Inovação: Tecnologia deixa pão livre de mofo por 60 dias

Maio 6, 2013 by  
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O pão embolora em cerca de dez dias em condições normais. Isso porque muitos pães são vendidos em sacos plásticos. A água evapora e torna o ambiente úmido, o que favorece o crescimento de bactérias e fungos que causam o mofo. A técnica pode proteger outros alimentos e eliminar outras bactérias perigosas, como a salmonela.

O inventor do método, Don Stull, atualmente é CEO da empresa MicroZap, que leva o mesmo nome da tecnologia. Em entrevista a INFO, Stull dá detalhes do processo que pode mudar a indústria alimentícia no futuro.

Como é possível deixar um alimento sem mofo por tanto tempo? Usamos um emissor de micro-ondas metálico que foi desenvolvido para matar bactérias, como a da salmonela. Durante os experimentos nos alimentos, descobrimos que o método também conseguia matar em apenas 10 segundos os esporos que fazem o pão mofar.

Qual a diferença dessa máquina para um micro-ondas tradicional? A tecnologia é parecida, mas as diferenças são cruciais. A máquina da MicroZap garante uma frequência de micro-ondas homogênea a partir de múltiplas fontes, sem pontos quentes e frios dos micro-ondas residenciais. Usamos uma combinação de efeitos térmicos e não-térmicos para matar essas bactérias, sem cozinhar ou alterar a qualidade do alimento.

Como vocês descobriram que o pão ficaria sem mofo? Nós tratamos uma fatia de pão em nossos protótipos por 10 segundos. Depois disso monitoramos o crescimento de fungos. Após 60 dias, a contagem de fungos foi a mesma de um pedaço de pão fora da embalagem. O mais importante é que os consumidores não viram nenhuma mudança perceptível na qualidade.

Essa tecnologia pode ser aplicada em outros alimentos? É possível prevenir a Salmonela em manteiga de amendoim, em carne de peru e jalapenos frescos (uma tradição no Texas). Também acabamos com a salmonela em ovos, eliminamos o mofo e a salmonela em comidas de animais e a bactéria Escherichia coli em carne bovina e carne moída.

É possível prevenir a proliferação de bactérias em tecidos e objetos? Descobrimos que dá para eliminar bactérias de tecidos lençóis e toalhas para casa ou hospitais. Acreditamos que a técnica também ajuda a erradicar percevejos. Estamos negociando com uma grande companhia para levar a tecnologia para outros setores, além da indústria alimentícia.

O que é preciso para a tecnologia ser vendida para fabricantes de alimentos? Nós já tratamos vários alimentos para as empresas em nossas instalações. Trabalhamos para estabelecer uma aliança estratégica com uma fabricante para começar a produção. Temos conversado com várias empresas, mas ainda não fizemos nenhuma parceria. Estamos ansiosos para encontrar o parceiro certo e passar a tecnologia para as suas instalações ainda em 2013.

A tecnologia pode causar alguma mudança no gosto e na textura do pão? Fizemos uma experiência com consumidores e os resultados não mostraram nenhuma diferença perceptível na qualidade ou sabor entre o pão tratado pela MicroZap e o pão fresco, mesmo após um longo período. A diferença de umidade é perceptível ao longo dos 60 dias, mas os consumidores não notaram diferença no gosto.

Quais benefícios uma fabricante teria ao usar essa tecnologia no pão? Um fabricante teria um custo para adicionar o método da MicroZap em sua produção. Mas a economia viria com a diminuição do desperdício de alimentos, já que um pão sem conservantes e sem mofo teria vida útil maior nas prateleiras. Acredito que a melhor opção é eliminar esses aditivos e ter um produto natural com uma vida longa.

Fonte: Info Abril

Inovação: Apple começa a investir em integração de serviços com carros

Maio 6, 2013 by  
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A Apple está começando a investir mais em integrar suas tecnologias aos automóveis, aparentemente – é isso que afirmam um artigo da Laptop Mag e as vagas que apareceram na lista de empregos no site da empresa.

As novas tecnologias, no entanto, não chegam perto do iCar, tão sonhado por Steve Jobs antes de falecer. Mas não deixam de ser interessantes: elas têm a ver com uma integração da Siri ao volante e, claro, de aplicativos ao computador de bordo.

A ideia principal está relacionada mesmo à assistente virtual da Apple, que já aparece em veículos de algumas montadoras. A Chevrolet, por exemplo, oferece integração da Siri com o Spark EV, enquanto a Cadillac deve fazer o mesmo com o linha 2014 do CTS.

