Inovação: Gestão da inovação: Complicar para quê?

Novembro 12, 2011 by  
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A inovação é a Terra Prometida das empresas e há muitos profetas que dizem saber o caminho até lá. Para isto inventam palavras estranhas e importam termos em inglês de difícil tradução para o nosso idioma. Mas será que não dá para descomplicar? Vamos tentar…

Primeira simplificação: O que é inovação? Sua resposta precisa começar com “depende”. Pois a definição depende do contexto. Há a “inovação de conversa de boteco” onde qualquer novidade é uma inovação. Pediu um suco de melancia com manga que não tinha no cardápio, inovou!

Há a “inovação na sua empresa”. Cada organização precisa ter a sua própria definição para conseguir gerenciar suas inovações. Caso contrário, qualquer novidade será inovação de boteco. Mas tem a “inovação para captação de recursos”.

Diversas entidades como BNDES, Finep e Fapesp oferecem recursos “de graça” para a sua empresa inovar. Mas aqui não vale seu suco e o que a sua empresa contabiliza como inovação. Cada entidade do fomento tem a sua definição de inovação.

Cabe a você conseguir ajustar a sua inovação naquilo que é aceito pela instituição. E por fim, tem a “inovação legal”. A Lei do Bem dá diversos incentivos para empresas que investem em inovação. Tome o seu suco, mas caracterize o que você chama de inovação com aquilo que é previsto em lei.

Segunda simplificação: Como gerir a inovação? Primeiro definindo os propósitos para inovar. Inovar por quê, para quê? Quais as métricas que serão avaliadas e como contribuem para a missão, principalmente visão futura do seu negócio?

Muitas empresas querem “inovar” porque está na moda ou porque há dinheiro oferecido pela Finep. Nestas situações, voltamos para a inovação de boteco. Se os propósitos estiverem definidos é hora de pensar nos processos de inovação, começando pelo que ficou conhecido como funil de inovação.

O funil se inicia com a etapa de geração de ideias, passando pela fase de seleção e priorização de oportunidades, planejamento e gestão de projetos de inovação, implementação dos projetos e avaliação e lições aprendidas.

Nos últimos anos, diversas técnicas (com nomes complicados) têm tornado o funil mais eficiente. Para os estágios iniciais do funil entraram em cena o Open Innovation (que abre o funil para parceiros, clientes, fornecedores, entre outros) e Design Thinking (que tenta antecipar a experiência final do projeto de inovação por meio de protótipos) que podem ajudar na geração e seleção de ideias e oportunidades.

E nas etapas finais, tecnologias ágeis como o Scrum (técnica flexível de gestão de projetos) e Lean Startup (técnica interativa de criação de novos negócios) podem ser importantes na redução das altas taxas de fracasso observadas em projetos de inovação. Não há processos sem pessoas. É preciso incentivar o empreendedorismo nos colaboradores e parceiros.

E por fim, é preciso consolidar políticas de incentivo à inovação que considerem o tema no momento da contratação, da avaliação de desempenho e na promoção de cada membro da empresa.

Terceira: Não há Terra Prometida. Boa parte dos resultados da inovação é aqui e agora. Inovação para a maioria das empresas brasileiras é redução de custo pela melhoria de processos e ganhos de qualidade e eficiência, e aumento de receitas pela expansão para novos mercados e produtos melhorados.

Fonte: Brasil Económico

Inovação: Tecnologia limpa atrai investimentos do capital de risco

Novembro 12, 2011 by  
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Shelby Clark, fundador de uma startup chamada RelayRides, foi recentemente homenageado como estrela em ascensão no campo da tecnologia limpa. Mas, no placo, quando se viu ao lado de empresas que criavam novos tipos de energia, sentiu-se deslocado.A RelayRides é uma startup do compartilhamento de carros. Desde quando estimular as pessoas a usar carros cuspidores de carbono se qualifica como tecnologia limpa?

