Inovação: Inovação é a grande aposta para a internacionalização

Janeiro 2, 2012 by  
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Quem não inova desaparece. Esta é máxima que Portugal tenta seguir para a sua internacionalização e por conseguinte conquistar a afirmação e recuperação da situação económica. As tecnologias de informação, dos serviços e da saúde surgem à cabeça, mas há muitas outra áreas em Portugal com bastante potencial de inovação e que podem contribuir para que Portugal seja competitivo no futuro que se deseja urgentemente próximo

Portugal aparece como líder dos países inovadores moderados, à frente de concorrentes como a Espanha e a própria Itália. E a tendência é para crescer mais, reforçando o contributo para a internacionalização do País e, por conseguinte, para a recuperação económica.

As áreas de tecnologia de informação e dos serviços, dos processos industriais e da saúde são, de acordo com a análise do Espírito Santo Research, Innovation Union Scoreboard, editado pela Comissão Europeia, as que mais se destacam, sendo também por isso que o Prémio Nacional de Inovação BES tem evidenciado, “a par das áreas de tecnologias de informação, dos serviços e da saúde, as tecnologias limpas, nomeadamente na área da energia”.

Mas muitos outros sectores estão também a apostar forte na inovação. E a ganhar prémios, nomeadamente a saúde dentária, a indústria alimentar (dos ovos às frutas, em ambos os casos, para aplicações industriais, passando pelo vinho), equipamento e outras aplicações para veículos de duas rodas, equipamento escolar, novas utilizações para derivados de madeira e tintas. E até em indústrias consideradas tradicionais, como o vestuário e o calçado.

Reconhecendo que Portugal apresenta, “como todos os outros países do mundo, uma concentração muito elevada nas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) e da biotecnologia”, Daniel Bessa, presidente da Cotec Portugal, entidade que tem uma vasta experiência e conhecimento do que se faz de inovação, lança um alerta: “Sem prejuízo de casos de grande sucesso, que também os há, diria que o grau de internacionalização das empresas tecnológicas portuguesas é normalmente muito baixo, aquém do desejável – determinando volumes de negócios e níveis de emprego exíguos, que não se mostram suficientes para alterar substancialmente o perfil de especialização da economia portuguesa e o nosso desempenho económico global.”

O professor de Economia aponta para outras áreas onde há ainda muito mais economia portuguesa inovadora, para além das pequenas empresas e dos pequenos projetos que costumamos premiar, até como forma de estímulo ao seu crescimento, dando o exemplo da Portucel-Soporcel, “com grande expressão na economia global, num sector a que os portugueses em geral costumam prestar tão pouca atenção, como a floresta”.

No topo da inovação estão Suécia, Dinamarca, Finlândia e Alemanha, segundo a análise do Espírito Santo Research.

Para lá chegar, defendem muitos empresários e especialistas, é necessária uma estratégia orientada para os resultados. “Não sendo eu um dos maiores apologistas do investimento – sempre uma forma de cash-out (de gastar mais dinheiro), quando o que nós precisamos, inclusive em matéria de inovação, é de mais cash-in (de mais resultados), acho que os passos mais necessários consistem numa maior profissionalização e num maior grau de rigor dos nossos processos de inovação, mais orientados para os resultados económicos propriamente ditos (novos produtos, vendidos a novos clientes em novos mercados, capazes de criarem mais valor – leia-se, mais emprego e emprego mais bem remunerado).”

Ainda assim, os programa de apoio como o do QREN – Programa Operacional de Factores de Competitividade, cujas inscrições abriram dia 23 de dezembro, são de extrema importância.

Neste programa há incentivos para, entre outros projetos, Investigação e Desenvolvimento Tecnológico – Projecto Individual (até ao dia 26 de março deste ano, com uma taxa-base de 25%); Investigação e Desenvolvimento Tecnológico – Núcleos de I&DT (até 17 de fevereiro deste ano com taxa de 25%); Incentivos à Qualificação de PME – Vale inovação (até ao dia 3 de fevereiro deste ano, com 40%, que poderão ser acrescidos de majorações em função do tipo de projeto; Inovação de novos bens e serviços/Novos processos e expansão (até ao dia 11 de abril deste ano2, com apoio até 40%).

Fonte: Diário de Notícias

Marketing: As celebridades mais famosas das redes sociais

Janeiro 2, 2012 by  
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As redes sociais vieram revolucionar a forma como as celebridades comunicam com os fãs e são hoje um meio, por excelência, para autopromoção das «estrelas» mais influentes.

São famosos, ricos e têm ainda outra coisa em comum – admiradores nos quatro cantos do mundo, que os seguem através das principais redes sociais.

