Inovação: Brasileiros fazem fortuna com novas ideias na internet

Abril 19, 2012 by  
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Os brasileiros que fizeram mais sucesso no exterior entre os nascidos nos anos 70 talvez tenham sido os atletas Ronaldo Nazário, o Fenômeno, e Gustavo Kuerten. Eles ainda são de uma época em que para ser jovem, famoso e rico era preciso ser ídolo em algum esporte, integrar uma banda de rock ou atuar em novelas.

Tudo mudou com a nova geração, nascida no final dos anos 80 e começo dos 90, que praticamente se alfabetizou depois de a internet ter se popularizado. Entre esses jovens, dois brasileiros fizeram uma fortuna que estaria nos sonhos até mesmo de craques do Barcelona.

Eduardo Saverin foi o primeiro deles, ao transformar-se em cofundador do Facebook. Segundo a revista Forbes, ele integra a lista dos bilionários mundiais. Outro novo milionário do mundo digital é o brasileiro Mike Krieger, que estampou as capas do New York Times e do Wall Street Journal na semana passada, depois de vender o Instagram, um aplicativo de compartilhamento de fotos no celular, justamente para a gigante rede social.

Por ter 10% da empresa, Krieger, criado num condomínio de Alphaville, ou brasileiro “by birth”, como ele se descreve no Twitter, tem agora cerca de US$ 100 milhões entre dinheiro e ações do Facebook, a nova proprietária do Instagram.

Em comum, os dois estudaram em algumas das universidades mais renomadas do mundo. Saverin se graduou em Harvard, onde fundou o Facebook com Mark Zuckerberg. Krieger é de Stanford, na Califórnia. Ele ainda vive no Vale do Silício, onde o cofundador do Facebook também já viveu.

Muitos brasileiros dessa nova geração têm se mudado para os Estados Unidos em busca do sonho de conseguir o mesmo sucesso de Saverin e de Krieger. Como os dois, também ingressam em universidades de renome e acabam indo para a Califórnia não para surfar ou ser artista de cinema, como os jovens do passado, mas para tentar ser o próximo prodígio do mercado tecnológico, criando um produto que encante o mundo.

No topo dessa lista está a brasileira Bel Pesce, que nasceu em uma família de classe média de São Paulo e estudou no colégio Etapa. Foi aceita no MIT e, de cara, precisou lidar com o seu primeiro problema: pagar a anuidade de cerca de US$ 40 mil. Como seus pais não podiam ajudá-la, ela trabalhou em empresas como Google, Microsoft e Deutsch Bank, além dos departamentos de Matemática e Economia do MIT e no prestigioso Media Lab.

Hoje, Bel vive no Vale do Silício e comanda o Lemon, um aplicativo para celulares que serve para organizar os gastos. “Observamos que os smartphones mudaram o comportamento das pessoas de muitas maneiras”, disse Bel. Ela exemplifica: “Não há mais necessidade de carregarmos uma câmera, mas, por outro lado, ainda carregamos carteiras cheias de recibos, cartões e muito mais, por isso acreditamos que o celular poderá se transformar em uma carteira inteligente, com muito mais recursos”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Época Negócios

Inovação: Sabe jogar ping-pong? Estes robots sabem

Abril 19, 2012 by  
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Há muitos anos que as máquinas têm vindo a conseguir substituir algum trabalho humano. Agora, até jogam ténis de mesa.

Wu e Kong são os dois robots nascidos numa universidade na província de Zhejiang, na China, e que exibem os seus dotes nas mesas de ping-pong por todo o campus universitário.

Com 1,60 m e 55 kg, os irmãos «humanoides» estão programados para efectuar sete movimentos diferentes, entre eles, receber, devolver e marcar pontos com uma bola e raquetes de ping-pong.

De acordo com especialistas da universidade, a chave para esta capacidade reside nas câmaras instaladas nos olhos dos robots, e que lhes permitem prever a trajectória das bolas, respondendo com sucesso às jogadas que se seguem.

Cada câmara capta 120 imagens por segundo, que são depois transferidas para os processadores das máquinas que, por sua vez, calculam o posicionamento da bola, a velocidade, o ângulo, a trajectória e o local da aterragem na mesa, escreve a agência chinesa Xinhuanest.

