Inovação: Inovar ou resignar-se à crise? O dilema das empresas

Outubro 30, 2011 by  
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Tempo de recessão. Optimismo? Só moderado. Impera a cautela entre as empresas que até agora apostavam forte no investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D). A maioria não tem previsto no calendário contratar recursos humanos para esta área de actividade no próximo ano. Um ano que portugueses e empresas sabem que não será fácil.

Os resultados do 7º Barómetro sobre o Financiamento da Inovação em Portugal e na Europa, divulgados esta quarta-feira pelo grupo Alma Consulting, mostram que 65% das empresas que participaram neste estudo (229 em território nacional) não pensam destinar mais verbas para I&D em 2012.

É que, se até ao ano passado o investimento em inovação era considerado uma prioridade estratégica para o crescimento das empresas, deixou de o ser. Foi ultrapassada, segundo esta análise, pela qualidade dos produtos e serviços e pelo desenvolvimento internacional.

É certo que a conjuntura acaba por minar as perspectivas das empresas no que ao I&D diz respeito, mas será algo transitório. A maioria delas continua optimista quanto a futuros projectos de inovação, embora em menor grau do que no ano passado (em 2010 eram 84%, agora são 68%).

Onde buscar financiamento? Nestas contas de «sumir», há no entanto dados mais animadores: mais empresas (56%) beneficiaram este ano do Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial – o SIFIDE. E 36% daquelas recorreram a incentivos à inovação a fundo perdido e empréstimos reembolsáveis duplicaram ou até triplicaram os empregos em I&D.

Conseguiram pintar um melhor quadro da crise: 12,5% multiplicaram por três a sua presença internacional; 29% duplicaram as vendas das inovações que produziram. Souberam tirar partido da tecnologia e da criatividade de quem a produz e/ou melhora.

Muitas companhias (77%) temem o desaparecimento do SIFIDE – até pela menor importância que parece ter agora o investimento em inovação e também por causa das alterações que têm ocorrido no campo da política fiscal.

«Portugal está a passar por uma recessão causada pelo colapso da procura interna e pelas condições financeiras restritivas que têm afectado todas as indústrias portuguesas e, particularmente, as exportações e os investimentos. O 7º Barómetro do Financiamento da Inovação destaca uma ligação mais fraca entre as empresas e a Inovação».

De qualquer modo, em prol da produtividade, da competitividade e das metas de exportação, as empresas que souberem – e puderem – investir em I&D estarão a tornar grande uma sigla pequena, mas que, a julgar pelos benefícios que traz na bagagem, fará girar melhor o motor (agora gripado) da economia portuguesa.

Fonte: Agência Financeira

Marketing: Crise não chega às marcas de luxo

Outubro 30, 2011 by  
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As vendas globais de artigos de luxo mantiveram um crescimento a dois dígitos em 2010, e assistiram este ano a um aumento de 10%, para os 191 mil milhões de euros. A conclusão, avançada pelo Marketing News, é da décima edição do estudo “Luxury Goods Worldwide Market Study”, desenvolvido pela consultora Bain & Company, que analisou o mercado e os resultados financeiros de mais de 230 das principais marcas e empresas de artigos de luxo do mundo.

O estudo fez notar a existência de um consumidor reincidente, que volta a comprar artigos de luxo, ocasionalmente ou mesmo de uma forma continuada. Roupa, acessórios, marroquinaria, jóias, sapatos, relógios, perfumes e cosméticos de luxo estão entre as preferências de consumo. O aumento das receitas do sector, depois de terem sido alcançados recordes de valores de vendas, demonstrara também uma mudança significativa de origem, já que 14% do crescimento provém de lojas de retalho, propriedade directa das marcas. Valor que supera em 50% a taxa de crescimento das principais lojas de retalho e grandes armazéns. Assim, cerca de 30% das vendas mundiais do sector provêm agora do comércio de retalho.

Os mercados de luxo maduros continuam a ser importantes, tanto em termos absolutos como em taxas de crescimento. A este nível, o Japão revelou-se como a maior surpresa, mantendo o segundo lugar. O decréscimo, que se estabilizou em 2010, transformou-se em 2011 numa taxa de crescimento de 5%. As mais de 230 marcas contempladas pelo estudo tiveram um impacto nas vendas menor do que o previsto, com o terramoto do Japão. Os efeitos negativos deste episódio fizeram-se sentir por um trimestre, pelo que este ano foi activado o ciclo de crescimento.

Prioritário para as marcas é o crescimento dos mercados em desenvolvimento, com a China a responder por um incremento de 25%, o Brasil de 20% e o Médio Oriente de 12%. Tendo em conta apenas os gastos registados na China, e aqueles que são feitos por turistas chineses fora do seu país, o consumo de luxo é, até, 20% superior ao do mercado global!

O crescimento fez-se sentir em todas as principais categorias do sector de luxo. As peças de roupa assistiram este ano a um incremento de 8%, proveniente tanto do target masculino (9%) como feminino (7%). A nível global, o consumo de perfumes e cosméticos cresceu 3%, com grande parte deste valor a ter origem em mercados emergentes como China e Brasil. Tal como em 2010, os acessórios, relógios e jóias foram os segmentos que mais cresceram. Os acessórios, que incluem sapatos e artigos de pele, cresceram 13%, já que são os produtos eleitos pelos consumidores que se iniciam neste mercado de luxo. As jóias e relógios, por sua vez, podem registar este ano um crescimento de 18%.

Fonte: Marketeer

Marketing: Estudantes temem que futuros patrões os vejam no Facebook

Outubro 30, 2011 by  
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Quase metade dos estudantes no Reino Unido temem que a informação sobre eles disponível online poderá atrapalhar na altura de conseguir emprego, concluiu uma sondagem.

Entre os inquiridos, 42% revelou preocupação com a possibilidade de um potencial patrão julgar o futuro empregado com base na informação disponibilizada online em sites como a rede social Facebook.

O estudo do Information Commissioner´s Office e do YouGov mostrou que certas actividades extracurriculares podem dar mau aspecto a um currículo. Algumas entidades empregadoras confirmam a conclusão.

Certos patrões revelaram que até podem dar uma vista de olhos pela informação online de um futuro empregado. Um chefe disse ao TechEye que os que procuram emprego devem ter cuidado com a informação que disponibilizam publicamente, já que é provável que os patrões mais curiosos «dêem uma espreitadela».

«Acho que o Facebook acordou o stalker [perseguidor] que há em nós, mas isso não significa que me sinta bem com isso», afirmou um patrão.

«Mas, a menos que um certo perfil [Facebook] esteja minado de deboche, não creio que tivesse impacto na minha decisão final. É apenas curiosidade. No entanto, entendo que alguns empregadores se acanhem, conforme a posição. Se estão preocupados, então ponham as definições de privacidade no máximo».

Uma estudante na Universidade de Goldsmiths explicou que está preocupada com o que está disponível online sobre ela. «Estou preocupada por estar em tags em fotografias de festas no Facebook, já que isso não reflecte a vida profissional, mas a vida pessoal, e podemos não querer que um certo patrão veja isso», apontou a estudante.

Fonte: Diário Digital