Marketing: Maioria das empresas ainda não pratica o Marketing 3.0

Outubro 4, 2011 by  
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“Se daqui a cinco anos você estiver no mesmo ramo em que está hoje, seu negócio não existirá mais”. A frase destacada por Philip Kotler mostra a urgência por inovação dentro das empresas, além de uma mudança de foco. Mais do que olhar para os clientes, as marcas criativas precisam ver o consumidor como um ser humano. É isso o que propõe o Marketing 3.0, conceito nascido em 2005 na Ásia e explorado no livro Marketing 3.0, um dos mais vendidos em 2010 no Brasil, lançado pela editora Elsevier e escrito por Kotler, em parceria com Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan.

Para se destacar no contexto atual, as companhias precisariam sair do Marketing 1.0 – onde se encontra a maioria das empresas do planeta – para o Marketing 3.0. Apesar da ideia não ser novidade e vir sendo amplamente divulgada por Kotler em todo o mundo, o conceito está longe de sair do papel.

“A maioria das empresas é de Marketing 1.0. Entregam um bom benefício mentalmente”, disse Kotler durante o Seminário HSM, realizado na última segunda-feira, dia 26, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O guru do Marketing lembrou ainda que poucas companhiam praticam até mesmo o Marketing 2.0, aquele capaz de transformar clientes em fãs, como fazem marcas como a Harley-Davidson.

Preocupação com o planeta
Juntando o benefício mental proposto pelo Marketing 1.0 e a felicidade gerada pelo Marketing 2.0, o Marketing 3.0 quer ir além: as empresas devem entregar amor, fazer as pessoas se sentirem bem emocionalmente e, mais do que isso, olhar para o planeta como um todo.

“É não atender apenas o lado emocional, mas mostrar aos clientes que a empresa se preocupa com o mundo. Isso é o Marketing 3.0”, explica Kotler. Ao praticar o Marketing Social, as marcas usam os princípios básicos da ferramenta para ajudar pessoas, com ações que colaboram para a melhoria da vida, como campanhas que incentivam a parar de fumar ou se alimentar melhor.

Olhando para trás
Na busca pela inovação e pelo bem social de forma sustentável para a empresa, vale reinventar o passado. Nem toda companhia poderá criar o novo iPad, então por que não olhar para antigos negócios e aproveitar o seu potencial?

Foi o que fez a Starbucks, por exemplo, quando transformou a experiência de tomar café e virou sinônimo da categoria. Ou a Zappos, que superou o principal obstáculo da venda de calçados pela internet e, diante da dúvida dos consumidores quanto ao tamanho do sapato, passou a enviar três números do mesmo modelo, arcando com a despesas de devolução.

A TOMS Shoes foi além e não só reinventou a venda de calçados, como também agregou o valor social ao negócio. Para cada par de sapatos vendido pela empresa, outro é doado a crianças carentes. Na hora de se destacar, a internet aparece como uma forte aliada, mas não a única. O investimento no digital deve ser cauteloso.

“Conheço uma empresa que redirecionou 50% do seu orçamento de Marketing para o digital e o resultado foi catastrófico. Repasse 10% para as mídias digitais e contrate alguém que entenda de internet. Se trouxer resultado, dê mais 10%”, aconselha Kolter.

Criação em parceria
Entre as vantagens da web está a possibilidade de cocriação, cada vez mais utilizada pelas empresas. A tendência, no entanto, também aparece no ambiente físico. A já citada Harley-Davidson é conhecida por levar os clientes para acompanharem os engenheiros da empresa. Já a dinamarquesa Lego convida crianças para oficinas onde geram ideias para novos brinquedos com os famosos blocos de montar.

Na Procter & Gamble, a estratégia de conexão e desenvolvimento substituiu a tradicional abordagem de pesquisa e desenvolvimento. O programa de inovação alavanca a rede de empreendedores e fornecedores globais da P&G para que ofereçam ideias de produtos.

Como resultado, a iniciativa passou a contribuir com cerca de 35% da receita da companhia e gerou itens conhecidos pelos consumidores de todo o mundo como o creme Olay Regenerist e as escovas a pilha Crest SpinBrush.

As mais amadas
Com a cocriação, vem também o conceito de comunidade, que se sobrepõe à segmentação tradicional. “A segmentação produz pessoas homogêneas, enquanto as comunidades têm diferentes pessoas. A Apple, por exemplo, construiu comunidades de indivíduos que amam a marca”, ressalta Kotler.

