Inovação: Como o crowdsourcing mudou a IBM, Nokia, 3M e Tecnisa

Julho 9, 2012 by  
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Até 2006, o outsourcing era um termo utilizado para designar uma ação na qual as empresas procuram mão-de-obra terceirizada, ou seja, fora de suas companhias, para realizar determinados serviços e tarefas. No entanto, depois de um artigo na revista Wired, escrito pelo jornalista Jeff Howe, o conceito ganhou uma nova ramificação chamada crowdsourcing, mostrando o potencial do Poder das Multidões – por acaso, título do livro de Howe sobre o assunto, lançado dois anos depois.

Realizada pela segunda vez no Brasil, a Conferência Crowdsourcing de Co-criação e colaboração reúne em São Paulo especialistas sobre o assunto e representantes de grandes empresas que decidiram abrir setores para receber ou oferecer posições de trabalho para qualquer um que estivesse disposto a realizar um projeto, escrever sobre um assunto, aprender ou simplesmente ajudar o próximo, às vezes sem ganhar nada por isso.

Parece utópico? Não está tão distante quanto parece – basta pensar que dois produtos extremamente conhecidos e utilizados em larga escala no mundo surgiram de iniciativas de crowdsourcing: Wikipedia e Skype. Foi com exemplos assim que Shaun Abrahamson, fundador da Mutopo, empresa de consultoria de social production, realizadora do evento, abriu o ciclo de palestras

Invasão da multidão
“Está é uma década de guerra do crowdsourcing. Vimos o fim de todo o negócio de enciclopédias e o Skype, que demorou menos de uma década para transformar a economia de [conferências] por áudio e vídeo”, exemplificou Shaun. Em seguida, o executivo mostrou exaustivamente uma série de exemplos de empresas que estimularam modelos de negócios através do crowdsourcing em áreas como saúde, educação, entretenimento, atendimento ao consumidor, entre outros.

O executivo dissertou como empresas como a ZocDoc, um site que permite fazer agendamentos online de consultas e agrega avaliações dos pacientes, para que possam identificar os melhores profissionais, o Duolingo, que oferece a possibilidade do usuário aprender uma nova língua enquanto traduz excertos de textos, enquanto, ao mesmo tempo, faz parte de um projeto para traduz a web, o suporte técnico da HP, que faz com que os consumidores ajudem uns aos outros (“um exército de voluntários contra o suporte pago”, de acordo com a definição de Abrahamson), o projeto Life in a Day do YouTube, que pediu para que as pessoas gravassem seus próprios vídeos para que, ao final, o material fosse compilado e editado na forma de um documentário, entre outros exemplos.

Nesta mesma mesa de debate, estavam representantes de quatro grandes empresas que exibiram cases com exemplos de como o crowdsourcing pode ter diferentes aplicações e gerar diversos modelos de negócio. A primeira companhia foi a IBM, representada por Irene Greif, diretora do Centro para Software Social e chefe do Grupo Colaborativo de Experiência do Usuário (CUE). Greif contou sobre “como utilizamos a tecnologia para engajar as pessoas”, a partir dos chamados “Jams”, eventos online que reúnem grupos específicos de pessoas para que elas discutam determinados tópicos – o maior deles reuniu 150 mil colaboradores da empresa em 104 países e 67 outras companhias. Irene explicou que, dentro de uma política de redução de gastos, a empresa, na busca por inovação, descobriu que poderia fazer consultoria de produtos com as pessoas, ao gerar pequenos Jams. “Um projeto poderia ser dividido em pequenos pedaços para que as pessoas pudessem trabalhar sem sequer se conhecerem, e trazerem as melhores soluções para a companhia, fazer soluções mais inteligentes e melhores”, afirmou.

