Marketing: Um em cada quatro americanos já possui tablet

Pelo menos um em cada quatro norte-americanos já possui um tablet ou e-reader, o que faz com que os aparelhos deixem de ser vistos como produtos de nicho para um público mais sofisticado e se transformem em tendência para mercado de massa. Segundo pesquisa da Pew Internet, as vendas, que dobraram no período do Natal em relação a 2010, foram puxadas pela oferta de gadgets mais econômicos, como o Kindle Fire, da Amazon.

O levantamento apontou ainda que, ao considerar apenas adultos e somando tablets e e-readers, cerca de 29% dos americanos já possuem um equipamento do tipo. Em dezembro, antes do Natal, o patamar estava em 18%. Separadamente, a penetração de mercado tanto de tablets como de e-readers passou de 10% para 19% da população adulta.

Embora não revele qual equipamento agradou mais os consumidores, o salto em vendas coincidiu com o lançamento de dois aparelhos, o Kindle Fire da Amazon e o Nook, da Barnes and Noble. O Kindle é vendido por US$ 199 nos Estados Unidos, mas há versões que custam menos do que US$ 100.

Os pesquisadores da Pew acreditam que a introdução desses aparelhos mais acessíveis pode mudar o mercado. “Até setembro, os números do mercado se mantinham os mesmos, mas com a chegada dos dois aparelhos, houve uma mudança profunda e rápida nas vendas de tablets e e-readers”, diz o relatório. Para corroborar essa tendência, a pesquisa mostra que em termos de etnia, os afrodescendentes (21%) e os hispânicos (21%) possuem hoje mais tablets do que a população branca (19%) do país. Quanto à faixa etária, a maior parte dos proprietários de tablets, cerca de 27%, está entre 30 e 39 anos, seguidos do público entre 18 e 29 anos, perto de 24%. Em terceiro, aparecem os americanos entre 50 e 64 anos, com 15%.

Quando se trata de educação e renda, aí sim os tablets ainda se mostram como produto para elite: 31% dos proprietários tem nível superior, contra 10% que não finalizaram a universidade. E 36% estão na faixa mais alta de ganhos, acima de US$ 75 mil no ano, contra 20% que ganham de US$ 50 mil a US$ 74.999,99, e 16% que ficam entre US$ 30 mil até pouco abaixo de US$ 50 mil.

Já os e-readers, mais econômicos, estão espalhados de forma mais uniforme entre quem ganha de US$ 30 mil até quase US$ 75 mil (19% cada), enquanto 31% estão na faixa mais alta.

Fonte: Época Negócios