Wu e Kong demoram entre 50 a 100 milésimos de segundos a responder a uma jogada do adversário e a sua capacidade de prever o sítio onde a bola parará, tem uma margem de erro de quase três centímetros.

Os robots chineses têm jogado um contra o outro numa mesa da Universidade de Zhejiang, à semelhança de qualquer estudante, porém, com a diferença de estarem sob o olhar atento e constante de engenheiros e jornalistas daquele país.

Fonte: Agência Financeira

Marketing: Fotografia é o motor das redes sociais

Abril 19, 2012 by  
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Em 2006, o Google, já um gigante da internet, desembolsou 1,65 bilhão de dólares para adquirir um serviço nascente e promissor, o YouTube, site de compartilhamento de vídeos. O negócio parecia prenunciar a era do vídeo, animada pelas câmeras caseiras digitais. A impressão geral era que o formato esmagaria outros registros, como a fotografia. Eis que, passados seis anos, outro gigante, o Facebook, voltou a provocar frisson ao anunciar a aquisição do Instagram, aplicativo para smartphones e tablets cuja matéria-prima são as fotos, não o vídeo. É fácil entender por que Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, está disposto a desembolsar a montanha de dinheiro. Hoje, 70% de todas as interações feitas pelos mais de 800 milhões de usuários da rede são relativas a fotos. Ou seja, a fotografia ainda fisga nosso olhar. Simultaneamente, dentro da web – e também fora dela –, a fotografia não para de se multiplicar. Estima-se que, a cada dois minutos, tiram-se pelo mundo mais fotos do que todo o século XIX produziu.

A história da ascensão da fotografia no mundo digital começou a ser escrita em 1997, quando foi lançado o primeiro modelo comercial de câmera digital: a Sony Mavica. O resultado foi percebido quase instantaneamente. Na década de 1990, o número de fotos produzidas cresceu 50%, chegando, em 2000, a 86 bilhões de cliques ao ano, segundo cálculos de Jonathan Good, consultor de redes sociais, a partir de dados da Kodak e da Enciclopédia Digital de Negócios.

Passada uma década, esse número chegaria a 360 bilhões de fotografias anuais, alta de 340%. Além da câmera digital, há mais três elementos a alimentar essa evolução: os celulares, que incorporaram as câmeras, as redes 3G, que permitem a transmissão de dados (e de fotos) em alta velocidade, e, por fim, as redes sociais, que facilitam sua distribuição. Segundo pesquisa da empresa da análise de mercado NPD Group, em 2011, 27% de todas as fotos produzidas pelos americanos foram feitas a partir de smartphones – um avanço de 60% em relação ao ano anterior. A tendência é que o processo se acentue com o avanço da rede 3G, usada por 1,2 bilhão de pessoas e que, em 2016, deve se estender a 10 bilhões de aparelhos, segundo a União Internacional de Telecomunicações. Isso vai municiar um exército de fotógrafos.

“Muitas vezes, é mais fácil fazer o upload de uma foto em alguma rede da internet do que sentar e escrever um texto”, diz o americano Rudy Adler, cofundador do 1000Memories, serviço virtual que se dedica à preservação de fotos antigas, tentando explicar a ascensão da foto no mundo digital. Ele aposta que, embora os vídeos sigam em alta, as fotos podem ser até mais populares do que as imagems em movimento em algumas situações. “No Facebook, por exemplo, as fotografias são mais compartilhadas a partir do botão Curtir do que os vídeos”, diz Adler. Trata-se de uma questão de tempo, um bem precioso nos dias de hoje. Quem observa uma foto pode decidir quanto quer se dedicar a ela: pode ser meio segundo, pode ser uma hora. Quem assiste a um vídeo, ainda que o faça parcialmente, tem de obedecer minimamente a um prazo imposto por seu autor. “O vídeo demanda mais tempo de quem o faz e de quem o aprecia.”

