Inovação: Como empresas brasileiras estão ingressando na inovação

Outubro 2, 2011 by  
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Apesar de algumas barreiras, muitas companhias contam com estruturas para aumentar sua competitividade no mercado.

Ainda que alimentada pela evolução das políticas públicas de incentivo dos últimos anos, a inovação no Brasil sofre uma série de obstáculos. No entanto, embora o País esteja longe de ter um ambiente de processos inovadores como o de outros mercados emergentes, como China, Índia ou Coreia do Sul, por aqui algumas grandes empresas brasileiras se destacam por investirem fortemente em pesquisa e desenvolvimento.

Já faz algum tempo que essas companhias fazem parte de um grupo seleto que desenvolve ideias em relação a processos, produtos ou serviços. E nos últimos anos, à essa elite de inovadores juntaram-se algumas multinacionais, que passaram a investir em P&D em suas subsidiárias locais, inserindo o Brasil em suas estratégias globais de inovação.

O Bradesco possui uma área chamada Departamento de Pesquisa e Inovação Tecnológica (Dpit), que possui interação importante com todas as áreas e tem a missão de buscar inovação e trazer o que tem de mais moderno. São cerca de cem pessoas com a missão de prospectar, dentro e fora do País, as novidades tecnológicas. Essa “busca” do Dpit inclui convênios com entidades nacionais e internacionais.

No Brasil, o banco possui inúmeros acordos com instituições de pesquisa, como o CPqD; o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) e Universidade de São Paulo (USP). Entre as entidades conveniadas fora do País está o Massachusetts Institute of Technology (MIT).

O vice-presidente executivo do Bradesco, Laércio Albino Cezar, cita o sistema biométrico, implementado para substituir o uso de senha nos caixas eletrônicos. “O departamento identificou no Japão um sistema inovador no Banco UFJ [um dos maiores do país]. A área deparou-se com uma biometria que não era conhecida no ocidente e decidimos trazê-la para o Brasil”, diz o executivo.

Outro exemplo foi a parceria com a Samsung, para o primeiro aplicativo financeiro acessado via TV conectada. Lançado em meados de junho, permite aos clientes consultar informações de conta corrente, como saldo, investimentos e demonstrativo das movimentações. “A Samsung tinha a tecnologia e procurava um parceiro do setor financeiro e nossa equipe de pesquisa identificou a oportunidade. Três semanas após o lançamento, tivemos mais de 2 mil downloads.”

“O Bradesco foi precursor em inúmeras iniciativas em débito automático e cobrança eletrônica, em 1976. Lançamos o primeiro ATM, em 1982. Fomos o quinto do mundo e o primeiro no Brasil a oferecer o internet banking, em 1996”, afirma.

Nos últimos anos, o setor de petróleo e gás ganhou peso no que se refere à inovação. Nesse caso, a Petrobras é a protagonista. Os investimentos em P&D da estatal devem atingir 1,2 bilhão de dólares em 2011. “Esses gastos nos coloca entre as quatro maiores no setor de petróleo e gás no mundo. Do total, 60% são dedicados à exploração de óleo e gás, 25% em petroquímica , 10% em sustentabilidade, e 5% em energias renováveis e biocombustíveis”, informa o gerente-executivo do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga. O executivo informa que a Petrobras já registrou 3,5 mil patentes, das quais 1,3 mil no Brasil e o restante no exterior.

A exploração de reservas de óleo na chamada camada pré-sal tem impulsionado os investimentos em tecnologia. “O pré-sal é resultado de um esforço de pesquisa de tecnologias desenvolvidas que nos permitiram enxergar camadas de rocha abaixo dessa de sal”, diz o executivo. Segundo ele, foram técnicas sísmicas de imagem em profundidade, semelhantes a uma ultrassonografia, que possibilitaram à empresa ter uma imagem abaixo da superfície do sal. “Foi um grande salto tecnológico e o segundo salto foi perfurar e, agora, há grandes oportunidades de inovação.”

Para avançar tecnologicamente, a empresa tem acordos com cerca de cem universidades e centros de pesquisa, baseados no modelo de redes temáticas. “Escolhemos 50 temas e identificamos quais são os atores. Investimos neles para desenvolver centros de pesquisas e envolver nossos fornecedores. Entre os parceiros da empresa estão GE, Mannesmann do Brasil, Confab, IBM, Usiminas e Siemens. São dezenas de acordos de cooperação, de construção de centros tecnológicos.