Com o fim de 2011 a aproximar-se fizemos a lista das celebridades mais acarinhadas no Twitter e no Facebook.
Os dados, que permitiram a composição dos lugares destas personalidades no ranking, foram obtidos pela revista «Forbes», que analisou números das duas plataformas online, desde o início do ano e até ao passado dia 20 de Dezembro.

1 – Lady Gaga:A excêntrica cantora Lady Gaga é a estrela mais popular no Twitter, no entanto, parece não ser uma grande utilizadora da rede social. Este ano a performer mais bem paga do planeta ganhou um total de 90 milhões de euros, um número nada próximo dos apenas 1,168 tweets que publicou, também em 12 meses, naquela plataforma online. Já no Facebook Lady Gaga tem 45,7 milhões de fãs.

2 – Justin Bieber:O jovem canadiano, que ficou famoso depois de ser descoberto a partir dos vídeos que publicava no Youtube, aparentemente deu continuidade à paixão pela interecção virtual. Actualmente Bieber tem 15,4 milhões de admiradores no Twitter – menos 1,6 milhões em relação a Gaga – mas é mais assíduo do que a cantora na proximidade com os fãs. Este ano, o fenómeno de milhares de jovens do planeta publicou 10 vezes mais tweets, quando comparado com Gaga. No Facebook, Bieber tem 38,2 milhões de fãs.

3 – Katy Perry:Perry não utiliza apenas a rede social para promover o seu trabalho, mas para publicar vídeos, fazer comentários pessoais e falar com os admiradores. Esta utilizadora frequente fez mais de três mil tweets, este ano, e tem 12,8 milhões de seguidores. No Facebook, a cantora pop tem um total de 36,8 milhões de fãs de todo o mundo.

4 – Shakira:A colombiana Shakira parece ter uma legião fiel de fãs. Na rede social Twitter, mais de 11 milhões de pessoas seguem o que diz e consultam a sua página pessoal. Este ano, a cantora publicou mais de 3.800 comentários e, na página pessoal do Facebook, tem um total de 42,8 milhões de amigos, fãs e admiradores.

5 – Barack Obama:O presidente dos Estados Unidos da América conseguiu, neste ranking anual, surpreender tudo e todos ao ficar à frente de vários ícones mundiais das indústrias da música e do espectáculo. Obama tem 11,6 milhões de seguidores no Twitter, e precisamente 24 milhões de fãs na página pessoal do Facebook.
Em agradecimento a quem o acompanha, o presidente norte-americano publicou, em 2011, 2.333 milhões de tweets/i>. Um dos mais recentes comentários informava aos fãs: «Digam ao Congresso que não é altura de aumentar impostos às famílias da classe média».

6 – Rihanna: A estrela da pop de 23 anos, que actuou no Pavilhão Atlântico no passado dia 17, é a segunda com mais fãs no Facebook. Já no Twitter, que usa para promover os álbuns que lança, bem como falar com os admiradores Rihanna tem 10,7 milhões de seguidores que, este ano, brindou com 3.842 comentários.

Fonte: Agência Financeira

Inovação: 10 tendências para 2012

Janeiro 2, 2012 by  
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O Negócios fez 10 trabalhos sobre outras tantas tendências para 2012, e a forma como vão condicionar a política, a economia e a sociedade portuguesa. Na edição de segunda-feira será publicada a última destas análises, sobre as funções do Estado. Hoje, damos-lhe os factos mais relevantes de cada uma das tendências

Soberania

CEE, Maastricht e euro: marcos de perda de poder
A adesão à CEE é um marcado na história económica e política nacional. Ao passar a integrar um espaço comum, Portugal passa a aceitar ceder o seu poder de decisão em numerosas áreas para um directório, formado pelos seus parceiros comunitários. Na área económica, o levantamento das restrições alfandegárias e a liberalização dos movimento de capitais, numa primeira fase, e a assinatura do Tratado de Maastricht, numa segunda, são marcos importantes. Maastricht traz consigo as sementes do euro, e das instituições que o governam, subtraindo aos países a possibilidade de terem política monetária própria. A política cambial fica também completamente manietada a partir de 1999. Restou aos Estados a política fiscal e a orçamental.

Troika colocou Portugal com rédea curta…
Desde Maio de 2011, altura em que assinou o memorando com o FMI/BCE/Comissão Europeia, que Portugal prescindiu dos dois instrumentos de política económica que lhe restavam: a política fiscal está nas mãos da troika, tal como a política orçamental, ambos subju-gados ao propósito da consolidação.

… E o eixo franco-alemão pode apertá-la
O futuro depende das soluções que forem encontradas pelos líderes europeus para a crise do euro. Mas, caso as propostas avançadas pelo eixo franco-alemão avancem, Portugal verá a sua capacidade para decidir onde e como aplicar os impostos dos seus cidadãos a encolher significativamente.