Nas redes, é mesmo o Facebook quem encabeça o movimento. A cada dia, em média, usuários confiam 250 milhões de fotos ao serviço. A torrente faz com que o repositório de imagens da rede tenha crescido 14 vezes em um período de apenas três anos (2008 a 2011), atingindo incríveis 140 bilhões de fotos no fim do ano passado. O sucesso é tamanho que, atualmente, o acervo é 23 vezes maior do que o do Flickr, site criado especificamente para abrigar fotos de usuários. A diferença é que o Facebook criou mecanismos para que seus afiliados não apenas armazenem, mas também compartilhem suas criações e, assim, passem mais tempo ali.

Não por acaso, a mais importante mudança no serviço, anunciada no fim do ano passado, foi a criação da Timeline, na qual o usuário é incentivado a publicar fotos feitas muito antes do aparecimento da rede, em 2004. O propósito, na verdade, é retroceder até o nascimento do usuário. “A Timeline é o maior indício de que o Facebook busca estimular o compartilhamento de imagens. É a prova de que a foto é valiosíssima para a rede”, diz Eric Messa, coordenador do curso de extensão em mídias sociais da FAAP.

Criado em 2010 pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Michel Krieger, o Instagram usa a mesma matéria prima, as imagens. Disponível para dispositivos móveis movidos pelos sistemas operacionais iOS (Apple) e Android (Google), o aplicativo recriou o tradicional álbum de fotos. Ele oferece a seus usuários filtros que, a um só tempo, envelhecem e garantem frescor às imagens. Faz lembrar o ditado “tudo o que é muito velho parece moderno”. E pegou. Mais de 35 milhões de usuários adotaram o programa em suas maquininhas de mão e não se cansam de replicar pela rede suas fotos ligeiramente modificadas. “Os filtros são mesmo o segredo do Instagram. Os efeitos alteram a informação contida nas fotos. Isso torna a experiência de apreciar essas imagens prazerosa, pois estimula diferentes áreas do cérebro”, diz Fernando Fogliano, especialista em ciências cognitivas (e também fotógrafo).

O Pinterest avança pela mesma seara. Aliás, é a rede social que mais avança no mercado americano. Criado em 2010, o serviço registrou em março a marca de 104 milhões de visitas, ficando atrás apenas do Facebook (7 bilhões) e Twitter (182 milhões), segundo a empresa de métricas Experian. A rede se apóia nas imagens, mas não só. Sua maior força talvez esteja em oferecer aos usuários uma espécie de ferramenta para organizar o mundo à moda dos antigos quadros de cortiça, em que eram pregadas fotos e anotações. No mural virtual, pode-se reunir listas de receitas, roupas, acessórios, paisagens, comidas, penteados e o que mais permitir a imaginação. É o despertar do tão antigo quanto permanente desejo humano de colecionar e, portanto, organizar coisas.

Do Tumblr vem outro sinal do poder das fotografia em rede. O site, misto de plataforma de blogs e rede social, divide com o Pinterest o posto de segundo serviço ao qual usuários dos Estados Unidos mais dedicam tempo: são exatos 89 minutos ao mês (o Facebook devora 405 minutos mensais dos americanos), segundo a empresa de medição virtual comScore. Ali, são postados diariamente 55 milhões de posts em média: metade deles são fotos; vídeos, textos e áudio se acotovelam nos 50% restantes. “A maior virtude do Tumblr é sua simplicidade”, diz a brasileira Regina Gotthilf, gerente de internacionalização da empresa. Facilidade inclusive para compartilhar imagens.

O desejo que anima usuários a produzir e compartilhar fotos e mais fotos pode variar. Do registro histórico à pura exibição, passando pelo envio de uma recordação aos amigos distantes. O efeito desse gesto simples sobre os autores é quase sempre positivo, concluiu uma pesquisadora americana que dedicou um ensaio ao assunto. “Pessoas que armazenam muitas fotos em seus perfis em redes sociais costumam apresentar maior autoconfiança, se comparadas a outras que não valorizam imagens em suas páginas pessoais”, diz Amy Gonzales, pesquisadora de mídia e psicologia da Universidade Cornell. “A rede pode ser, sim, favorável à autoestima, pois ali seus usuários descobrem o que têm de melhor, e expõe isso.”

Fonte: Exame Brasil