No Vale do Silício, onde os dólares do capital de risco alimentam jovens empresas de tecnologia, a tecnologia limpa está passando por uma transformação. Muitos investidores estão evitando os altos riscos e custos envolvidos na criação de novas formas de energia. Em vez disso, eles vêm fazendo o que fazem melhor: usar software para enfrentar problemas – neste caso, os problemas causados pela mudança climática.

A RelayRides, ao permitir que os proprietários de carros aluguem seus veículos a outras pessoas, retira carros das ruas _ pois as pessoas podem evitar comprá-los e os usuários do serviço dirigem menos que os outros, segundo Clark.”Você pode gerar um grande impacto sobre a pegada de carbono de um indivíduo apenas recriando modelos de negócios ou comportamentos, sem inventar uma nova energia”, afirmou ele.

Essa estratégia vem se revelando no Vale do Silício há uns dois anos. Para muitos investidores, porém, as dúvidas sobre energias alternativas foram confirmadas em setembro _ quando a Solyndra, que fabricava painéis solares e havia levantado mais de US$ 1 bilhão em capital de risco e US$ 528 milhões em empréstimos governamentais, entrou em concordata.

“Muitas pessoas veem isso como um símbolo daquilo de que não gostam em investimentos verdes, ou no envolvimento do governo na tecnologia”, declarou Nathan E. Hultman, diretor do programa de políticas ambientais da Universidade de Maryland e acadêmico da Brookings Institution. “Se os capitalistas de risco recuarem, muitas dessas empresas serão obrigadas a fechar, ou pelo menos colocar seus planos em espera. Este é um estágio bastante familiar na indústria da energia, chamado de vale da morte”, disse ele.

Os investimentos em tecnologia verde vinham caindo mesmo antes da Solyndra. Capitalistas de risco investiram US$ 891 milhões em 80 startups desse mercado no terceiro trimestre, uma queda de 11 por cento sobre US$ 1 bilhão em 88 empresas no segundo trimestre, segundo a National Venture Capital Association.

Investidores, acostumados a financiar as startups de baixo custo da internet, ficaram receosos em gastar o dinheiro necessário para conduzir pesquisas básicas e construir fábricas para produzir energia. Para agravar sua cautela, há também a incerteza em relação a um aumento na produção de gás natural nos EUA, a possibilidade de o congresso definir um imposto sobre o carbono e a dificuldade de competir com a indústria de energia já estabelecida.

Após fracasso da Solyndra, investidores reduziram apostas em energia limpa

Mas a falência da Solyndra assustou ainda mais os capitalistas, e especialmente os fundos de pensão, instituições e fundações que investem em capital de risco, explicou Mark Heesen, presidente da National Venture Capital Association.

Os investidores, segundo ele, continuariam a deslocar seus investimentos em energia alternativa para empresas que lidam com a mudança climática, usando, por exemplo, softwares para tornar edifícios e carros mais eficientes.

Neste ano, capitalistas de risco chegarão a investir US$ 275 milhões em startups que desenvolvem software e outras tecnologias para conservar energia ou gerenciar seu uso, mais que os US$ 234 milhões do ano passado e os US$ 104 milhões de 2009.

“As empresas de capital intensivo, que precisam de ciclos longos para criar seus produtos – sejam células solares voltaicas ou turbinas eólicas gigantes -, não são muito flexíveis; assim, é difícil imaginá-las como oportunidades financiadas pelo capital de risco”, definiu Bill Maris, sócio administrador do Google Ventures.

Sua empresa investiu na RelayRides e em outras startups que ampliam a definição de investimentos em tecnologia limpa. Entre elas, estão a Climate Corp., a Clean Power Finance, que criou um mercado online para financiar painéis solares residenciais, e a Transphorm, que desenvolve ferramentas que reduzem a perda de energia na conversão da eletricidade nos data centers ou motores industriais.”São empresas de tecnologia, aplicando sua tecnologia a esta indústria”, afirmou Maris. “Elas são o tipo de empresa que tendemos a realmente entender e apreciar”.

