Marketing: Internacionalização deve passar por nichos gourmet

Janeiro 25, 2012 by  
Filed under Notícias

O sector agro-alimentar, particularmente os nichos gourmet, devem ser uma das grandes apostas na internacionalização da economia portuguesa, com destaque para o azeite, vinhos, conservas e derivados do tomate, defende a SaeR.

Segundo o relatório de Dezembro da Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco (SaeR), hoje apresentado, a nível mundial «o sector agro-alimentar gourmet tenderá a crescer, em média, 2,3% ao ano nos próximos cinco anos», já que «estudos internacionais apontam para que seja relativamente imune à crise financeira e económica internacional».

«Este nicho, constituído por consumidores de rendimentos mais elevados, não tem reduzido as suas compras; pelo contrário, regista-se um aumento considerável da procura de bens topo de gama, desde o azeite ao vinho, conservas e preparados de sofisticação elevada, pastelaria de requinte, etc.», refere.

Neste sentido, e representando actualmente o sector agro-alimentar 13% do total nacional, a SaeR defende que «este desempenho pode ser substancialmente reforçado se forem conjugados esforços de articulação».

«O segmento de mercado gama média/alta tenderá a manter os níveis de consumo nos mercados tradicionais e a crescer nos grandes mercados dos BRIC (particular ênfase na China e Índia), onde emerge uma classe média com elevado poder de compra e elevadíssima propensão ao consumo de produto estrangeiro», lê-se no relatório da SaeR.

«Paralelamente ¿ acrescenta ¿ os nichos gourmet estão em crescente expansão em todos os mercados BRIC, nos EUA e Canadá, bem como nos países europeus».

Para a SaeR, a aposta de Portugal neste sector deve passar pelos produtos derivados do tomate (incluindo tomate para a indústria, azeite, vinhos de mesa e vinhos fortificados, conservas de fruta, lacticínios de prestígio, enchidos e, ainda, por «todo o sector das bebidas (nomeadamente sumos de fruta e águas minerais) e pastelaria de prestígio».

Aqui, destaca, a produção portuguesa possui «condições interessantes de competitividade» que justificam «uma aposta clara no reforço da estratégia promocional (até agora frágil e não continuada) quer nos mercados externos tradicionais, quer nos emergentes».

Segundo salienta, «justifica-se igualmente uma abordagem inovadora para os mercados africanos de língua oficial portuguesa, onde existem nichos de mercado muito relevantes por explorar».

«Uma estratégia para a penetração focalizada do sector agro-alimentar nos mercados externos pode constituir um exemplo central das novas prioridades dos apoios financeiros da UE, como contributo incontornável para o crescimento da economia portuguesa já no médio prazo», conclui a SaeR.

Fonte: Agência Financeira



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