Inovação: ‘E-Patients’ se envolvem no próprio tratamento

Junho 8, 2011 by  
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O brasileiro Hugo Campos, de 44 anos, é um típico e-patient. Em 2006, ele descobriu ser portador de cardiomiopatia hipertrófica, doença congênita considerada a principal causa de morte súbita em pessoas com menos de 35 anos. Os dois primeiros cardiologistas que consultou recomendaram apenas que “parasse de se preocupar tanto”. “Após desmaiar duas vezes e ser internado, decidi assumir um papel mais ativo e busquei um médico com outra filosofia”, diz.

Quando surgiu, nos anos 1990, o termo e-patient representava aqueles que se informavam sobre suas doenças nos meios eletrônicos – o famoso “doutor Google”. Mas, segundo os defensores da medicina participativa, ser um e-patient hoje significa ser “equipado, envolvido, habilitado”.

Sem dúvida é o caso de Campos. Há cerca de 20 anos ele mora em São Francisco, nos Estados Unidos, onde lidera um grupo de pacientes com dispositivos cardíacos implantáveis, como desfibriladores e marca-passos. Para se manter informado sobre o tema, faz cursos e frequenta congressos e eventos médicos.

“A maioria de nós tem opiniões sobre qual marca de carro é mais confiável, mas, se somos notificados de que precisamos de um marca-passo, joelho artificial ou outro tipo de prótese, deixamos a decisão nas mãos do médico”. Numa cultura em que não são raros os conflitos de interesses entre os doutores e a indústria, diz, é importante que os pacientes participem das decisões.

Um nome conhecido no mundo virtual dos pacientes é Dave deBronkart – ou e-patient Dave. Tornou-se um militante do movimento Saúde 2.0 depois de descobrir, em 2007, um grave câncer nos rins. Os médicos lhe deram 24 semanas de vida. Hoje a doença está sob controle. “O tratamento que recebi não é o padrão. Muitos hospitais nem sequer contam que ele existe”, diz deBronkart. “Caí nas mãos dos médicos certos. Muitos não têm a mesma sorte”.

Os conhecimentos sobre saúde, continua, tornaram-se muito extensos e complexos. É impossível para o médico se manter atualizado sobre todos os assuntos. “Por isso, a principal bandeira da medicina participativa é ‘deixe o paciente ajudar no que puder'”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame

Empreendedorismo: Como quebrar uma startup rapidamente

Junho 8, 2011 by  
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Existem milhares de artigos sérios, reflexivos,úteis e brilhantes sobre os dez conselhos que todo empreendedor deve seguir para ter uma startup de sucesso. Mas o que quero mostrar aqui neste artigo é como trabalha um “falso empreendedor”. Veja 10 conselhos para quebrar rapidamente uma startup:

1. Consiga um financiamento. A primeira coisa que você deve conseguir é um financiamento. Se isso não é necessário para a abertura do negócio, não importa. Você deve conseguir o dinheiro e jamais refletir se você mesmo pode pôr parte dos fundos no negócio. Para isso estão os investidores e as instituições públicas.

2. Tenha apenas sócios investidores. Se você encontrar pelo caminho alguém com um perfil técnico válido e que deseja integrar-se ao seu projeto, não dê bola. Nada de sócios que trabalhem. Pense apenas em sócios que coloquem dinheiro na empresa.

3. Aja como se já fosse uma grande empresa. Na busca por financiamento, convença poucos amigos e pouca gente da família a lhe emprestar algum dinheiro. Mas consiga muitos recursos financiados. E, ao lançar a empresa no mercado, já saia agindo como se fosse grande: mega-salário, escritório representativo, secretária e carro da empresa.

4. Faça como os outros. Inspire-se na bolha do momento e argumente: se Twitter, Facebook e YouTube estão faturando com esse modelo de negócios, por que não eu? Os investidores não perceberão que seu caso é idêntico ao dessas empresas; o que sabem eles do mundo empresarial?

5. Não investigue o investidor. Nunca dê valor às trajetórias profissionais dos membros dos fundos, aos possíveis modelos industriais, nem às sinergias para o futuro entre seus possíveis investidores. Isso é um leilão. Não há discussão: escolha quem dá mais dinheiro.

6. Não invista em RH. Nada de se rodear de talentos, todos sairiam para outros projetos em algum momento e tentariam lhe copiar. Só selecione gente medíocre, porque, afinal, os bons já foram contratados por Google e cia. O que importa ter talentos internos se a essência do projeto é você?

7. Acredite cegamente na sua inovação. Escolha um nome estridente e um modelo de negócio “inovador”. Com certeza você jamais encontrará exemplos como o do seu modelo de negócio em nível internacional. Há poucos empreendedores com a sua visão de futuro. Você não copia ninguém, marca o caminho do futuro.

8. Pense pouco. Não é necessário, nem imprescindível, estudar futuras vias de crescimento e desenvolvimento. Escolha a melhor consultoria de seu setor e deixe tudo nas mãos de terceiros.

9. Não se preocupe com o lucro. Você não fatura nem para pagar os postos de trabalho que criou, mas isso não importa. Não perca seu tempo resolvendo esses pequenos detalhes insignificantes dentro de um projeto grande como o seu. Você dará conferências e explicará o seu modelo de negócio como um caso de sucesso. Divulgue, evangelize e o faturamento virá.

10. Diga não às auditorias. Você sabe onde está e para onde vai o dinheiro da empresa. Seus investidores “ainda” confiam cegamente em você, e esses valores para eles não são nada. Se as coisas vão mal, você é um guru: novos projetos se abrirão à sua frente.

Fonte: Pequenas empresas & Grandes Negócios

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