Marketing: Empregabilidade de licenciados está a subir em Portugal

Setembro 27, 2011 by  
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“Education at a Glance” mostra ainda que desemprego dos diplomados é maior do que a média da OCDE.

Portugal é o único país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) onde a taxa de desemprego das pessoas com uma educação superior caiu, entre 2008 e 2009, apesar da taxa de desemprego total ter subido. O mais recente relatório “Education at a Glance” mostra que, enquanto o desemprego dos cidadãos com o 12º ano subiu de 6,6% para 8,1%, a taxa de desempregados com uma licenciatura ou superior desceu de 5,7% para 5,5%. Mesmo assim, a taxa de desemprego dos diplomados portugueses fica acima da média da OCDE, que foi de 3,2% em 2008 e de 4,4% em 2009.

Este é um número que o ex-secretário de estado da Educação Pedro Lourtie considera “significativo”. Pedro Lourtie atribui esta subida, em ano de eleições, a “uma procura de relançamento da economia, que teve consequências para a dívida pública”.

Em tempo de crise, sublinha a OCDE, alguém com uma formação a um nível superior tem maiores hipóses de continuar empregado do que uma pessoa que possua apenas o grau do ensino secundário.

O relatório também permite traçar um retrato do ensino superior em Portugal. Em 2009, 40% da população jovem tirou uma licenciatura ou um grau superior. A taxa de graduação a nível do doutoramento chegou aos 2,5%, um facto que é destacado pela OCDE. Os países que ombreiam com Portugal neste número são a Alemanha, Finlândia, Suécia e Suíça.

Daqueles 40% de graduados, 1,1% são estudantes internacionais. A percentagem não se compara com a da Austrália (mais de 15%) ou a do Reino Unido (5,4%), ficando mais próxima da da Hungria (1,4%). “Seria desejável que tivéssemos mais estudantes internacionais”, opina Pedro Lourtie, acrescentando que “outros países têm uma política mais agressiva neste sector, com a atribuição de bolsas de frequência”.

As mulheres dominam o ensino superior na maioria dos países da OCDE, mas concentram-se nas áreas da educação, saúde e humanidades. Os homens concentram-se nas áreas de engenharia, manufactura e construção.

O mesmo é verdade para Portugal: elas são mais de 85% das licenciadas em educação, enquanto não chegam a 30% na área das engenharias, manufacturas e construção. Portugal tem 1583 graduados em ciências por cada 100 mil pessoas no activo, o que fica abaixo da média da OCDE de 1829 e apenas um pouco acima da Turquia, com 1583.

Em média, na OCDE, 84% da população com um grau de ensino superior está empregada. As taxas de emprego são, em média, 27 pontos percentuais mais altas para as pessoas com uma educação superior do que para os que têm o diploma do secundário. Os homens com uma educação superior têm três vezes mais hipóteses de estar empregados do que os seus conterrâneos com um grau secundário, em média, nos países da OCDE.

Fonte: Económico



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