Inovação: Mensagens pela internet ameaçam a era do SMS e as operadoras

Abril 5, 2013 by  
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Nos últimos 20 anos, o celular mudou várias vezes. Ficou menor, ganhou mais teclas, perdeu as teclas e ganhou telas sensíveis ao toque, ficou maior… Muito mudou desde a invenção do SMS, em 3 de dezembro de 1992, quando engenheiros da Vodafone o criaram na Europa, mas a tradicional mensagem resistiu e permaneceu popular. Até agora.

A popularização da internet móvel e o surgimento de um imenso mercado de aplicativos fez com que aparecessem programas como Whatsapp, Viber, WeChat, KakaoTalk, entre tantos outros nomes engraçados. Esses aplicativos possibilitaram ao dono do celular usar a internet para economizar com SMS.

Uma mensagem pode não custar tanto para o consumidor. Centavos. Mas somente o Whatsapp, um dos mais populares no Brasil, foi responsável por 18 bilhões de recados enviados em 2012. Ou seja, 18 bilhões de recados cujos centavos acabariam nas contas das operadoras.

No mundo, a ascensão desses aplicativos tirou das companhias de telefonia móvel US$ 23 bilhões em receitas no ano passado, segundo uma pesquisa da consultoria Ovum. O SMS também custa pouco para as operadoras, então há uma alta margem de lucro.

E a tendência é que esses aplicativos tirem ainda mais mercado do SMS nos próximos anos. Um outro estudo, desta vez feito pelas empresas Tyntec e GigaOm, indica que houve cerca de 8 bilhões de SMS e 2 bilhões de mensagens via internet enviados em 2011. A projeção é que os dois meios fiquem muito próximos em 2013, com os derivados do Whatsapp ligeiramente à frente, com aproximadamente 10 bilhões de mensagens cada. Até 2016, o jogo já terá virado completamente.

Nesta virada, perde também o Facebook, que tem o envio de mensagens como um dos principais serviços. Johan Dijkland, um holandês de 23 anos que passou a usar o Line há cinco meses para se comunicar com amigos e colegas, contou ao The Wall Street Journal que não vê mais tanta graça na rede social. “No Facebook, você só olha as novidades e, depois disso, não há mais para ver. No Line, você tem conversas a todo minuto”, relatou.

Este comportamento tem feito com que grandes redes sociais, operadoras e fabricantes de celulares busquem seus próprios aplicativos de mensagens via internet. O Facebook adquiriu a startup Beluga em 2011 e expressou recentemente o interesse em comprar o Whatsapp. Antes dele, o Google já havia procurado os donos do programa, segundo fontes próximas relataram ao jornal americano, mas eles disseram que não querem vendê-lo.

Em fevereiro passado, a Deutsche Telekom investiu US$ 7,5 milhões no Pinger. A SK Telecom, a maior fabricante de celulares da Coreia do Sul, também comprou o MadSmart, desenvolvedor do popular TicToc. E, em outubro, o Yahoo! comprou 50% da Kakao, a empresa japonesa que criou o KakaoTalk.

Até empresas como a Zynga, desenvolvedora de jogos, veem nesses aplicativos uma chance de ganhar mais dinheiro. Os executivos da companhia fecharam uma parceria com a Tencent, dona do WeChat, e procurou outros programas para divulgar seus jogos. Como são muitos os usuários de mensageiros via internet, os donos dos aplicativos conseguem ganhar dinheiro também com publicidade.

Transformar a popularidade e a audiência em dinheiro, na verdade, é o maior desafio desses programas. O Whatsapp, que não inseriu publicidade em seu aplicativo, passou a cobrar US$ 1 por ano pelo serviço. O KakaoTalk, com 82 milhões de usuários, gera receita com publicidade, jogos online e e-commerce – há uma loja em que os usuários podem comprar crédito para usar no Starbucks.

Fonte: Época Negócios

Empreendedorismo: As cinco frases que fazem um negócio fracassar

Abril 5, 2013 by  
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Quando um empreendedor vai expor uma nova ideia a seu sócio, a um investidor ou a sua equipe, não raro ouve uma frase pessimista que acaba com seu moral.

A cena é mais frequente do que se imagina, afirma o americano Peter Gasca, fundador de duas empresas focadas no mercado infantil e colunista do site da revista “Inc.”. “Um comentário negativo ou pessimista pode arruinar completamente sua estratégia”, diz.

Por isso, ele sugere que os empreendedores eliminem do roteiro as cinco frases destrutivas que podem ameaçar o sucesso de seu negócio. Como? Leve um vidro na próxima reunião para coletar um real de quem pronunciar alguma das sentenças abaixo.

1. “Não posso”

“Poucas palavras me irritam tanto quanto essas duas. São matadoras”, afirma Gasca. Para ele, essa frase é sempre sacada por alguém que quer se livrar de uma responsabilidade. Muitas vezes, o que o profissional quer dizer é que ele não vai fazer o que deve para que o objetivo seja alcançado.

2. “Não é assim que fazemos”

As coisas mudam. Conduzir os negócios do mesmo modo por anos a fio pode manter a empresa funcionando, mas para se destacar no mercado, uma hora será preciso pensar de maneira singular e se diferenciar da concorrência. “Grandes ideias vêm de pessoas que caminham fora da linha. Nada revolucionário acontece quando se fazem as coisas sempre da mesma maneira”, diz o empreendedor.