Temos alguns programas que podem mudar radicalmente o processo de exploração”, diz Fraga.
Na parceria com a Siemens, por exemplo, o objetivo é desenvolver tecnologias para uso submarino. “Uma das fortes tendências atuais é tecnologia submarina para equipamentos e processos. Você passa a realizar atividades que atualmente são realizadas na superfície levando-as para o fundo do mar”, informa o diretor de Tecnologia e Inovação da Siemens, Ronald Dauscha.

Eleita em 2011, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a companhia que melhor administra e incentiva iniciativas de inovação entre as empresas de médio e grande portes no setor industrial do País, a Siemens está entre as multinacionais que incrementaram sua área de inovação no Brasil. Mantém seis centros de pesquisa, com destaque especial para soluções e produtos para o setor de energia. Recentemente, anunciou a instalação de um centro de P&D, voltado para o setor de petróleo e gás. A unidade será instalada no Parque Tecnológico da Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, e receberá investimentos de cerca de 50 milhões de dólares.

Já no setor de agronegócios, vale destacar a ETH Bioenergia. Fundada em 2007, já nasceu dentro do conceito inovador. Segundo o diretor de Inovação e Tecnologia da empresa, Carlos Eduardo Calmanovici, um dos focos da ETH é o desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar mais adequadas às áreas em que a empresa está atuando. “O Brasil tem um histórico de grande variedade de cana, mas muito focado no estado de São Paulo. A ETH está crescendo em áreas de fronteira, em solos mal-utilizados. Estamos identificando tipos de cana-de-açúcar adaptadas a essas regiões.”

Com esse objetivo, a ETH fez parcerias com institutos de pesquisa como o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). A ETH também possui um programa para melhoramento do processo de fermentação de etanol, que é desenvolvido em parceria com institutos de pesquisa e universidades, como a Unicamp. As pesquisas com leveduras mais robustas podem elevar em 1,5% a 2% a produção de etanol para a mesma quantidade de cana de açúcar.

Outra empresa que investe fortemente em inovação é a Braskem, gigante petroquímica brasileira. A empresa gasta anualmente cerca de 60 milhões de dólares em P&D. “A inovação faz parte da nossa estratégia de médio e longo prazo”, informa o diretor da área de inovação da companhia, Carlos Cassinelli.

Segundo ele, as pesquisas estão voltadas para competitividade da empresa, redução de custos de processamentos, redução de consumo de energia e otimização de processos. A inovação também está voltada para produtos como o plástico verde, feito a partir do etanol. A empresa tem parcerias com inúmeras universidades como a Universidade Federal de São Carlos, Unicamp e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de institutos de pesquisas fora do País.

Fonte: Computerworld

Marketing: Marcas apostam em conteúdo para vender e estreitar relacionamento

Outubro 2, 2011 by  
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Com o propósito de ampliar o relacionamento com os consumidores e aumentar as vendas, empresas como Unilever, PepsiCo, Aché, Continental e Grupo Pão de Açúcar investem em plataformas de conteúdo. O objetivo é estreitar os laços com o público alvo e criar uma relação que ultrapasse o comercial, tornando-se emocional. Entre as formas para alcançar este objetivo estão a criação de portais temáticos, revistas impressas, blogs e até a gravação de programas em vídeos.

Buscando rejuvenescer sua marca e torná-la relevante entre os consumidores, a Continental criou em agosto de 2011 o blog itinerante “Renovável”. O diferencial da página é que, a cada mês, o blog estará hospedado em um portal feminino como Bolsa de Mulher, além do próprio site da Continental. Mensalmente, uma blogueira também será convidada para escrever sobre temas como alimentação, saúde e profissão.

A estratégia da empresa vai além do que oferecer informações. “O lançamento do blog faz parte do projeto de reposicionamento da Continental, sob o mote ‘Renovação’. O conceito não está alinhado somente ao site, mas também às práticas da empresa. Em 2011, cerca de 70% do portfólio de produtos foi renovado, com novas linhas de fogões, geladeiras, fornos de microondas e adegas transportáveis. Outro objetivo é trazer aspectos de modernidade à marca e gerar um relacionamento não comercial”, explica Gabriela Carmezini, Gerente de Marca da Continental, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Prestação de serviços aos consumidores
A Unilever é outra empresa que aposta no uso da internet para dialogar com os consumidores. A companhia criou o portal Vital, em 2009, com a proposta de oferecer conteúdo para o público feminino a partir de 20 anos. “Um das características de nossos visitantes é a preocupação em ter mais tempo para se dedicar ao bem estar de sua família, o que guia nossa produção de conteúdo. Dessa forma, nossas notícias buscam ser sempre didáticas e servir como um facilitador para o nosso consumidor”, diz Cecília Dias, Diretora de Comunicação da Unilever Brasil, em entrevista ao portal.

