Empreendedorismo: Capitais de risco têm 150 milhões para financiar projectos

Março 2, 2012 by  
Filed under Notícias

Há ainda mais 42 milhões disponibilizados pelos business angels para empresas criadas há menos de três anos, no Norte, Centro e Alentejo.

Capital de risco e business angels são expressões que, para muitos empresários, são ainda completamente desconhecidas. Mas podem ser alternativas para muitos, num momento de difícil acesso ao crédito. Até porque existem presentemente cerca de 150 milhões de euros disponíveis para apoiar as empresas.

A operação é simples: consiste em tomar uma participação minoritária no capital social de uma empresa, assegurando assim o suporte financeiro ao seu desenvolvimento. O objectivo é conseguir a valorização da empresa para que, a médio/longo prazo, a capital de risco possa vender a sua posição, ganhando dinheiro.

A capital de risco pode ser uma espécie de sócio minoritário, temporário, altamente interessado e empenhado no sucesso da empresa para poder ganhar dinheiro com a aposta que fez na empresa. Por isso, esta pode não ser uma solução para todas as empresas, já que é necessário ter um verdadeiro potencial de crescimento para interessar estes investidores. Além disso, as capitais de risco também não são um substituto do crédito bancário. Podem complementá-lo ou até potenciá-lo, porque o facto de uma capital de risco se interessar por uma empresa pode ser entendido como um sinal de credibilidade e potencial da mesma.

As empresas podem recorrer às capitais de risco em diferentes fases da sua vida, no momento da criação (Seed Capital e Start-up), da sua expansão ou reorientação estratégica (Turnaround) ou ainda para em operações de Management Buy Out (MBO) e Management Buy In (MBI).

No mercado existem várias opções: as públicas e as privadas. Ao nível estatal está em curso a reestruturação das capitais de risco que passa pela concentração numa só entidade de todas as capitais (InovCapital, AicepCapital, Turismo Capital, PME Investimento e Caixa Capital) chefiada por José Epifânio da Franca e Luís Filipe Carvalho Lopes. Mas no mercado privado há muitos mais. Inclusivamente, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o programa Compete aprovou a constituição de 21 fundos de capital de risco dos quais 13 já estão em pleno funcionamento – alguns vocacionados para áreas específicas (ver em www.pofc.qren.pt/areas-do-compete/financiamento-e-capital-de-risco/fundos-de-capital-de-risco) – bem como o financiamento de 54 sociedades de business angels criadas e já em funcionamento.

Ao nível dos business angels o fundo de co-investimento criado é dotado de 42 milhões de euros: 28 milhões procedem de fundos comunitários (FINOVA), 12,5 milhões de investidores privados (cerca de 200) e 1,5 milhões da Caixa Capital. Os projectos elegíveis são de empresas criadas este ano, ou no máximo em 2009, nas regiões Norte, Centro ou Alentejo. Além disso, as empresas devem operar nas áreas da indústria, energia, construção, comércio, turismo, transportes/logística, serviços.

Fonte: Económico



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