3. “Isso é impossível”

Algumas propostas são bem ousadas, mas Gasca desafia os empreendedores a pensar se essas limitações realmente existem ou se são reflexo de temores internos que geralmente cultivamos. “Somos limitados apenas pelas restrições que nós mesmos colocamos em nosso espectro de possibilidades”, diz.

4. “Se a gente tivesse dinheiro…”

Muitos empreendedores e gerentes sonham com as infinitas possibilidades de negócio que se abririam se seu dinheiro estivesse sobrando. Infelizmente, nem toda empresa tem uma reserva milionária – mas isso não deve ser um impeditivo. “Sua empresa pode não ter US$ 150 milhões guardados, como a Apple. Mas lembre-se de que a Apple começou em uma garagem, com muito pouco dinheiro”, afirma Gasca.

5. “O problema é…”

Qualquer um consegue identificar problemas, mas só empreendedores de sucesso são realmente bons em imaginar as soluções. Para Gasca, a palavra “problema” só deve ser pronunciada em uma reunião se a continuação da frase for “acho que encontrei uma solução”.

Fonte: Revista Pequenos e Grandes Negócios

Empreendedorismo: Microcrédito cria alternativa para pequenos negócios

Abril 5, 2013 by  
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Destinado a desempregados ou pequenos empresários, o microcrédito oferece condições mais favoráveis em termos de juros, prazos e garantias exigidas.

Criaram uma plataforma electrónica de comercialização de produtos portugueses e em três meses já contam com 5.000 clientes registados. Esta é a história da Lusa Mater, uma empresa que arrancou em Novembro de 2012 graças ao empurrão do microcrédito.

“Foi a solução que encontrámos com boas condições em termos de taxas, de prazos e que se adequava ao investimento inicial que tínhamos de fazer”, explica Marta Alves, uma das mentoras do projecto num pequeno vídeo disponível no site do BES. Mas este é apenas um dos depoimentos que podem ser visitados nos sites dos principais bancos e que atestam que, mesmo em tempos de crise, é possível lançar um pequeno negócio recorrendo ao microcrédito.

Este tipo de financiamento destina-se a pessoas em situação de desemprego ou microempresários que necessitam de pequenos montantes para desenvolver projectos, mas que têm vedado o acesso ao crédito tradicional. “São pessoas que não conseguem crédito porque não encontram fiador para 100% do projecto, não podem dar uma casa como garantia ou não têm rendimentos mensais suficientes”, explica Edgar Costa, gestor operacional da Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC), entidade que ajuda potenciais novos pequenos empresários a obter crédito.

A tendência para o crescimento da procura do microcrédito em tempos de crise é atestada pelas instituições financeiras. “A procura deste tipo de crédito tem crescido apesar da conjuntura económica bastante desfavorável. O aumento do desemprego e a diminuição de alguns subsídios tem levado as pessoas a procurar a criação do seu próprio trabalho, e neste âmbito o microcrédito é um apoio muito adequado”, explica fonte oficial do BES. Já a CGD refere que, entre 2011 e 2012, o valor total do microcrédito concedido pela instituição registou um crescimento de 23%. “Nos últimos tempos tem-se verificado uma democratização na procura a este tipo de financiamento, sendo de salientar igualmente jovens licenciados e empreendedores que encontram no microcrédito a solução para a criação e desenvolvimento de uma ideia de negócio sustentável”, explica fonte oficial do banco estatal. No Millennium bcp, o aumento da procura pelo microcrédito também é notória, sobretudo, nos últimos dois anos.

Para além de linhas autónomas de microcrédito, alguns bancos têm protocolos com instituições como a ANDC, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) ou a Santa Casa da Misericórdia (Montepio Geral no último caso). Conjuntamente, os três maiores bancos portugueses – CGD, Millennium bcp e BES – já financiaram cerca de 43,6 milhões de euros em projectos de microcrédito.

Para quem pretenda recorrer ao microcrédito, a ANDC pode ser um bom ponto de partida. A associação sem fins lucrativos tem protocolos com a CGD, o Millennium bcp e o BES ao abrigo dos quais, desde 1999, já foram concretizados através do microcrédito 1.788 projectos empresariais avaliados em 10,3 milhões de euros e que deram origem a 2.239 postos de trabalho. Nesta opção, a decisão de atribuição do empréstimo está sempre dependente da aprovação de Comissão de Crédito, que faz parte da ANDC, e que remete para o banco a proposta de financiamento. Em última instância, o banco, que é quem empresta o dinheiro, é que decide, mas se tiver a aprovação da ANDC existem mais garantias.

As taxas de juro aplicadas neste tipo de financiamento também variam consoante os bancos, mas tendem a ser mais vantajosas face ao crédito tradicional. Através dos protocolos da ANDC, à Euribor a três meses é acrescido um ‘spread’ que varia entre os 2% e os 5%, consoante o banco, explica Edgar Costa. Em termos de montantes, os empréstimos vão desde os 250 euros até aos 15 mil euros. Mas, aqui também não há almoços grátis. Entre as condições para aceder ao microcrédito é necessário não ter incidentes bancários prévios e garantir um fiador para pelo menos 20% do financiamento.

Fonte: Económico