Outro ponto da estratégia da Unilever é usar o portal como um meio de explicar as propriedades dos produtos, de forma relevante para o consumidor, permitindo que eles tenham o máximo de contato com o portfólio da companhia. A empresa escolheu a plataforma online devido à velocidade com que ela pode fornecer respostas dos consumidores, além da possibilidade de compartilhar as informações nas redes sociais.

Também com o propósito de prestar um serviço com informações aos consumidores, a Nexcare criou o blog SOS Nexcare. O objetivo é oferecer informações sobre como montar um kit de primeiros socorros, dicas de saúde e bem estar, relacionando os temas abordados aos produtos da marca. Para atrair a atenção para o blog, a 3M, empresa detentora da Nexcare, iniciou um concurso cultural no último dia 29 de agosto, que convidava os internautas a contarem histórias homenageando pessoas amadas. Os 30 vencedores foram presenteados com vales-compra da Americanas.com, jantares, um dia de beleza e kits de produtos da marca.

Entretenimento também deve fazer parte da comunicação
Já a PepsiCo apostou em uma iniciativa semelhante para promover a marca Doritos e se aproximar dos consumidores no Facebook. O concurso cultural Doritos Uncut incentivava os internautas a contarem histórias de situações em que os amigos e o produto da marca estivessem envolvidos. A cada semana, os cinco relatos mais criativos se tornavam um story board animado, exibido todas as sextas-feiras na fan page da marca, enquanto durou a ação.

A iniciativa recebeu mais de quaro mil estórias e o tempo médio de navegação na página do Facebook chegou a 9 minutos e 30 segundos. A escolha em usar o conceito de Storytelling para a realização da promoção tinha como propósito apostar em algo que fosse único e estivesse alinhado ao posicionamento “Divida com os amigos”. “Com esse tipo de abordagem conseguimos aumentar o vínculo com a marca no dia a dia do consumidor e descobrir insights para as próximas ações e lançamentos”, afirma Cristina Monteiro, Gerente de Marketing da PepsiCo, responsável pelas marcas Doritos e Ruffles, em entrevista ao portal.

Apostando no humor como forma de se aproximar do consumidor, o guaraná Kuat criou o programa Kuat Show. O talk-show, desenvolvido pela agência Casa em parceria com a Ogilvy, é apresentado pelo humorista Marcelo Adnet e apresenta entrevistas com pessoas que ficaram famosas por seus vídeos publicados na web.

Marcas criam suas próprias audiências
O uso de vídeos como forma de atrair a atenção dos consumidores também é explorado por empresas como os laboratórios Aché. A companhia do segmento de fármacos apresenta desde agosto o programa “Beleza em Foco”, voltado para o público feminino e que conta com a participação de profissionais de saúde, beleza e moda.

A iniciativa, além de oferecer informações às consumidoras, divulga as marcas Eucerin, Revanesse, ReDexis e Profuse. “As linhas foram desenvolvidas especificamente para a pele dos brasileiros e as informações sobre os produtos são inseridas nos intervalos entre os quatro blocos do programa, que tem duração de aproximadamente uma hora”, explica Flávio Pimazoni, Gerente de Marketing da área de Dermatologia da Aché, em entrevista ao Mundo do Marketing.

No Grupo Pão de Açúcar, a proposta é segmentar a produção de vídeos segundo as bandeiras da empresa. “Para a rede Extra, as gravações exploram o tema família e trabalham com sazonalidades como Dia das Mães, Dia dos Pais, Namorados, apresentando o mix de produtos com sugestões de presente, enquanto o conteúdo da bandeira Pão de Açúcar é voltado para temas como a sustentabilidade”, diz Adriano Brainer, Coordenador de Conteúdo do Grupo Pão de Açúcar, em entrevista ao portal.

Redes sociais próprias
Há marcas que além de estarem presentes nas redes sociais, desenvolveram os seus próprios sites de relacionamento, como a Sadia. A empresa lançou a plataforma “Meu livro de receitas”, que permite aos consumidores criarem o seu próprio livro de receitas online, em parceria com amigos da internet e acessarem os livros de outros internautas.

