Inovação: Tecnologia domina ranking das marcas mais valiosas

Outubro 10, 2011 by  
Filed under Notícias

Das dez marcas mais valiosas do mundo atualmente, sete são do setor de tecnologia. A conclusão é da Interbrand, consultoria de marcas (branding), na 12ª edição do ranking 100 Melhores Marcas Globais. Coca-Cola segue como a marca mais valiosa do mundo, segundo o levantamento. A fabricante de bebidas vale US$ 71,8 bilhões, aumento de 2% em relação ao levantamento anterior, quando valia US$ 70,4 bilhões.

A segunda marca mais valiosa é a IBM, que se valorizou 8%, de US$ 64,7 bilhões em 2010 para US$ 69,9 bilhões na edição 2011. Em seguida, aparecem, na ordem: Microsoft, Google, GE, McDonald’s, Intel, Apple, Disney e HP. Dessas, a que mais cresceu foi a Apple, que saltou da 17ª colocação no ano passado para a 8ª posição neste ano. A Apple aumentou seu valor de marca em 58% e pela primeira vez se encontra entre as 10 maiores, diz o diretor da Interbrand do Brasil, Alejandro Pinedo.

Além de Apple, a Amazon.com (26ª), Google (4ª) e Samsung (17ª) são as quatro empresas que mais subiram no ranking. Uma das poucas novatas é a HTC (98ª), fabricante de aparelhos móveis. O setor é extremamente valorizado. Entretanto, algumas empresas de tecnologia enfrentam grandes problemas, disse Pinedo, citando como exemplo a Nokia, que caiu da 8ª para a 14ª posição, após enfrentar forte concorrência em smartphones.

Pinedo lembra ainda que o último ano foi marcado por uma melhora nos mercados, depois da crise de 2008 que acabou abalando o desempenho das companhias também em 2009. A melhora do humor no ano passado, segundo ele, contribuiu para o ressurgimento da indústria automotiva americana e a alta demanda por carros na China.

Dessa forma, a Toyota (11ª) mantém sua posição como a maior marca automotiva no estudo. E como novidade, a Interbrand informa que a Nissan Motor, a segunda maior fabricante de veículos do Japão e ausente das Melhores Marcas Globais desde 2007, retornou ao ranking agora, na 90ª posição.

A próxima edição do ranking deve apresentar reflexos do cenário de turbulências nos mercados da Europa e EUA. Porém, como ressalta Pinedo, para uma marca permanecer na lista das mais valiosas é importante manter a consistência, relevância e comprometimento, especialmente em época de mudanças.

Conforme o levantamento, o mercado financeiro é um dos que continua lutando para manter o valor das marcas após a crise econômica de 2008. Citi (42ª posição), Barclays (79ª), Credit Suisse (82ª) e UBS (92ª) viram uma pequena redução no valor de suas marcas. Porém, algumas instituições financeiras com sede na Europa registraram crescimento de 5% ou mais, como o suíço Zurich (em 94° lugar) e o espanhol Santander (68°).

Brasil

Não há empresas brasileiras entre as 100 marcas mais valiosas do mundo. Várias companhias brasileiras poderiam entrar para o ranking, pelo valor da marca. Porém, elas precisam avançar em outros quesitos, disse Alejando Pinedo, da Interbrands. É preciso que a empresa tenha um terço de sua receita fora do local de origem e deve ser lembrada por pessoas em qualquer lugar do mundo, mesmo fora de sua área de atuação.

Segundo ele, Vale e Petrobras são fortes candidatas a entrar no ranking por conta da atuação em outros países. Porém, as duas são pouco conhecidas fora de seu ramo de atividades. Já o Itaú Unibanco atingiu o valor de marca necessário, mas não possui presença global. Diferentemente da Alpargatas – que, apesar da presença mundialmente reconhecida, ainda não atingiu o valor mínimo para entrar na lista.

