Inovação: Baterias para telemóveis e computadores vão durar dez vezes mais

Novembro 20, 2011 by  
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Uma equipa de cientistas da Northwestern University, nos EUA, descobriu uma forma de aumentar em dez vezes a velocidade a que as baterias de lítio usadas em telemóveis e computadores portáteis são recarregadas. A autonomia dessas baterias também será dez vezes superior às das baterias que actualmente se encontram nas lojas.

Harold Kung e a sua equipa descobriram que, se substituíssem as folhas de silício por pequenos aglomerados da mesma substância, aumentariam a quantidade de iões de lítio que uma bateria consegue comportar. É uma alteração de materiais que permite que uma bateria, depois de carregada, só precise de voltar a ser alimentada passado uma semana.

Por outro lado, a velocidade de carregamento destas novas baterias é acelerada, graças a um processo de oxidação química que abre pequenos orifícios nas folhas de grafeno com a espessura de um átomo. São pequeníssimos buracos, com larguras variáveis entre 20 e 40 nanómetros (subunidade que representa o milionésimo de milímetro), que ajudam os iões de lítio a encontrar lugar para ficarem armazenados mais rapidamente.

Em termos práticos, isto significa que uma bateria de telemóvel ou de computador portátil pode ser completamente recarregada (isto é, a partir do zero) em cerca de 15 minutos. E podem durar uma semana. A equipa que desenvolveu esta tecnologia, do departamento de engenharia química e biológica da Universidade de Northwestern, estima que as baterias possam estar no mercado dentro de cinco anos.

Mas as novas baterias não são perfeitas: após 150 recarregamentos, perdem bruscamente as propriedades que fazem delas excepcionais, a capacidade de recolher e armazenar energia. Ainda assim, sublinha Harold Kung, “mesmo depois de 150 recarregamentos, o que demoraria um ano ou mais, a bateria continuaria a ser cinco vezes mais eficaz do que as baterias de lítio hoje disponíveis”, cita a BBC.

Os cientistas têm estado a trabalhar no melhoramento dos ânodos (ou seja, no que permite às baterias receberem energia). De acordo com a estação de televisão britânica, que refere um artigo publicado pela equipa de investigadores na revista Advanced Energy Materials, o próximo passo é estudar os cátodos, por onde sai a corrente das baterias.

Fonte: Público



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