Shark Tank Portugal: Análise ao Episódio 6

Shark Tank Portugal

Shark Tank Portugal – Série 1 – Episódio 6

Considerações sobre os 5 projectos apresentados:

ORIGAMA (Toalha de Praia com Apoio de Costas)
(INVESTIMENTO DE 120 Mil€ por 30% – Mário Ferreira, Tim Vieira e Susana Cerqueira)
– Empreendedores pediam 100 Mil€ por 10% (Avaliação de 1M€)
– Já venderam 10 mil unidades. (30€/cada) e facturaram 300 mil€, em 2014.
– O custo de produção é neste momento de 13,60€, mas pode baixar para os 8€ com maiores quantidades produzidas. Aos distribuidores o preço é de 30€. O PVP é de 44,9€
– Esperam vender 1M€ em 2015. Neste momento têm 7 Trabalhadores + 3 comerciais e pretendem expandir o negócio. No digital têm cerca de 120 mil likes no Facebook e o site tem mais de 220 mil visualizações/ano. Já exportam para 40 países, e têm já lojas presenciais a vender o produto.
– O produto está patenteado (Patente europeia).
– Existiu uma proposta de 3 Sharks – Mário Ferreira, Tim Vieira e Susana Cerqueira (120 mil€ por 30%) e outra proposta do João Koehler por 200 mil€ (51% do negócio). Os empreendedores aceitaram a 1ª proposta.
– Este foi até agora dos projectos mais bem apresentados, com sustentabilidade financeira, métricas de vendas, métricas de marketing digital, métricas financeiras, informação sobre força de vendas e presença física, informação sobre a propriedade intelectual, tratando-se de um produto em rápido crescimento e em fase de internacionalização. É natural que com estes pressupostos todos alcançados existissem várias propostas para investimento no capital da empresa. Foi um Bom Pitch e um Bom Investimento por parte dos Sharks.

TUGA NATURA (Parque de Diversões ao Ar Livre) (SEM INVESTIMENTO)
– o Empreendedor solicitou 35 mil€ por 10% (Avaliação 350 mil€)
– Este projecto explora um Parque de Diversões ao Ar Livre, utilizando as Laser Tag (Distribuição exclusiva na Península Ibérica). A Facturação em 2014 foi de 80 mil€, e a margem ronda os 40%.
– Apesar de este projecto ter algum potencial de expansão, e poder ser importante para o “cluster” do Turismo, a realidade é que os números financeiros não batem certo com a avaliação feita pelo Empreendedor (múltiplo superior a 4 face à facturação anual e um múltiplo superior a 10 face à margem anual).
– Vários “Sharks” interessaram-se pela Laser Tag e até assumiram que poderão frequentar o espaço como clientes, no entanto enquanto investidores tomaram a melhor opção ao não investirem num projecto que gera pouca margem anual para a avaliação solicitada.

AQUA VERE (Torneira multi-funções) (INVESTIMENTO de 50 mil€ por 100% – Mário Ferreira)
– Os Empreendedores pediam 30 mil€ por 25% da exploração de uma patente de uma Torneira multi-funções (água, líquido e secador). (Avaliação de 120 mil€).
– Apesar de o produto ser interessante e inovador, e ter existido o cuidado na protecção da propriedade intelectual, a verdade é que os jovens Empreendedores estavam mal preparados para apresentar um Pitch sobre a viabilidade do negócio em torno da exploração comercial da Torneira multi-funções. Conheciam mal os custos de produção individual e em escala, qual poderia ser a rentabilidade, projecções de vendas, custos, margens, necessidades de investimento, etc.
– Devido a esse facto ninguém se interessou em ser sócio desse negócio, e a única proposta que existiu foi para a compra da Patente. Mário Ferreira ofereceu 50 mil€ por 100% da patente, e os jovens empreendedores aceitaram a proposta. Foi um investimento interessante, que agora poderá ser explorado com parceiros industriais, e a sua disponibilização a muitos negócios potenciais, como por exemplo o canal “Horeca” (hotéis, restaurantes, cafés) e o canal “particulares”. É também um negócio com potencial de internacionalização.