Democratizar da inovação
Para Pia Erkinheimo, Head de Crowdsourcing, equipe de inovação da Nokia, é preciso “ouvir à sabedoria ‘nas’ massas”, e democratizar a inovação. Erkinheimo destacou que o amadorismo tem crescido muito e que não importa de onde uma ideia tenha se originado, desde que seja boa, acrescentando que não existem usuários ou desenvolvedores absolutamente puros, um indivíduo totalmente heterogêneo. A companhia finlandesa possui dois projetos de destaque na área de crowdsourcing: o IdeasProject, uma comunidade online voltada para qualquer pessoa que queira desenvolver uma ideia a partir os meios oferecidos pela empresa, utilizando “a energia da multidão para o campo de testes”, e o App Campus, voltado para desenvolvedores, no qual a empresa, em parceria com a Microsoft, quer “investir 18 milhões de euros no desenvolvimento de aplicativos móveis”, numa tentativa de se aproximar os desenvolvedores do público em geral.

A parte brasileira do debate foi representada por Denilson Novelli, gerente de E-business da Tecnisa, e Luis Eduardo Serafim, head de Marketing Corporativo da 3M do Brasil. Novelli explanou sobre um projeto realizado em 2009 em comunidades no Orkut, no qual a construtora procurou saber entre os usuários interessados em gerontologia (que estudam a velhice, principalmente voltado para acessibilidade de prédios e construções) quais eram as maiores reivindicações da chamada “arquitetura inclusiva”, adaptações feitas nos empreendimentos voltadas ao público de terceira idade ou com mobilidade reduzida. Por meio dessa iniciativa, foram feitas cerca de 200 sugestões em 30 dias, que fomentaram à construtora ideias como corrimões em piscinas, fechaduras das portas acima das maçanetas, tomadas mais altas, entre outros. Hoje a empresa possui o portal Tecnisa Ideias, que funciona como um espaço colaborativo para que os usuários enviando e votando em projetos de inovação.

Por fim, Luis Serafim contou sobre a experiência de crowdsourcing dentro e fora da 3M, explicando sobre o ambiente de colaboração da companhia, no qual os funcionários podem “acessar tecnologias da empresa para criarem seus próprios projetos. Os conhecimentos gerados são da empresa, e não do indivíduo ou de um departamento”, explicou Serafim. Para exemplificar esse conceito, executivo contou a história de Art Fry, um químico da 3M que utilizou uma tecnologia de adesivos removíveis criada por seu colega, Spencer Silver, para inventar o Post-It famoso bloco de anotações reposicionável. Luis Serafim também contou sobre a rede social chamada The Spark, que reúne em um ambiente colaborativo os 7 mil cientistas da empresa – uma maneira de “entender e enxergar onde estão as oportunidades” concluiu.

Ao final da conversa, o moderador do debate, Shaun Abrahamson provocou os palestrantes ao perguntar qual a parte mais interessante do modelo de crowdsourcing. “É mudar uma organização ao mudar a maneira como o dinheiro é gasto. Inovação é importante, mas queremos que o trabalho fique pronto” apontou Irene. “Talvez a forma como [o crowdsourcing] muda as estruturas de trabalho. A parte mais interessante é como ele muda o trabalho e a maneira como trabalhamos” respondeu Pia Erkinheimo, da Nokia. Novelli, por sua vez, seguiu a mesma linha de pensamento da executiva da IBM, e arrematou: “não adianta muito crowded e pouco sourcing. É preciso entender o público, e encontrar alguém que traga soluções”.

Fonte: IDG Now

Marketing: Como encontrar trabalho nas redes sociais

Julho 9, 2012 by  
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Cada vez mais caça-talentos e recrutadores recorrem às redes sociais para encontrar candidatos. É por isso importante ter os seus perfis e contas perfeitamente actualizados, ou pelo contrário, bloquear o acesso a estes e criar perfis novos, caso revelem partes da sua vida pessoal que pretenda manter em privado.

O Twitter pode ser uma ferramenta muito útil para procurar um novo emprego, como explica Nisa Chitakasem no seu livro “125 chaves para encontrar trabalho no Twitter”, conta o Expansíon.

