais de computadores, equipamento de escritório, produtos electrónicos e de telecomunicações.

No conjunto do país, as exportações de bens de alta tecnologia pesavam 5,7% no total das nossas vendas ao exterior. Um valor bastante abaixo da média da UE/27 que ronda os 15,4%. Mas, também aqui, o Norte destaca-se, pois, segundo o INE, apenas esta região e a Madeira têm uma proporção de exportações deste tipo de produtos acima do valor médio nacional. No caso concreto do Grande Porto e dos Alentejo Alto e Central, a proporção está ao nível da média comunitária, ou seja, é três vezes superior ao conjunto do país.

Mas o facto de o “Retrato Territorial” incidir sobre o período 2007/2009 (ver textos nas pág. seguintes) e fazer várias comparações com o período 1993/95 faz com que a evolução do perfil exportador esteja naturalmente influenciado pelo efeito da Qimonda, empresa de Vila do Conde entretanto encerrada mas que durante anos ocupou os primeiros lugares do ranking das empresas exportadoras, tendo sido um dos maiores produtores mundiais de semicondutores e chips. Esta circunstância leva o presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte, Carlos Lage, a referir a necessidade de “mitigar o entusiasmo” com estes dados” (ver texto ao lado).

Também o economista Alberto Castro considera que estes dados podem estar influenciados pelos resultados da Qimonda e que poderão não se ter observado em 2010. Ressalva ainda o facto de as exportações de alta tecnologia estarem muito concentradas num reduzido número de empresas, geralmente “muito vulneráveis a fenómenos conjunturais e de deslocalização”.

Ainda assim, o Prof. da Católica do Porto salienta que, apesar de os sectores tradicionais continuarem a marcar as exportações da região Norte, observa-se que outros sectores começam a surgir e a crescer.

O estudo do INE mostra ainda que a taxa de cobertura das importações pelas exportações desde 1993 que foi sempre inferior a 100% e com tendência para descer. Mas este retrato nacional reflecte situações bem diversas a nível regional. Basta referir que entre 1995 e 2009, as regiões do Norte e do Centro tiveram sempre uma taxa de cobertura superior a 100%, o que significa que exportam mais do que importam. Em Entre Douro e Vouga, Tâmega e Pinhal Interior a taxa de cobertura chega aos 200%.

Fonte: Jornal de Notícias

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