SMART TRAILER (Atrelado sem rodas para automóvel) (SEM INVESTIMENTO)
– O Empreendedor solicitava 60 mil€ por 20% (Avaliação de 300.000€)
– Até agora, em 5 anos, apenas foram vendidas 58 unidades, com 510€ de margem e 890€ PVP por unidade.
– O Produto não tem “patente”, tendo sido essa umas das principais objecções para o investimento. O Produto também ainda não está “pronto”, já que necessita de algumas melhorias no Design de Produto.
– Trata-se de um produto de nicho, tendo despertado pouco interesse. Miguel Ribeiro Ferreira até tem nas suas empresas todas as máquinas que o Empreendedor precisava de adquirir, só que a avaliação excessiva e as baixas vendas retiraram o interesse ao Shark, que noutro cenário poderia ter-se tornado sócio deste projecto. Sem patente, sem marca registada e com pouco histórico de vendas é difícil que algum investidor se interesse por um negócio deste género, ainda para mais com uma avaliação excessiva e irrealista.

MITA (Fraldas reutilizáveis) (INVESTIMENTO de 30 mil€ por 50% – Tim Vieira)
– A Empreendedora solicitava 20 mil€ por 15% (Avaliação de 133 mil€).
– Em 2014 esta marca de Fraldas reutilizáveis venderam 5 mil€, e cada produto custa 4€, e o Kit completo custa 10€/Cada.
– A ideia tem algum interesse, mas trata-se de um produto de “nicho” nos mercados mais amadurecidos, destinado para crianças alérgicas às fraldas descartáveis, ou a pais preocupados com a questão da ecologia.
– João Koehler, que actua no sector, foi algo duro e frontal sobre esta ideia de negócio. Outros Sharks tentaram colocar alguma água na fervura, e o Tim Vieira acabou mesmo por investir 30 mil€ por 50% do negócio.
– Apesar de ser um produto de “nicho” é um produto que pode ser internacionalizado, e como o Shark tem relações com o continente Africano pode tentar explorar esse produto em países em desenvolvimento, onde as famílias que não tenham tanta capacidade financeira para comprar as fraldas descartáveis. Sem essas ligações internacionais o investimento seria mais arriscado. Neste caso, é um investimento que se aceita por parte do Tim Veira.

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Sobre o Autor

Bruno Silva

Bruno Silva

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# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, IEFP, CIG, etc.

# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 70.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

# Fundador e Community Manager, desde 2013, do “Dish Mob Portugal” que promove o espírito “Dish Mob”, e que está a transformar-se num dos principais movimentos nacionais de promoção do networking e aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo.

– Licenciatura em Gestão pela Universidade do Minho.
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro
– Formações Profissionais em Vendas, Excelência Pessoal, Inteligência Emocional e Criatividade, Gestão do Stress, Organização de Eventos, Comunicação em Público, E-Business para PME´s, e também Pedagógica de Formador.

Shark Tank Portugal: Análise ao Episódio 5

Shark Tank Portugal

Shark Tank Portugal – Série 1 – Episódio 5

Considerações sobre os 6 projectos apresentados:

OF PRODUÇÕES (Produção de Festas) (SEM INVESTIMENTO)
– Empreendedores solicitavam 40 mil€ por 10% do negócio de organização de festas e animações (Avaliação de 400 mil€)
– Facturaram 195 mil€ em 2014. Ganharam 25% da margem (+-50.000€), e têm tido um crescimento de 10%/Ano. Pretendiam investir em Marketing e lojas próprias para eventos em Centros Comerciais.
– Nenhum Shark decidiu investir, por não ter interesse no negócio e/ou por considerarem a avaliação desajustada. É uma decisão que se aceita. É um projecto facilmente replicável (organização de eventos) e sem grande diferenciação do que existe no mercado.

