Marketing: Brasil deverá crescer 4,1% este ano e 4,5% em 2012, diz OCDE

Maio 29, 2011 by  
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O crescimento económico do Brasil é menos acentuado este ano do que em 2010, mas deverá atingir os 4,1% e acelerar para os 4,5 em 2012, segundo as estimativas divulgadas hoje pela OCDE. 

O consumo privado vai “continuar a sustentar o crescimento económico”, embora se espere uma desaceleração gradual em consequência da “política de aperto monetário” que o banco central retomou, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Depois de um crescimento de 7,5% em 2010, “dissiparam-se” todas as dúvidas e espera-se uma “recuperação do investimento” suportada por uma “economia sólida”, os grandes projectos de infra-estruturas e o programa de desenvolvimento energético.

No actual estudo das perspectivas (outlook) para a economia, a OCDE explica que o crescimento menos acelerado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano comparando com 2010 reflecte “a retirada de alguns estímulos”.

Quanto à inflação, continuará a aumentar em 2011, devendo chegar aos 6,6% (contra 5,9 em 2010) e espera-se uma desaceleração para 5,1 em 2011.

O Banco Central já “retomou o aperto monetário, incluindo a introdução de numerosas medidas macro-prudenciais para conter a expansão do crédito”, constata a OCDE, mas considera necessários “aumentos adicionais das taxas de juros” para prevenir tensões inflacionistas.

Para o défice da balança corrente, que se agravou em 2010 para 2,3% do PIB, as estimativas são de que se mantenha em torno dos 2,0% este ano e em 2012.

O sector industrial “continuou a sofrer a partir da valorização da moeda”, mas houve uma “forte melhoria da confiança das famílias”.

Além de principal motor do crescimento, o consumo privado, apoiado pelo aumento do crédito dos rendimentos do trabalho, resultou num “acentuado aumento das importações”, refere o documento.

Em contrapartida, adianta, as exportações foram atenuadas pela constante valorização do real.

A OCDE conclui que as pressões inflacionárias continuam a ser uma ameaça, valoriza o anúncio de cortes de gastos públicos sem tocar nos programas sociais e de infra-estruturas, mas diz que “a credibilidade seria reforçada pela formulação e implementação de um plano de consolidação orçamental a médio prazo”.

A organização recomenda ainda ao Brasil que promova, no médio prazo, o desenvolvimento dos mercados financeiros, para reforçar a capacidade de absorver fluxos de capital e aumentar o potencial de crescimento da sua economia.

Fonte: Oje – o Jornal Económico



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