À primeira vista, empresas como a Climate Corp., que faz seguros para produtores rurais, não parecem ter a menor relação com tecnologia ou mudança climática. Mas David Friedberg, veterano do Google que é cofundador e diretor executivo da empresa, disse que seu objetivo era “ajudar todas as empresas a adaptar-se à mudança climática e compreendê-la”.

Para os agricultores, isso significa analisar “um volume insano de dados”, continuou Friedberg, de estações meteorológicas, fluxos de dados do governo, modelos de umidade do solo e imagens de radar Doppler. A Climate Corp. simula o clima pelos próximos dois anos e administra um site onde os agricultores podem inserir sua localização e safra, comprar cobertura de seguro e receber automaticamente pagamentos por mau tempo.

Recentemente, produtores de soja nos estados de Dakota do Sul e do Norte foram pagos pelo atraso no plantio devido a uma primavera excepcionalmente chuvosa, e produtores de trigo em Oklahoma e Texas receberam o seguro por uma seca intensa.

Em outubro, a Climate Corp. mudou de nome (antes era WeatherBill), e Friedberg temia que a ligação entre seu software e a mudança climática fosse vaga demais para que o novo nome fizesse sentido.
“Estávamos um pouco preocupados com a mudança de nome, pois os agricultores poderiam pensar que éramos um bando de californianos hippies”, explicou ele. “Mas os agricultores disseram: ‘Sim, é o clima que está brincando conosco. O clima de hoje não é o mesmo da época do meu pai ou do meu avô'”.

A FirstFuel Software é mais uma empresa que usa computadores para lidar com a mudança climática. Ela analisa o consumo de eletricidade de um prédio com base em dados, sem visitar o local, e produz um plano de economia de energia. Em setembro, a empresa levantou US$ 2,4 milhões junto à Battery Ventures e à Nth Power.

Outra empresa, a Opower, que conseguiu US$66 milhões junto a empresas de capital de risco como a Accel e a Kleiner Perkins Caufield & Byers, fornece a empresas elétricas e de gás ferramentas para comunicação com o cliente – como o envio de mensagens de texto caso a conta de luz esteja anormalmente alta.

Apesar do interesse nesses tipos de empresa, alguns capitalistas de risco ainda colocam suas fichas em grandes experimentos de energia alternativa. Em outubro, a Khosla Ventures anunciou a captação de fundos no valor de US$ 1,05 bilhão, uma das mais altas quantias deste ano. Cerca de 60% irá para tecnologias limpas, e o restante para startups de internet e mobilidade. “Não estamos mudando nossa estratégia”, garantiu Vinod Khosla, fundador da empresa. “Estamos apostando em nossas armas”.

A Khosla Ventures investiu em empresas que produzem motores e biocombustíveis, e em uma que tenta transformar emissões de carbono e água do mar em cimento. Na opinião de Khosla, as startups que criam softwares de eficiência não fazem o suficiente para abordar a mudança climática.
“Eles fazem melhorias de 5% a 10% aqui e ali”, afirmou Khosla. “O que precisamos é de melhorias de 100% ou 400 %”.

Os problemas trazidos pela mudança climática não serão resolvidos sem o capital de risco, continuou ele. Mas e se o Vale do Silício continuar recuando frente ao desafio de apoiar experimentos como a criação de energias alternativas?”Essa é a pergunta da sobrevivência das espécies”, comparou Eric Wesoff, analista sênior em energia e capital de risco da Greentech Media, uma empresa de pesquisa. “Se os capitalistas de risco não estão dispostos a assumir esse risco e a inovação se desacelerar, quem irá preencher essa lacuna? Talvez a China?”.

Atualmente, o grosso da inovação vem da Índia, China e Europa, segundo Heesen. “Estamos ficando para trás”, disse ele, “e ficaremos cada vez mais atrasados nessa área, uma das únicas que podem realmente criar empregos nos próximos dez anos”.