BIO POLI (Copos Biodegradáveis) (Sharks Investiram 40 mil€ por 50% do negócio – João Rafael Koehler; Susana Cerqueira, Tim Vieira)
– Empreendedores solicitavam 20 mil€ por 20%, do negócio de copos biodegradáveis. Podem ser utilizados para grandes eventos, ambiente corporativo, familiar, etc. (Avaliação de 100 mil€). O projecto está em fase de protótipo. Cada copo poderá ter uma margem de 50%.
– 3 Sharks investiram no negócio (40 mil€ por 50%), e estão ligados à área do Marketing, Organização de Eventos, etc. Trata-se de uma boa aposta num produto que poderá ter futuro numa área em crescimento (sustentabilidade).

STAND BAG (Expositor para feiras) (SEM INVESTIMENTO)
– Empreendedor solicitou 150 mil€ por 10% do produto, que consiste na venda ou Renting de expositores de feiras Auto montáveis.
– O investimento seria apenas para o novo produto Stand Bag, e não para a empresa que o empreendedor tem. Tratava-se apenas da ideia que não está patenteada, e não tem ainda protótipo. A empresa do empreendedor facturou 300 mil€ em 2014.
– O empreendedor foi muito confuso, pouco claro e teve enormes dificuldades de responder às perguntas, e nem conseguiu justificar a avaliação da nova ideia em 1,5M€.
– Tim Vieira ofereceu 150 mil€ por 100% da empresa e também pela nova ideia de produto. O Empreendedor não aceitou a proposta. Considero que apesar de a ideia ser interessante, e ter potencial de internacionalização, teve uma avaliação absurda e o pitch foi muito mal apresentado. A proposta do Tim Vieira foi baixa (equivale a 50% da facturação anual da empresa). É natural que o Shark não quisesse o Empreendedor como sócio analisando o Pitch, e é natural que o Empreendedor também não aceitasse essa avaliação por todo o negócio (empresa+produto).

MARIA WURST (Restaurante Cachorros) (SEM INVESTIMENTO)
– Empreendedoras solicitavam 40 mil€ por 15% do negócio (avaliação de 267 mil€).
– O Pitch foi bem apresentado pelas Empreendedoras. O negócio ainda está no início e a presença em alguns eventos permitiu facturar 22 mil€ até agora. Pretendem que cada roulotte que venha a ser desenvolvida facture 150 mil€/Ano. Cada “produto” tem 50% de margem, face ao “food cost”. As empreendedoras investiram 30 mil€ até agora. A margem do negócio é pequena para a avaliação que fizeram (267 mil€ por um negócio que ainda só facturou 22 mil€). A ideia é interessante mas a vertente financeira tem de ser mais bem trabalhada e é natural que nenhum Shark tenha pretendido investir nesta fase inicial do negócio, atendendo à valorização do negócio por parte das empreendedoras, e ao risco associado.

IMPAC TRIP (Turismo Solidário) (32 mi€ por 10% do negócio – Susana Cerqueira)
– Empreendedores solicitavam 32 mil€ por 10% do negócio, para actuar no negócio de packs de turismo solidários. (Avaliação de 320 mil€). O negócio está em fase de teste, e ainda não está na fase de vendas. Considero que a estratégia de Marketing e o Marketing-Mix apresentado tem de ser mais bem estruturado, a vários níveis.
– Susana Cerqueira ofereceu 32 mil€, não em dinheiro, mas sim em serviços de Marketing por 10% da empresa, e a proposta foi aceite pelos empreendedores. O risco da empreendedora acaba por ser baixo para entrar num negócio que está numa fase inicial, e que ainda apresenta muito risco para a viabilidade do projecto. Tratou-se de uma proposta lógica por parte da Shark que actua na área do Marketing, e a mesma foi aceite.

