Inovação: Gestores mais sensíveis à ecologia

Outubro 28, 2011 by  
Filed under Notícias

Uma frota que polui menos é, em princípio, uma frota mais económica e tem sido essa a máxima a pesar mais no momento de gerir uma frota com maior ou menor sensibilidade para as questões ambientais.

Ter uma ecofrota, composta por veículos mais amigos do ambiente, é vontade partilhada por muitos gestores de frotas, mas está longe de ser uma prioridade por si só. O principal argumento, sublinhado ainda mais em tempo de crise, reveste-se de cariz económico e os empresários acabam por só optar por veículos mais ecológicos perante a comprovação de que tal decisão terá um impacto positivo na eficiência da performance da sua empresa.

António Oliveira Martins, vice-presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting e responsável pelo pelouro do Renting, confirma que “as empresas têm em consideração as questões do ambiente no momento de escolherem a composição da frota, não só pela perspectiva de responsabilidade ambiental, mas também pela componente económica”. Lembra também o responsável da ALF que “a evolução da fiscalidade automóvel, ao privilegiar a componente ambiental, tende a fazer com que as duas questões não sejam opostas nem contraditórias, muito pelo contrário”.

Pelo menos 28% dos decisores portugueses estão disponíveis para integrar viaturas ecológicas nas suas frotas nos próximos três anos, revela a última edição do Corporate Vehicle Observatory (CVO), estudo promovido pela Arval, recaindo a preferência nos veículos híbridos (22%) e com especial expectativa para veículos híbridos com gasóleo (17%).

Já a possibilidade de integrar veículos eléctricos na frota no próximo triénio é admitida por 6% dos decisores inquiridos no CVO. Com efeito, depois dos veículos híbridos terem ganho espaço nas frotas portuguesas na última década, é a vez de os veículos eléctricos começarem a despertar alguma curiosidade dos empresários, sem que exista, no entanto, um movimento muito intenso de experimentação efectiva.

Mas pelo menos 44% dos decisores portugueses inquiridos no último CVO assumiam estar receptivos à introdução de veículos eléctricos nas suas frotas desde que estes se adequassem às necessidades da empresa. Uma receptividade que chega a ser superior à média europeia, situada nos 38%.

“O sector do renting tem sido responsável pela introdução dos primeiros veículos eléctricos em Portugal e já existe uma oferta de renting de veículos eléctricos, mas estamos numa fase ainda muito embrionária do processo, em que a reduzida escala e as muitas incertezas, a vários níveis, impedem que a utilização de eléctricos seja para já economicamente atractiva para a maioria das empresas”, constata António Oliveira Martins.

A esperança de vida da bateria destes veículos, a sua autonomia entre carregamentos, o custo da manutenção e reparação e a desvalorização dos veículos são, efectivamente, questões que geram ainda muitas dúvidas e não existem no mercado respostas concretas para dar sobre estas matérias.

Fonte: Oje – o Jornal Económico



Enter Google AdSense Code Here

Tell us what you're thinking...
and oh, if you want a pic to show with your comment, go get a gravatar!