Fonte: IG

Marketing: Tecnologias móveis para mudar o mundo e fazer dinheiro

Novembro 12, 2011 by  
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Ainda não está muito claro se a tecnologia é realmente o motor das transformações que o mundo vem vivendo ou se, inversamente, a necessidade de mudanças dita novos padrões para a indústria. De toda forma, é praticamente consenso que com o potencial de comunicação direta entre indivíduos e difusão de mensagens em massa que as novas mídias têm, colocar paradigmas em xeque, questionando modelos e organizando revoluções se tornou mais fácil.

Até aqui, entretanto, nada de novo, nada que não nos remeta às constatações óbvias do dia a dia: com um celular e conexão à internet, posso dizer o que quiser, na hora que quiser, a um número incomensurável de pessoas e causar efeitos imprevisíveis. Mas é no aparente clichê que, para o pesquisador e consultor norte-americano Tomi Ahonen, está o futuro dos mercados. Uma das principais autoridades mundiais em tecnologias móveis, ele acredita que a sociedade hiperconectada já é uma realidade e um nicho (se é que se pode chamar de nicho algo que já se pode perceber tão grande) promissor.

No dia 31 de outubro deste ano, segundo cálculo da ONU, passamos a ser 7 bilhões de seres humanos no mundo. “Em alguns anos, o mundo vai ter mais contas de celular do que pessoas. No Brasil isso já é realidade”, lembra Ahonen.

Em sua palestra na HSM ExpoManagement 2011, o especialista apresentou alguns gráficos que apontam um crescimento acima dos padrões na quantidade de linhas celulares em relação à população, diferentemente do que acontece com mídias mais tradicionais, como a TV.

Para Ahonen, perceber tal dimensão e saber explorar as propriedades das tecnologias móveis nesse contexto é o segredo (não muito secreto!) para quem quiser se antecipar às tendências e sair na frente na disputa por um mercado promissor. E a regra para tanto é entender a cabeça dos jovens, por um motivo simples: “para os jovens, as tecnologias móveis são as favoritas, e eles são os consumidores do futuro (e do presente também, vale salientar)”, destaca o especialista.

O jovem de hoje, já bastante autônomo em suas posições e um influenciador de peso em praticamente todos os mercados, será em um futuro breve um adulto que não utilizará notas de papel para pagar contas, acredita Ahonen. Para ele, as tecnologias móveis consolidadas enquanto mídia de massa solidificarão também novas maneiras de efetivar negócios, como os já existentes atualmente: mobile banking, pagamentos virtuais, celulares que atuam como cartões de crédito etc.

“O cheque não matou o dinheiro, o cartão de crédito não matou, o PayPal não matou. Mas a tecnologia móvel vai matar”, afirma.

A mídia de massa pessoal

A transformação dos dispositivos móveis em instrumentos de uma nova mídia de massa (a “mídia de massa pessoal”, como define Ahonen), gera também um novo cenário em que população, companhias e governos precisam repensar seu papel e a forma como como atuam no conjunto social. Nesse sentido, é importante levar em conta, antes de tudo, que – apesar do caráter massivo, ” o celular é uma mídia de massa diferente”, como explica Ahonen.

O especialista destaca que, com todo mundo conectado, o alcance da mídia móvel supera o da TV, por exemplo, só que com uma diferença: faz isso de forma segmentada. “Você quer ver notícias sobre futebol, determina que só quer receber conteúdos sobre futebol. Se você quer saber da vida de Lady Gaga ou Angelina Jolie, segmenta seu conteúdo só para mensagens sobre celebridades”, explica.

A grande pergunta, aqui, é: você vê notícias no celular? Pois é. Tudo é uma questão de hábito. No Brasil, houve até um tempo em que os usuários assinavam (e ainda há quem assine) serviços de notícias, horóscopo, piadas etc. por SMS. Hoje, isso já não funciona bem e soa como tecnologia obsoleta. Mas, em tempos de smartphone e pessoas com necessidades cada vez maiores de se sentirem conectadas, revisões desse conceito podem fazer sentido e gerar negócios. Ahonen conta que “no Japão, por exemplo, usuários assinam serviços de notícias que são veiculados de forma randômica e constante na tela de descanso do aparelho celular, junto ao relógio”.

Fonte: Administradores