– Chitakasem recomenda usar a nossa biografia para explicar muito bem o que se deseja na carreira profissional e o que temos para oferecer a um possível empregador. Também considera fundamental twittar com regularidade (várias vezes ao dia), porque caso contrário “é mais complicado construir certas relações com os seguidores e podem-se perder oportunidades que o Twitter oferece como ferramenta para procurar emprego”.

– É essencial inspirar confiança, e assim mentir online gera uma sensação de falsa modéstia ou de identidade falsa. Katie Ledger do LinkedIn, considera que “ser genuíno tem muitas vantagens”, mas um dos pilares de uma identidade digital sólida e verdadeiramente efectiva baseia-se na verdade. É importante trabalhar e criar uma imagem, sem nos esquecermos de ser fiéis aos nossos princípios e valores.

– Chitakasem também recomenda “pensar de um modo expansivo acerca do que se deve seguir”. As possibilidades incluem peritos ou bloggers no campo de actividade em que nos movamos; portais de emprego; publicações que incluam alertas de notícias, peritos em desenvolvimento de carreira e coaching; caça-talentos e profissionais do recrutamento; associações de alunos, escolas de negócios ou potenciais empregadores, pessoal dos recursos humanos que esteja a contratar e as chamadas “pessoas chave”, que são pessoas que não se conhece e que nunca se viu, mas a sua relevância implica que o contacto vai servir para aprender acerca de um determinado sector, compreender a estratégia e visão de certas empresas e o que significa trabalhar nelas.

– Destacar os traços mais importantes da sua personalidade e cuidar da informação do perfil. Crie uma página de entrada interessante para os novos perfis do Facebook. Cuidado com as opções de privacidade, já que certo tipo de informação pessoal publicada pode vir a prejudica-lo nos processos de selecção de pessoal.

– Aproveite os posts do seu blogue e as aplicações como SlideShare ou o perfil do My LinkedIn.

-Use os hashtags do Twitter para encontrar ofertas laborais e oferecer os seus serviços profissionais. Estes são alguns exemplos: #trabalho, #ofertatrabalho#, laboral e #emprego. Pode também usar a ferramenta Hashtagify.me para explorar os hashtags mais interessantes, manter-se atento aos eventos mais importantes do seu sector ou participar em conversações onde pode vir a dar-se a conhecer.

– Ligue-se aos headhunters através das suas contas de Twitter.

Fonte: Dinheiro Vivo

Marketing: Facebook e Twitter aumentam ansiedade dos utilizadores

Julho 9, 2012 by  
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As redes sociais na Internet como o Facebook ou o Twitter aumentam a ansiedade dos utilizadores, segundo um estudo da Salforfor Business School, hoje divulgado pelo Telegraph.

Segundo o estudo, cujo universo são os utilizadores de Internet, mais de metade dos inquiridos considerou que as redes sociais mudaram o seu comportamento e metade apontou que as suas vidas foram alteradas para pior.

Dois em cada três inquiridos adiantaram que era difícil relaxar e até dormir após passarem algum tempo a navegar nas redes sociais e um quarto admitiu enfrentar dificuldades nos seus relacionamentos e no trabalho. No total, 298 pessoas responderam ao inquérito da Salford Business School, na Universidade Salford, realizado para a Anxiety UK.

Deste universo, 53% disse que o lançamento das redes sociais mudou as suas vidas, sendo que a maioria considerou que a mudança teve um impacto negativo.

O estudo também demonstrou o vício em relação à Internet, com 55% a afirmar que se sentiu “preocupado ou desconfortável” quando não conseguiu aceder ao Facebook ou às contas de correio eletrónico.

Na sua maioria, os inquiridos sentiram necessidade de desligar os seus aparelhos eletrónicos para fazer um ‘intervalo’ na Internet.

A diretora executiva da Anxiety UK, Nicky Lidbetter, considerou que os resultados do estudo foram uma surpresa pelo elevado número de pessoas a afirmar que a única forma de interromper a ligação à Internet era desligar telemóveis, BlackBerries ou computadores, uma vez que são incapazes de pura e simplesmente ignorar os dispositivos.

Fonte: Económico