Fonte: Veja

Empreendedorismo: Os segredos para ser um empreendedor de sucesso

Outubro 10, 2011 by  
Filed under Notícias

Os quatro vencedores da competição de empreendedorismo ISCTE-MIT Venture Competition desvendam a receita do seu sucesso.

Empreendedorismo é muito mais que ter uma ideia. É, sim, levar uma ideia à realidade, com todos os problemas, adversidades, alegrias e tristezas que dai vêm. A dica que daria é que para fazerem têm de aprender que falhar não é mais do que ‘feedback'”. É esta a visão de Pedro Santos, um dos empresários por trás do All-Desk, um dos projectos vencedores na segunda edição do concurso de inovação e empreendedorismo de base tecnológica ISCTE-IUL MIT-Portugal Venture Competition, realizado em parceria com o MIT (Massachusetts Institute of Technology), o Deshpande Center for Innovation, a Sloan Business School e a Caixa Empreender+, que decorreu no ISCTE-IUL.

Em paralelo com a entrega dos prémios, o evento procurou trazer ao palco casos de sucesso, nacional e internacional, no complexo e implacável mundo do empreendedorismo. Foi esse o caso de António Murta, fundador da sociedade de investimentos Pathena, homem com um passado que o levou desde as grandes empresas à criação dos seus próprios projectos. “Com a crise global, a inovação não é uma opção, é uma obrigação”, defende o empreendedor, que aponta aquela que considera ser ainda uma das grandes falhas na realidade portuguesa. “No MIT, a distância entre o mundo académico e os investidores é de apenas uma estrada. Um lado e outro. É isso que falta ainda em Portugal. É isso que temos de mudar”, defende.

As universidades de ciência e tecnologia têm uma capacidade inigualável para mudar o mundo, para melhorar a economia local onde estão inseridos, defende Edward Roberts. O director do MIT Entrepreneurship Center aconselhou Portugal também a não tentar copiar outros modelos de fora. “Portugal não tem uma rede de capital de risco tão forte, pelo que os empreendedores devem apostar também nos governos e nas próprias universidades como fontes de financiamento”, aponta.

Apesar de ainda termos um longo caminho a percorrer, a grande mensagem passada no evento foi, no entanto, que há lugar a uma boa dose de esperança. “É verdade que eu sou um optimista por natureza, mas acho que estamos na direcção certa”, afirma Luís Reto, reitor do ISCTE-IUL. “Há dez anos, isto seria completamente impossível. Tínhamos muito pouco ‘know-how’, quer ao nível da gestão de negócios, quer de tecnologias. Portugal deu um salto enorme. Só aqui já formámos mais de 15 mil pessoas com pós-graduações em gestão”.

Uma variedade de boas ideias
De soluções para cozinhar, utilizando a luz solar, a inovadoras tecnologias para ajudar pessoas com problemas de mobilidade. De instrumentos de diagnóstico médico a uma aplicação de iPhone para amantes de golfe. A variedade foi a regra nas 20 propostas semi-finalistas da competição de empreendedorismo, das quais apenas quatro saíram galardoadas, cada uma, com os 100 mil euros do prémio final.

Foi esse o caso com a MediaOmics, que nasceu com o propósito de tentar revolver o problema da baixa produtividade na produção de bioterapêuticos. Para Rui Oliveira, um dos responsáveis pelo projecto, é fundamental compreender o risco associado a qualquer tentativa de rentabilizar uma solução inovadora. “Por isso, nesta fase do nosso projecto, estamos a tentar, na medida do possível, mitigar alguns desses riscos até um nível que seja aceitável para nós e para potenciais investidores”, explica o empreendedor, que não deixa de salientar a importância de ter um “plano B, já que na maioria dos casos, apesar de todos os cuidados, há sempre surpresas”.