Emigração

“Boom” da emigração igual ao dos anos 60
Os especialistas em migrações não têm dúvidas de que a “sangria” de portugueses para o estrangeiro irá acentuar-se a partir de 2012.

Jovens qualificados na porta do embarque
A emigração iletrada dos anos da ditadura dará lugar a uma massa de portugueses licenciados, que não encontram empregos qualificados.

Saída do país com carácter permanente
O pensamento de uma emigração transitória que marcou o séc. XX (ainda que depois “eternizada” na prática) dá lugar a planos de saída mais permanentes de jovens com menos ligação familiar.

Angola e Brasil no horizonte
João Peixoto, do Observatório daEmigração, nota a tradicional buscade novos destinos. Depois do Brasil,França, Luxemburgo, Suíça, MédioOriente e Alemanha, os “novos”viram-se agora para Angola e Brasil.

Incentivo inédito do governo
Três governantes arriscaram sugerir aos compatriotas qualificados que encontrem lá fora os empregos que a economia nacional não lhes oferece.


Novas oportunidades

Ciências da vida e saúde em crescimento
As novas oportunidades de negócio estão a aparecer nas ciências de vida e de saúde, não apenas pela evolução tecnológica, mas pela necessidade de se endereçar o aumento da esperança de vida e pelas restrições orçamentais que obrigam a corte de custos.

Novas competências na saúde
Dada a associação das tecnologias à saúde começa-se a criar a necessidade de haver equipas multidisciplinares a trabalhar nesta área de investigação e empresarial.

Sectores ligados às tecnologias
A evolução tecnológica está a trazer novas formas de trabalhar e de viver. E surgem oportunidades ligadas às tecnologias nas mais diversas áreas. O que implicará recursos qualificados nesta área.

Mais profissionais não qualificados
Apesar das tendências descritas acima, continuará a haver procura por profissionais não qualificados, nomeadamente ligados aos comércio e serviços, assim como na indústria transformadora, minas e construção civil, isto tendo em conta as ofertas nos centros de emprego.

Regulação financeira

Reforço da regulação do sector financeiro
Os reguladores internacionais vão continuar a mover-se com o objectivo de tornar mais sólidas as instituições financeiras, procurando evitar que voltem a ter de ser resgatadas com dinheiro dos contribuintes.

Separação na banca
Os reguladores dos EUA, do Reino Unido e da Europa Continental estão a promover a separação entre o investimento nos mercados e a gestão das poupanças dos cidadãos e empresas.

Harmonização das regras
Um dos principais obstáculos está relacionado com as diferenças que existem entre os principais blocos económicos mundiais. Os países do G20 têm conseguido consensos importantes, mas continuam a permitir oportunidades de arbitragem regulatória.

Europa

Euro resiste, resta saber com quem
A maior parte dos analistas políticos, casas de investimento e até agências de “rating” continua a cifrar em mais de 50% a probabilidade de a união monetária europeia resistir à crise. A emergência de um núcleo duro dentro do euro, em torno da Alemanha e dos que partilham a sua tradição orçamental, é uma hipótese (sempre) em cima da mesa. A questão decisiva prende-se com o encaixe da França. É preciso esperar pelas eleições presidenciais de Maio de 2012.

UE flexível a entradas e às primeiras saídas
Já hoje a União Europeia se desenvolve em torno de eixos distintos para acomodar essencialmente o Reino Unido, que não quer fazer parte do euro nemdo espaço de livre circulação de pessoas. Poderá tornar-se num modelo mais flexível para acomodar novas adesões (sobretudo quando se pensa, a prazo, numa Ucrânia). Já quanto à ruptura como Reino Unido ninguém acredita que resulte num abandono da UE.

Guerra cambial contra a globalização
Proteccionismo, na forma menos ostensiva mas não menos corrosiva da guerra cambial, é uma tendência forte para 2012. Porque igualmente forte é a probabilidade de regresso a um quadro recessivo de toda Europa e até dos EUA, onde Barack Obama procurará ser reeleito em Novembro. A China voltará a ser o principal alvo. Porque a valorização do yuan será fundamental para os “velhos ricos” recuperarem alguma competitividade.

Direitos e deveres

Menos emprego
Com cerca de 700 mil pessoas oficialmente identificadas como desempregadas, a taxa de desemprego está no máximo histórico de 12,4%. Todas as previsões apontam para um agravamento da situação nos próximos anos. A Segurança Social assume que a taxa ficará acima dos 10% até 2015.

