Marketing: Crise? Lisboa e Porto na rota das marcas de luxo

Dezembro 26, 2011 by  
Filed under Notícias

É certo que o panorama económico nacional não favorece um aumento do consumo de bens de luxo por parte dos portugueses. No entanto, antecipa-se que este segmento não seja afectado pela crise. Isto porque, se em Portugal os consumidores das marcas mais requintadas não forem suficientes para manter as lojas com as portas abertas, é sempre possível contar com quem vem de fora e traz dinheiro no bolso.

Em Junho do próximo ano, Lisboa, escolhida entre 34 cidades, vai acolher uma etapa transatlântica da Volvo Ocean Race, entre os Estados Unidos da América e a Europa. No mês seguinte, em Julho, volta a acolher um evento desportivo marítimo, a The Tall Ships Races, uma corrida de grandes veleiros.

Prevê-se que estes dois eventos tragam a Portugal mais de 1 milhão de visitantes amantes de desportos caros, donos de iates e detentores de grandes fortunas – consumidores perfeitos de marcas como Louis Vuitton, Prada e Hermés.

Lisboa e Porto, cidades das marcas de luxo

Na capital, as marcas luxuosas localizam-se maioritariamente na Avenida da Liberdade, estendendo-se à Rua Castilho e ao Chiado. Já no Porto, a concentração dá-se na Avenida da Boavista, na zona de Avis.

O retalho de luxo privilegia a sua localização no comércio de rua e em zonas onde beneficie do fluxo de clientes das melhores zonas residenciais, hoteleiras e de escritórios.

Em Lisboa e no Porto, a localização das principais marcas de luxo segue igualmente esta tendência. A procura dos destinos turísticos nas duas cidades deve manter-se, ou mesmo aumentar. Ambas são acolhedoras, carregadas de História e têm um clima ameno e convidativo. Para além disso, apareceram no top 10 de grande parte dos rankings ligados ao turismo. Entre eles destacam-se o da Globe Shopper City Index – que colocou Lisboa na sétima posição (num total de 33) entre as melhores cidades para compras em viagens internacionais ¿ e o da Lonely Planet, que considerou a cidade do Porto como o quarto melhor destino mundial em termos de relação qualidade-preço.

É assim, com turistas, que as grandes marcas com lojas nas ruas portuguesas contam continuar a lucrar com os produtos de luxo. Mas também existem truques para convencer aqueles que vivem po cá.

Por causa da crise, houve um adiamento da compra deste tipo de bens, mesmo por parte de gente mais abastada. É preciso que gastos deste género sejam justificados e, para isso, as marcas apostam na individualização dos produtos, de modo a aumentar a ligação emocional com o cliente.

As marcas que apostaram nesta manutenção da exclusividade têm-se revelado menos afectadas em comparação com aquelas que são mais acessíveis monetariamente. A Hermés, por exemplo, teve um aumento no valor da marca de 41%.

Tendo em conta a gravidade da dívida soberana que assola vários países, um pouco por toda a parte, esta evolução positiva que o segmento do mercado de luxo tem vindo a registar só quer dizer uma coisa: quem pode, (ainda) pode.

Fonte: Agência Financeira



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