É preciso ter “perseverança e acreditar no produto, independentemente dos obstáculos que encontrem”, defende Carlos Rosário, da IsGreen, que saiu vencedora na competição com a sua GreenLamp C&C, um sistema inteligente de iluminação que monitoriza a quantidade de luz necessária para cada espaço, conforme esteja ou não a ser utilizado e a entrada de luz natural. Para o responsável da empresa, embora o reconhecimento pela equipa do MIT e pelo júri da competição seja uma vitória só por si, “a visibilidade do ISCTE /MIT Venture Competition é, também, um benefício tanto ao nível de acesso a clientes como a nível de abertura de mercados externos”.

Essa intenção de abertura ao mercado global vive naturalmente nos projectos fundados nas possibilidades da Internet. Projectos como o Musikki, um motor de busca musical que procura reunir automaticamente numa só página toda a informação sobre uma qualquer banda ou música que pesquisemos. Ainda a dar os primeiros passos no mundo do empreendedorismo, os responsáveis do projecto já têm, no entanto, uma ideia das dificuldades que o esperam. “Embora ainda tenhamos pouca experiência e um longo caminho pela frente, parece-nos imprescindível uma boa dose de persistência, um pouco de loucura e uma equipa que trabalhe na mesma frequência de onda”, defende João Afonso.

Projectos Vencedores

MediaOmics
Resolver o problema da baixa produtividade na produção de bioterapêuticos é o grande objectivo da MediaOmics, vencedora na categoria de “Life Sciences” e constituída por Rui Oliveira, António Dinis, João Dias, Nuno Carinhas, Filipe Ataíde e Ana Ferreira. “A nossa solução baseia-se numa plataforma proprietária que utilizamos para desenvolver meios de cultura de alta performance que permitem aumentar a produtividade na produção de bioterapêuticos de forma significativa”, explica Rui Oliveira. “O nosso objectivo é vender meios de cultura e prestar serviços de desenvolvimento à medida à indústria farmacêutica”. Terminada a fase de protótipo, a equipa está a iniciar agora a fase final do desenvolvimento do seu primeiro produto, que deverá estar concluída no 2º trimestre de 2012.

GreenLamp
“A GreenLamp Comando & Controlo é um sistema inteligente de iluminação para todo o tipo de lâmpada, que monitoriza as condições locais de ocupação e luz natural, variando em contínuo a luz fornecida na quantidade necessária, onde e quando precisa”, descreve Carlos Rosário, que, em conjunto com Jaime Sotto-Mayor, forma a IsGreen, equipa que ganhou, o projecto GreenLamp, na categoria de “Sustainable Energy & Transportation Systems”. A GreenLamp já passou a fase de projecto e é já um produto em comercialização, por exemplo, no novo hospital da Guarda ou em escolas em Espanha, Itália, Roménia e Bulgária. A IsGreen vai alargar a sua comercialização a nível Ibérico até ao final do ano, com o norte da Europa e posteriormente os Estados Unidos em 2012.

All-Desk
O conceito por trás do projecto All-Desk, vencedor na categoria de “IT & Web”, partiu do objectivo de conseguir uma maior flexibilidade no local de trabalho e rentabilizar espaços subutilizados. “Por exemplo, uma empresa de design localizada no centro de Lisboa que tem duas ou três secretárias livres, pode ter pessoas a alugar essas mesas para trabalhar. O objectivo é que os trabalhadores achem o sítio mais conveniente para eles naquele momento, enquanto que empresas ganham uma forma de rentabilizar os seus espaços”,aponta Pedro Santos, um dos responsáveis do projecto, juntamente com Marco Abreu, Fernando Mendes, Rui Aires e Pedro Magalhães. O All-Desk encontra-se, de momento, a correr em fase “beta”, mas em comercialização, sendo já possivel alugar mesas em vários pontos do país. Está para breve o início do processo de expansão da rede internacionalmente.