Mais trabalho
O tempo de trabalho vai aumentar em duas horas e meia por semana, no privado, sem acréscimo de retribuição. A redução da compensação por horas extraordinárias vai cair e serão introduzidos regimes de flexibilidade. Por outro lado, em muitas empresas há menos pessoas, pelo que cada uma terá de se esforçar mais.

Menor salário
Os funcionários públicos vão perder parte, ou a totalidade, do subsídio de férias e de Natal. O aumento do trabalho no sector privado, aliado à redução de férias e de feriados, implica um corte indirecto no sector próximo dos 10%. O salário mínimo não vai subir e o alcance dos aumentos negociados em contratação colectiva será limitado pelo Governo, que já anunciou que não vai publicar portarias de extensão. As horas extraordinárias sofrem um corte e há muitas empresas que fazem acordos ilegais para a redução de salários. As prestações sociais serão menos generosas e os impostos sobre o rendimento vão subir.

Viver sem crédito

Contas caucionadas diminuídas nas PME
Um dos instrumentos de tesouraria para as PME são as contas a descoberto, mas estas vão continuar a ser cortadas.

EP Têm de conter endividamento
Os alertas já foram dados. As necessidades de financiamento das empresas públicas estão a cortar crédito à economia. Em 2012, os limites ao endividamento das empresas vão apertar. Terão de o fazer, em muitos casos, junto do próprio Estado.

Famílias terão de viver com menos créditos
A tendência deste ano da banca de reduzir créditos às famílias vai continuar. Os particulares vão ter de pedir menos dinheiro emprestado aos bancos e assistirão, simultaneamente, ao agravamento das condições contratuais.

Banca tem de reforçar
rácios de capital As restrições de crédito à economia têm uma origem. A própria banca tem de reduzir a carteira de crédito, em percentagem dos depósitos.


Poder

Mais troika, menos estado
O programa de ajuda a que Portugal está submetido diminui o espaço de manobra do Governo, na exacta proporção em que aumenta os poderes da troika que fiscaliza as contas públicas e a execução do calendário de reformas.

Estrangeiros no lugar de nacionais
A crise económica e financeira em Portugal gera uma necessidade de liquidez aproveitada por investidores estrangeiros de diversas nacionalidades, com destaque para os angolanos, brasileiros e, mais recentemente, chineses.

Privados de olhos
nas “jóias da coroa” A onda de privatizações, desencadeada pela necessidade do Estado em realizar receita, abre a porta aos privados em sectores como as águas, aviação, correios, televisão, ou transportes públicos.

Capital forte para dívida fraca
Quem tem capital vê o seu poder relativo na escala do poder aumentar em proporção da fraqueza dos endividados, num contexto em que o preço da dívida ficou mais caro e obrigou ao reforço de garantias na sequência da detrioração da qualidade dos créditos.

País mais pobre

Corte nos rendimentos e aumento dos custos
O leque de medidas que o Governo, estimulado pela troika, tomou, vai conduzir a uma redução dos rendimentos, por um lado, e a um agravamento dos preços dos bens e serviços, por outro.

Portugueses perdem poder de compra
Salários e pensões mais baixos, bem como prestações sociais menos generosas e acessíveis, vão deixar os portugueses com menos dinheiro. Por outro lado, os preços cobrados pelos bens e serviços vão aumentar. Com isso, reduzem-se as importações e diminui-se o défice comercial. O aumento da receita fiscal, combinado com a quebra na despesa pública, endireita o défice público. A quebra do consumo reduz margens das empresas e agrava o desemprego.

As funções do Estado

Menos empresas públicas
O Estado vai diminuir a sua presença no sector empresarial, com a extinção já anunciada de algumas empresas. Mas a agenda implica um plano de privatizações, deixando o Estado de estar na energia, nas comunicações, na aviação e parcialmente nas águas. Nas autarquias, espera-se também a redução de empresas municipais.

Reforço da regulação
O Governo tem falado na necessidade de reforçar a regulação, conferindo aos reguladores mais autonomia e independência. Está, para isso, a realizar um estudo sobre todos os reguladores.

Menos investimento público
O investimento promovido pelo Estado continuará a encolher, chegando aos dois dígitos de contracção no próximo ano (-13%).

Racionalização de estruturas
Está prevista extinção e fusão de organismos públicos nos ministérios. O Governo diz que reduzirá 40% das organismos, um conceito que pode abarcar tanto direcções-gerais, como comissões de estudo. A poupança prevista é de 100 milhões de euros em 2012.

Serviços públicos mais caros
Serviços como a saúde vão aumentar para a generalidade dos cidadãos, com a subida das taxas moderadoras no acesso a consulta e urgências, mas também com a redução das comparticipações pela via fiscal.

Fonte: Jornal de Negócios