A AOC também investe neste modelo para se aproximar dos consumidores. A AOC Space, que atualmente possui quatro mil membros, foi lançada em agosto de 2011 e complementa a estratégia online da marca de monitores. A empresa conta ainda com um blog e perfis no Twitter e no Facebook, além de um canal no Youtube. “A maior vantagem de ter uma rede social própria é que os participantes são realmente fãs da marca e estão mais abertos a participar das promoções da empresa. A meta é transformar a AOC Space em um clube de vantagens, na medida em que a base de usuários aumetar”, diz Vanice Xavier, Coordenadora de Marketing da AOC, em entrevista o Mundo do Marketing.

Públicos segmentados fazem parte da estratégia de outras marcas. Os empresários, por exemplo, podem se associar à Comunidade Empresa, rede social do Itaú, ou aos sites de relacionamento do Serasa Experian. Para prospectar clientes e apresentar outros serviços aos membros, a Sulamérica criou o Sulamérica.com.Você, em 2009, e que hoje, conta com mais de 16 mil membros. A Johnie Walker criou o Keep Walking Club, que além de promover as bebidas da marca, oferece serviços como carona para os associados e descontos em delicatessens de São Paulo.

Investimento em conteúdo offline também deve fazer parte da estratégia
Apesar de a maior parte dos investimentos serem orientados para as plataformas da internet, existem empresas que também apostam em conteúdo offline. A Absolut lançou no Brasil neste mês a revista “Word”, voltada para pessoas interessadas em artes e que contará com a participação de artistas plásticos, fotógrafos e designers.

O lançamento de publicações também está incluido na estratégia da Liquigás para se relacionar com as consumidoras do estado de São Paulo. Com planos de abranger um público maior, a Piccadilly criou uma revista que circula nos locais da América Latina onde a marca tem atuação, como Brasil, Chile, Bolívia e Porto Rico.

“A convergência das mídias exige que as marcas estejam presentes em várias ocasiões do dia a dia do consumidor, que espera uma relação mais transparente. A estratégia não deve focar somente a comercialização, mas a construção de um vínculo emocional, que futuramente poderá se reverter em vendas”, explica Silvia Elmor, Sócia Diretora da Vogg, agência que trabalha com serviços de Branded Contet, em entrevista ao portal.

Fonte: Mundo do Marketing

Inovação: Cidade ou barco? Cidade-barco é projeto de residência de alto luxo

Outubro 2, 2011 by  
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Apresentada na feira náutica de Mônaco, a cidade-iate tem quatro helipontos e pode acomodar lojas, restaurantes e apartamentos de altíssimo padrão

Reprodução Internet

O Projeto Utopia foi concebido como um barco, mas sua estrutura tem a altura de um prédio de 13 andares

Parece coisa de filme de ficção, mas em breve esta cidade-iate pode se tornar a mais nova tendência em resorts. Com 11 decks e uma área de observação de 360 graus, a cidade conta com quatro helipontos, várias piscinas e espaço até para ancorar um navio do tipo cruzeiro.

Batizado de “Projeto Utopia”, o conceito foi apresentado pelo designer Nigel Gee na feira náutica de Mônaco. Na essência, é um barco que flutuaria sobre quatro plataformas para manter o iate ancorado, mesmo com tempo ruim. A diferença entre a chamada cidade-iate e outros projetos é que ela pode se mover a baixas velocidades.

Para o visitante, a sensação é a mesma de olhar para o mar sobre um prédio de 13 andares, ou seja, 65 metros acima do nível do mar. Graças ao desenho circular, pode-se ter uma vista panorâmica das redondezas.

Reprodução Internet

Projeto Utopia: moradia de luxo com tecnologia de última geração. Mas é um barco ou uma cidade?

Logo abaixo do nível superior há uma área desenhada para acomodar uma residência de altíssimo padrão ou ainda lojas e restaurantes. O projeto prevê, inclusive, uma proteção retrátil para o caso de chuva.

O projeto do Utopia foi criado em parceria com a empresa Yatch Island Design, uma empresa especializada em criar iates sob encomenda. Segundo seu diretor, James Roy, o Utopia contaria com “tecnologia de última geração para trazer inovação para o setor náutico”. “Resolvemos lançar uma ilha para qualquer um que tenha a visão de criar um lugar maravilhoso como esse”, disse ao jornal “Daily Mail”.

Fonte: Época Negócios