Inovação: As tecnologias que estão a mudar os hábitos das famílias

Maio 26, 2011 by  
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Televisões, telemóveis, consolas, domótica entraram nas casas e estão a revolucionar a forma como as famílias se divertem e relacionam.

Setecentos mil milhões de minutos. Este é o tempo que os utilizadores do Facebook gastam na rede social todos os meses e um número que ilustra bem a importância das novas tecnologias na vida dos consumidores. E porquê? Simplesmente porque através do Facebook se comunica com amigos e se encontramos outros que se perderam, enviam-se mensagens, ganha-se acesso a notícias e ‘sites’. Hoje as redes sociais e muitas outras tecnologias fazem parte do dia-a-dia, quer profissional quer familiar. É mais fácil comunicar por ‘e-mail’, aproximar a família e amigos que se encontram geograficamente distantes através do Skype e utilizar vários equipamentos nas brincadeiras com os mais novos. As estatísticas atestam essa realidade: em Portugal, segundo a Marktest, 87,2% dos utilizadores de Internet em Portugal utilizam as redes sociais.

Uma pesquisa feita pela Kaiser Family Foundation (www.kff.org/entmedia/mh012010pkg.cfm) no ano passado, revela que as crianças e adolescentes (dos oito aos 18 anos) dedicam uma média de 7,38 horas por dia a utilizar tecnologias de entretenimento. Neste tempo, a televisão surge em primeiro lugar, com 4,29 horas – logo a seguir está a música, o computador e os videojogos.

Mas, no que diz respeito às plataformas móveis, os leitores de música digital e o telemóvel surgem no topo da lista de preferências. “O aumento da penetração dos ‘smartphones’ e outros dispositivos com acesso à Internet é suportado pelo avanço de uma nova geração de infra-estruturas de redes e enriquecida por um grande leque de aplicações”, refere Rui Rosado Gonçalves, director da área de tecnologia da PricewaterhouseCoopers (PwC) em Portugal. Para o consultor, os dispositivos móveis são hoje imprescindíveis para as famílias. Segundo o estudo ‘Global Entertainment & Media Outlook’, da PwC, foram gastos 724 milhões de euros em tecnologias sem fios e telemóveis, no ano passado.

Olhando para uma família de classe média com dois filhos, “as televisões, os DVD, os telefones móveis, os computadores a televisão por cabo e a consolas de jogos são imprescindíveis”, realça Gabriel Coimbra. Aliás, num estudo recente elaborado pela IDC, feito em mais de cinco mil lares europeus, a consultora verificou que, em média, existem 12 equipamentos associados à electrónica de consumo em cada lar.

Os perigos das tecnologias  As vantagens das novas tecnologias são claras, mas também acarretam alguns riscos: uma diversidade tão extensa de ‘gadgets’ exige algum cuidado na utilização. Na verdade, alguns especialistas defendem que os ‘gadgets’ podem levar ao isolamento familiar, mergulhando cada membro no seu equipamento de eleição.

Por isso, é importante que as famílias se disciplinem e consigam aliar a utilização dos ‘gadgets’ e novas tecnologias às actividades familiares. “Existem inúmeros equipamentos que podem contribuir para uma maior dinâmica familiar e interacção, criando verdadeiros momentos de lazer. O telemóvel, por exemplo, é um facilitador do contacto entre a família, enquanto uma consola estimula o convívio”, refere Pedro Machado, director de vendas a retalho da Ensitel.

O importante é encontrar o equilíbrio e aliar as potencialidades das tecnologias ao convívio familiar. “A tecnologia em si não pode ser caracterizada moralmente como boa ou má. A tecnologia é uma possibilidade, um meio para chegar a fins que nos compete a nós definir e construir. Acreditamos que ela serve para servir as pessoas e as organizações, para aproximar, para simplificar”, defende a presidente da Cardmobili, Helena Leite.