MICROBÓIA (Dispositivo de segurança contra afogamento) (50 mil€ por 75% – Miguel Ribeiro Ferreira, João Rafael Koehler, Mário Ferreira)
– Empreendedor solicitou 50 mil€ por 25% do projecto (Avaliação de 200 mil€), por uma ideia que não tem patente definitiva, e que se trata de um pequeno dispositivo de segurança contra afogamentos. A ideia suscitou curiosidade e interesse por parte de vários Sharks, a começar por Mário Ferreira da Douro Azul. Apesar de o negócio necessitar de melhoramentos ao nível do desenvolvimento do produto, o facto de o empreendedor estar numa fase de reorientação profissional, e poder focar-se a 100% ao negócio, incentivou à realização de uma proposta por parte dos Sharks (50mil€ por 75% da empresa). 3 Sharks acabaram por investir na empresa, sendo que 2 Sharks são da indústria e 1 Shark é do sector do turismo (onde a vertente náutica tem uma forte componente), ou seja, trata-se de áreas onde o negócio necessitará desse tipo de apoios e sinergias. A ideia é interessante, a necessidade a que o produto responde é importante. Foi notório que além da aposta na ideia existiu também uma aposta no empreendedor (na pessoa), que demonstrou uma atitude sensata e humilde durante todo o Pitch.

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Sobre o Autor

Bruno Silva

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# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, IEFP, CIG, etc.

# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 70.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

# Fundador e Community Manager, desde 2013, do “Dish Mob Portugal” que promove o espírito “Dish Mob”, e que está a transformar-se num dos principais movimentos nacionais de promoção do networking e aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo.

– Licenciatura em Gestão pela Universidade do Minho.
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
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– Formações Profissionais em Vendas, Excelência Pessoal, Inteligência Emocional e Criatividade, Gestão do Stress, Organização de Eventos, Comunicação em Público, E-Business para PME´s, e também Pedagógica de Formador.

Shark Tank Portugal: Análise ao Episódio 4

Shark Tank Portugal

Shark Tank Portugal – Série 1 – Episódio 4

Considerações sobre os 6 projectos apresentados:

DINWALLETS (Carteira feita em madeira para cartões de crédito) O empreendedor pedia 10.000€ por 10% do negócio (avaliação total de 100.000€). O produto já está em fase de comercialização num site e facebook. O Empreendedor já vendeu mais de 1.500 unidades. É um produto com grande margem comercial e recebeu 2 propostas de Mário Ferreira (10.000€ + 10% Royalties) e de João Rafael Koehler (10.000€ + 8% Royalties). O Empreendedor estava muito bem preparado em termos de valores financeiros, conhecimento do negócio, etc. (A proposta de João Rafael Koehler foi aceite e investe 10.000€ pelo negócio + 8% Royalties)

EGÍDIO ALVES (Design de sapatos de senhora) O empreendedor pedia 100.000€ por 10% do negócio (avaliação total de 1 milhões de euros) É um projecto com notoriedade e comercialização internacional. É um negócio que já factura 400 mil€/Ano, e tem 40% de margem. O mercado-alvo tem sido a classe alta e luxo. João Rafael Koehler fez proposta de 200.000€ por 50% (Avaliação total de 400.000€). Egídio Alves fez uma contraproposta para ficar sócio maioritário e João Rafael Koehler não aceitou esse cenário, e a sociedade não avançou. É uma posição de ambos que se aceita.

FFAN CLUB (Ginásio com botas de mola) As empreendedoras solicitavam 10.000€ por 10% do negócio (avaliação total de 100 mil euros). As botas de mola baixam o impacto físico em comparação com as botas habituais. Como negócio não têm representação exclusiva, e apenas têm margem de 10% na venda, e como tal têm alugado o serviço, criando um clube com mensalidade. Concordo com a posição de alguns Sharks, se o negócio tivesse distribuição exclusiva em Portugal seria um negócio interessante. Com a margem comercial baixa, estar a tentar criar um negócio apenas à volta do aluguer de botas de mola é uma ideia com baixo potencial, já que a introdução das botas de mola em todos os ginásios portugueses e lojas de desporto seria uma estratégia mais adequada, mas para isso a empresa teria de ter a tal representação exclusiva, e ganhar uma margem comercial mais elevada. Como o negócio neste momento tem estas limitações, a proposta possível foi a de Tim Vieira que investe 1.000€ + 9.000€ em serviços (contactos e publicidade) por 10% sociedade, e tendo conhecimento do negócio pode eventualmente tentar replicá-lo em Angola e África do Sul. A proposta foi aceite pelas empreendedoras.