Com as comunidades, as companhias conseguem manter os clientes proprietários, aqueles que compram, ficam satisfeitos, falam para outras pessoas, convencem a experimentar e fazem críticas construtivas, como fãs. Mais do que isso, as empresas conquistam funcionários proprietários, que possuem um senso de propriedade, são leais, sugerem melhorias e servem os consumidores da melhor maneira possível.

Características como essas levam os norte-americanos a amarem empresas como Amazon, Best Buy, BMW, Container Store, eBay, Google, Harley-Davidson, Honda, IDEO, IKEA, Johnson & Johnson, Starbucks, Timberland, Toyota e Whole Foods, algumas das listadas no livro “Firms of Endearment – How World-Class Companies Profit from Passion and Purpose” (Os segredos das empresas mais queridas – Como empresas de classe mundial lucram com a paixão e os bons propósitos), de Raj Sisodia, Jag Sheth e David B. Wolfe.

Essas companhias, que não só contam com uma verdadeira legião de fãs, como também são altamente lucrativas, têm características em comum:

– Alinham os interesses de todos os grupos de stakeholders;

– Os salários de seus executivos são relativamente modestos;

– Adotam uma política de “portas abertas” de acesso à alta gerência;

– A remuneração e os benefícios de seus funcionários são elevados para a categoria, o treinamento de seus funcionários é mais longo e a rotatividade da mão de obra é menor;

– Contratam pessoas que têm entusiasmo pelos clientes;

– Consideram os fornecedores parceiros legítimos, que colaboram para melhorar a produtividade e a qualidade e para reduzir os custos;

– Acreditam que a cultura corporativa é seu maior ativo e sua principal fonte de vantagem competitiva;

– Seus custos de Marketing são muito menores do que os de outras empresas do seu setor e, ao mesmo tempo, a satisfação e a retenção de clientes são muito maiores.

Fonte: Mundo do Marketing

Marketing: Exportações de cortiça crescem mais de 11% até Julho

Outubro 4, 2011 by  
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As exportações de cortiça aumentaram mais de 11% até Julho, impulsionadas pela recuperação da quota de mercado das rolhas e pela aposta em produtos inovadores.

“A fileira da cortiça está, hoje, numa situação muito mais positiva do que há uma década atrás”, refere a propósito o responsável pela promoção externa da Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR), Carlos de Jesus, citado pela agência Lusa. No ano passado, as exportações cresceram 8,7%, totalizando 754 milhões de euros, e os resultados disponíveis até Julho apontam para um crescimento ainda mais expressivo, atingindo já os 509 milhões de euros, 11% acima do período homólogo.

Carlos de Jesus sublinha ainda que, para este bom desempenho, foi determinante a recuperação da quota de mercado da cortiça, pela primeira vez em dez anos, após superar a concorrência dos vedantes artificiais.

Segundo o responsável da APCOR, o grande trunfo foi o investimento em investigação e desenvolvimento e a criação de novos produtos, que permitiram demonstrar “a qualidade intrínseca das rolhas de cortiça”.

Acresce que a cortiça tem assegurado a expansão em áreas de negócio relacionadas com a sustentabilidade, como os materiais de construção e de isolamento, bem como o design. “Temos beneficiado do facto dos consumidores procurarem produtos mais sustentáveis e de ter havido um grande esforço a nível de comunicação e de novas aplicações”, conclui Carlos de Jesus.

A indústria vai reunir-se, hoje, em Lisboa, no 2º Congresso Mundial do Sobreiro e da Cortiça, para debater um sector que representa cerca de 3% das exportações nacionais e 1% do PIB português.

Fonte: Oje – o Jornal Económico

Marketing: Investimento publicitário na internet cresce nos EUA

Outubro 4, 2011 by  
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O investimento em publicidade na internet aumentou 23,2% no primeiro semestre deste ano nos Estados Unidos. De acordo com dados publicados pelo Interactive Advertising Bureau (IAB) e pela PricewaterhouseCoopers (PwC), tal traduz-se numa quantia recorde que ascende aos 10,9 mil milhões de euros, noticia o El Mundo. A taxa de crescimento duplicou se comparada com o período homólogo de 2010.

“O notável rendimento da publicidade digital em 2011 demonstra que cada vez mais os anunciantes apostam na internet para vender as suas marcas”, diz, citado pelo El Mundo, Randall Rothenberg, conselheiro delegado do IAB. Por su turno, David Silverman, da PwC, estes números constituem “uma boa notícia no contexto da debilidade da grande parte do reste da economia dos EUA”. A publicidade através de banners e vídeos arrecadou quase metade do investimento (4 mil milhões de euros).

Fonte: Meios & Publicidade