Mas, em muitos casos, as novas tecnologias ajudam a aproximar famílias e amigos. Nuno Alves da Silva, director da área de consumo e ‘online’ da Microsoft Portugal, defende que “a nossa subsidiária consome uma fatia de 24,3% do tempo gasto ‘online’ com as suas propriedades Messenger, Hotmail e MSN [dados do estudo da Comscore].”

Num contexto mais geral, parte das vantagens da maior utilização das novas tecnologias e ‘gadgets’ “está na possibilidade de ter mais e melhor entretenimento, comunicar melhor e ser mais produtivo”, defende o consultor Gabriel Coimbra. Porém, é de realçar que estas tecnologias também criam uma maior pressão para que os indivíduos estejam mais tempo disponível para o trabalho.

Em termos profissionais e numa altura em que as organizações têm de ser mais produtivas, “além do incremento da produtividade com a simples introdução da tecnologia, a crescente utilização dos ‘smartphones’ e do computador pessoal em casa têm colocado uma maior pressão nos colaboradores para estarem 24 horas disponíveis e produtivos”, refere Gabriel Coimbra, director da IDC Portugal.

Sistema de Som
A música faz parte das nossas vidas, e ter um sistema de som em casa é uma realidade para a maior parte dos lares. Hoje, os sitemas de som são pequenos, com design muito sofisticados e permitem ligar várias equipamentos, tais como televisores, telemóveis e leitores de música digitais. Algumas pessoas optam por ter uma ‘dock station’, ou seja um base onde é possível encaixar um dispositivo móvel para dar música ou mesmo recarregar o equipamento. Existem várias ‘dock station’ para iPod e iPhone.

Telemóvel
Este é o ‘gadget’ de eleição para todas as pessoas e ninguém sai de casa sem ele. Mais que um acessório de moda, o telemóvel permite-nos estar sempre contactáveis, aceder à Internet, colocar ‘post’ nas redes sociais em qualquer lugar e muito mais. Aliás, um recente estudo da Forrester confirma inclusivamente que 73% dos consumidores apontam o telemóvel como o dispositivo mais utilizado.

Consolas de Jogos
É outro dos equipamentos que fazem parte de muitas salas de estar. Wii (da Nintendo), PlayStation (da Sony) e Xbox (da Microsoft) são as consolas mais procuradas pelas familias. Além destas, existem ainda as consolas portáteis.Estes equipamentos são muitas vezes utilizados para passar passar tempo de qualidade em família. Afinal, nada é mais divertido do que um pai e um filho jogarem uma partida de ténis (mesmo que virtual).

Televisão
É, provavelmente, um dos equipamentos que ocupa mais tempo da vida pessoal e familiar.De acordo com a Kaiser Family Foundation, no ano passado, as crianças e adolescentes (dos 8 aos 18 anos) dedicaram, em média, 7,38 horas por dia utilizar tecnologias de entretenimento – neste tempo, a televisão foi a que consumiou mais tempo: 4,29 horas.

Computador
A maior parte dos lares portugueses tem um portátil ou um computador de secretária. Este equipamento, permite-nos estar sempre ligados ao resto do mundo através da Internet, que se tornou uma experiência indispensável para milhões de pessoas e famílias em todo o mundo. Muitos especialistas defendem que o PC, juntamente com o telemóvel, são os equipamentos de eleição para a maior parte das famílias.

Domótica
É um conjunto de tecnologias que permite a gestão de todos os recursos habitacionais. Estas tecnologias rentabilizam os sistemas e simplificam a vida diária dos residentes, satisfazendo as suas necessidades de comunicação, conforto e segurança. Quando a domótica surgiu (com os primeiros edifícios, nos anos 80) pretendia-se controlar a iluminação, climatização, a segurança e a interligação entre os três elementos. Hoje, em conjunto com os telemóveis, é possível controlar alguns sistemas em casa através de SMS.

Fonte: Económico



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