Marketing: Empresas apostam cada vez mais em mercados fora da UE

Fevereiro 29, 2012 by  
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Crise obriga a procurar mercados alternativos. Angola, EUA, Brasil e China são apetecíveis, mas levantam dificuldades.

Diversificar, diversificar e diversificar. Numa altura em que a economia europeia definha, as empresas são obrigadas a procurar outros mercados fora do Velho Continente. Mas exportar para fora da União Europeia, sobretudo para alguns mercados da América do Sul e da Ásia, traz algumas dificuldades que não surgem no mercado comunitário. O truque, dizem as associações empresariais, passa por analisar as características dos mercados que estão em crescimento e perceber em quais vale a pena apostar, sem esquecer os clientes europeus.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações nacionais somaram em 2011 cerca 42,4 mil milhões de euros, o número mais alto dos últimos quinze anos. E isto aconteceu num ano em que “a vertente extracomunitária das exportações representou 27,6% das exportações totais de bens e serviços, isto é, ao peso mais elevado dos Países Terceiros no comércio internacional português, desde 1996”, explica fonte oficial da AICEP, que frisa que “esta é uma tendência que importa reforçar”.

E numa altura em que África, com Angola e Moçambique à cabeça, já absorve uma percentagem relevante de produtos portugueses – Angola tornou-se o quarto maior parceiro comercial do país no ano passado – as empresas começam a virar-se para outros mercados mais afastados. “Estamos a olhar, sobretudo, para duas áreas: EUA e Brasil”, diz Manuel Oliveira, da Cefamol – Associação Nacional da Indústria de Moldes -, acrescentando que “também é preciso olhar para o México e a Europa de Leste”. Mercados semelhantes são referidos por Paulo Vaz, da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), o qual avança que o sector está a “tentar recuperar o mercado norte-americano, ao nível do têxtil lar, do vestuário e dos tecidos de alta qualidade” e a explorar mercados na América Latina, “como o México, a Colômbia, o Brasil, Argentina e Peru”. E lembra ainda que “a Ásia tem grande potencial, incluindo a própria China, que compra produtos de alta qualidade, e o Japão”.

Fonte: Económico



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