O recurso, chamado de Siri Eyes Free (ou “sem os olhos”), permite que o motorista controle vários itens do carro sem tirar os olhos da pista – é preciso apenas apertar um botão no próprio volante. Basta sincronizar o iPhone por Bluetooth ou USB para começar a dar ordens ao rádio, ditar mensagens de voz e por aí vai. Ainda espera-se que outras fabricantes, como Audi – que está trabalhando em um sistema de estacionamento “sem as mãos” –, Ferrari e Mercedes, sigam o mesmo caminho.

A Siri, no entanto, não é o único recurso que a Apple pretende colocar nos carros. O AirPlay, que faz o streaming de músicas e vídeos entre aparelhos da empresa, também pode aparecer em breve nos automóveis, segundo a Laptop Mag.

Ainda assim, a empresa terá bastante chão pela frente antes de alcançar o Google, por exemplo, que está há anos trabalhando em um carro que dirige sozinho e tem o Android integrado a veículos de algumas fabricantes, como Renault e Kia. Mesmo a Microsoft está presente no ramo automotivo há mais tempo, sendo a principal parceira da Ford com o recurso Sync, de reconhecimento de voz.

Fonte: Exame Brasil

Marketing: Inditex fabrica um terço da moda em Portugal

Maio 6, 2013 by  
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São perto de 200 os fornecedores de primeira linha portugueses que produzem as séries curtas das peças de maior qualidade para o grupo que detém a Zara. Os espanhóis não exigem exclusividade; pelo contrário, garantem que valorizam as indústrias que trabalham para outras marcas internacionais.

O modelo de negócios da Inditex, que assenta na recolha diária de informação sobre a preferência dos clientes nas seis mil lojas que tem nos cinco continentes, deixa um prazo de apenas duas a três semanas para a produção dos artigos de moda. Este segmento – o mais relevante em termos de valor para o grupo espanhol – é, por isso, fabricado em mercados próximos aos centros de abastecimento em Espanha, uma vez que as lojas têm de ser abastecidas duas vezes por semana.

Espanha, Portugal e Marrocos são responsáveis por este “aprovisionamento de proximidade”, que representa 51% do volume total de 970 milhões de peças produzidas anualmente pelo gigante retalhista de vestuário. Deste lote da produção, quase um terço vem de fábricas portuguesas. “É um terço importante, sobretudo de peças de qualidade. A moda, em que as séries de produção são curtas, é a nossa fatia mais importante”, disse esta segunda-feira o director de comunicação da Inditex, Jesús Echevarría.

Durante um encontro com jornalistas portugueses, realizado na sede da empresa, na Corunha, o responsável adiantou que “os fornecedores de primeira linha em Portugal são à volta de 200”. Estas duas centenas podem subcontratar a produção a outras fábricas nacionais, embora o código de conduta da Inditex exija “saber para que sítios vai a produção”.

A empresa formou oito clusters – além dos três próximos para o segmento moda, as peças “básicas” de vestuário são fabricadas no Brasil, Turquia, Índia, Bangladesh e China – e cada um deles tem equipas próprias para fazer esse seguimento. Qualquer fornecedor tem de ter listadas as fábricas a que vão mandar a produção e que são supervisionadas. Se há algo que está errado temos medidas correctivas. A ideia é que o fornecedor cresça connosco e não abandoná-lo porque há algo que ele faz bem”, frisou Echevarría.

Questionado sobre a existência de cláusulas de exclusividade para os fornecedores portugueses, o director de comunicação negou, garantindo que acontece precisamente o contrário. “Uma das notas favoráveis que lhes damos é por estarem a trabalhar com outras marcas, e quanto mais internacionais melhor”, acrescentou.

Na zona industrial de Arteixe, nos arredores da Corunha, está instalada a sede corporativa da empresa, um dos três grandes centros de distribuição e também o quartel-general criativo e comercial da Zara. Esta marca vale dois terços das vendas totais do grupo, que em 2012 aumentaram 16%, para 15.946 milhões de euros. O portfólio do grupo fica completo com outras sete marcas: Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, Zara Home e Uterque.

É também nesta pequena povoação galega que a Inditex mantém em funcionamento a maior parte das 11 fábricas próprias. A opção estratégica é explicada por razões históricas – “começámos em 1975 como fabricantes numa garagem” – e também pelas “vantagens para o negócio”, uma vez que garante maior flexibilidade e rapidez na satisfação de encomendas urgentes. Além disso, esta actividade industrial acaba por favorecer alguns dos fornecedores externos, já que o grupo consegue ter “melhor capacidade negocial” na compra de matéria-prima, que depois envia para as fábricas de confecção estrangeiras.

Fonte: Jornal de Negócios