Empreendedorismo: Incubação e Competitividade

Julho 4, 2011 by  
Filed under Notícias

A Incubação de novos negócios, mais do que uma resposta de curto-prazo, é uma aposta na competitividade futura do país!

O tecido empresarial português é composto por mais de 98% de PME. Dinamizá-las é crucial para o crescimento da economia! Há potencial de melhoria para o seu desenvolvimento, a sua inovação e a sua internacionalização! Das universidades saem, todos os anos, centenas de projectos inovadores! Mas, para haver comercialização de inovação e acréscimos competitividade e de produtividade com impacto relevante, tem de haver políticas integradas de desenvolvimento empresarial em torno da educação, da investigação, da incubação e dos processos de transferência tecnológica para o mercado.

Em Portugal, há uma cultura de falta de protecção dos DPI (Direitos de Propriedade Intelectual) devido à ausência de foco das políticas e das medidas sobre spin-offs de universidades para o mercado. Continuamos longe de atingir a meta de I&D de 1,8% do PIB em 2010, ao contrário da Suécia e outros com 4 e 3%. O benchmark internacional mostra que, na União Europeia (UE), em média, mais de 10% dos recursos humanos trabalha em áreas afins à I&D aplicados ao mercado para gerar DPI sobre a inovação comercializada. Entre outros, bons exemplos vêm da Alemanha, com o programa Exist. Portugal tem menos de metade de recursos afectos a essas áreas de valor acrescentado (oportunidade para criar emprego!) e não existe articulação entre entidades, nem foco local, ou regional, muito menos política e gestão integradas.

Boas medidas seriam dinamizar redes de universidades e de institutos politécnicos, o apoio de serviços, de iniciativa privada, de consultoria a processos de transferência de tecnologia para ajudar empresas, integrados no mercado em vez de estes estarem nos centros tecnológicos e nas universidades.

Os resultados da incubação e da transferência de tecnologia para o mercado devem ser indexados, em termos variáveis, aos níveis dos orçamentos aprovados e dos incentivos fiscais, para garantir qualidade e capacidade de absorção sustentável. Permitirá mais e melhor tecnologia para o mercado, melhores processos incubadores e aceleradores de negócios, não só dos novos, mas também de recuperação e de relançamento de outros, possibilitando crescimento da economia local, regional e para a internacionalização. Ao mesmo tempo, Portugal retém os talentos que saem todos os dias!

Fonte: Oje – o Jornal Económico



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