Musikki
O Musikki é um motor de busca musical. A essência do seu método de funcionamento não deve ser confundida, no entanto, com o do Google. “Os resultados de uma pesquisa no Musikki não são vários links para diferentes locais”, revela João Afonso, que, com Juliana Teixeira e Pedro Almeida, forma a equipa por trás do projecto que saiu vencedor na categoria de “Products & Services”. “Os dados são recolhidos, estruturados e apresentados ao utilizador numa única página de resultado. Com apenas um clique, o utilizador obtém, entre outros conteúdos, a biografia, discografia, vídeos, fotografias e agenda de concertos, criando um perfil dinâmico do músico ou banda”, aponta. O projecto encontra-se de momento em fase “beta”, estando a equipa do Musikki a trabalhar numa nova versão, enquanto continua a reunir investimento.

Fonte: Económico

Inovação: Paris lança serviço de aluguel de carros elétricos

Outubro 10, 2011 by  
Filed under Notícias

Um serviço de aluguel de carros elétricos será inaugurado nesta segunda-feira em Paris para oferecer a oportunidade de transitar pela cidade de maneira alternativa, poupando o uso do veículo particular.

O “Autolib” será lançado depois do sucesso do “Vélib”, o sistema de aluguel de bicicletas que desde 2007 conta com mais de 150 mil assinantes. As duas redes compartilham da mesma proposta: o usuário, pega um veículo em uma das diferentes estações espalhadas pela cidade e depois o devolve em outra.

Desta maneira, pretende-se oferecer a maior flexibilidade possível, incentivando os cidadãos a adotar este meio de transporte no lugar de seu veículo particular. O objetivo da prefeitura de Paris é retirar de circulação 22,5 mil veículos convencionais, para aliviar o trânsito e diminuir as consequências ambientais.

A partir de segunda-feira, o “Autolib” será posto à prova durante dois meses, com uma primeira remessa de 66 veículos elétricos de dois lugares distribuídos em 33 estações.

Trata-se do início do projeto que a partir de dezembro, quando será lançado de forma definitiva, contará com 75 estações e 250 carros e cuja meta é ter em 2014 mil estações espalhadas por toda a capital francesa, com 3,5 mil veículos. O princípio é simples: a empresa concessionária oferecerá diferentes preços, de 144 euros por ano, 15 euros por semana e 10 euros por dia.

A primeira meia hora de utilização custa entre 5 e 7 euros, de acordo com o desconto, a segunda entre 4 e 6 e o resto entre 6 e 8. Com esse dinheiro, os assinantes poderão obter um veículo elétrico especialmente concebido para a Bolloré, a empresa concessionária que lidera o projeto e que também é responsável pela rede “Vélib”.

Com design italiano, na cor cinza metálico e apuradas linhas aerodinâmicas, o carro, batizado de “Bluecar”, tem 3,65 metros de comprimento, alcança até 130 km/h e tem uma autonomia de 250 quilômetros. Silencioso, o automóvel é equipado com um sistema de navegação GPS e câmbio automático, tudo isso para facilitar a condução. Em seu repouso, os carros serão plugados em uma tomada para serem recarregados.

A Bolloré investiu 200 milhões de euros neste projeto, aos quais se somam os 35 milhões fornecidos pelo governo local, sendo 50 mil por cada estação construída.

A empresa explica que o serviço não será rentável antes de 7 anos. Até lá, é necessário convencer pelo menos 80 mil assinantes a utilizar o carro pelo menos duas vezes por semana durante uma hora.

Esta aposta arriscada que a empresa está disposta a fazer se justifica pelo fato de que o “Autolib” servirá de vitrine mundial para promover o Bluecar, cujas baterias foram planejadas exclusivamente pela Bolloré e que, por enquanto, não foram adotadas por nenhum fabricante de modelos elétricos.

Vincent Bolloré, proprietário e presidente da empresa, espera demonstrar com este projeto a supremacia de suas baterias frente às de íon lítio que equipam os carros de todos os fabricantes de automóveis elétricos. O empresário apostou há anos em baterias de lítio, metal e polímeros, mais eficientes e que, segundo ele, oferecem uma maior autonomia e aquecem menos.

Fonte: Época Negócios