CRISE DO CÃO (Casotas para cães) (Sem Investimento) os empreendedores solicitam 50.000€ por 15% (Avaliação total de 333 mil €). Não existe empresa constituída, e não existem vendas actualmente. Apenas existe uma ideia de negócio, ou seja, a avaliação do negócio foi completamente disparatada e irrealista! Com uma margem de 60€ por produto, seriam necessárias mais de 5.000 unidades vendidas para a avaliação se aproximar da avaliação dos empreendedores. Naturalmente nenhum Shark quis investir.

SLEEKLAB (Drone publicitário) Empreendedores solicitavam 20.000€ por 20% da empresa (avaliação de 100.000€). Tim Vieira gostou da ideia e investiu 30.000€ por 50% do negócio. Neste momento existe um vazio legal e poderão existir limitações para a implementação do negócio. Tim Vieira foi algo impulsivo ao propor o negócio sem conhecer as implicações legais dos drones. Os empreendedores aceitaram a proposta. É um negócio que se aceita, mas tem de ser muito bem analisado em termos jurídicos, embora o Tim Vieira possa tentar implementá-lo também em Angola e África do Sul onde as questões jurídicas sejam diferentes.

EGGCELENT (Restaurante com pratos à base de ovos) Empreendedor solicitou 100.000€ por 20% da empresa (Avaliação de 500.000€). O negócio faz 50 vendas por dia (mais de 11.000 refeições até ao momento) a um preço médio de 7,30€, o que dá 12 mil€ de facturação mensal (140 mil€/Ano). Os Sharks gostaram da demonstração, só que a avaliação excessiva foi o problema. O empresário já tem um potencial parceiro (o fornecedor de ovos poderá ter interesse na sociedade) e esse poderá ser um caminho interessante para o empreendedor. Devido à avaliação excessiva nenhum Shark quis entrar na sociedade.

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Sobre o Autor

Bruno Silva

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# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, IEFP, CIG, etc.

# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 70.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

# Fundador e Community Manager, desde 2013, do “Dish Mob Portugal” que promove o espírito “Dish Mob”, e que está a transformar-se num dos principais movimentos nacionais de promoção do networking e aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo.

– Licenciatura em Gestão pela Universidade do Minho.
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
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Shark Tank Portugal: Análise ao Episódio 3

Shark Tank Portugal

Shark Tank Portugal – Série 1 – Episódio 3 (ACTUALIZADO)

Considerações sobre os 5 projectos apresentados:

Sigurati Simone (Toucas e Toalhas de microfibra) – A Empreendedora solicitou 10 mil€ por 10% Royalties. É uma Atleta que se está a preparar para os jogos para-olímpicos e desenvolveu um produto interessante para a prática da natação. A possibilidade de associação do produto a uma causa nobre como a preparação de uma atleta para-olímpica cativou pela primeira vez todos os Sharks a investir no negócio, e por 10 mil euros terão direito a 10% de Royalties das vendas do Produto. Tratou-se de um Bom Investimento e de uma boa Causa.

(ACTUALIZAÇÃO: Simone Fragoso, acusada de mentir no Shark Tank Portugal (encontra-se neste momento suspensa pela Federação) (http://www.flashvidas.pt/a_ferver/detalhe/simone_acusada_de_mentir_aos_tubaroes.html) e Mário Ferreira (Shark) decidiu cancelar o seu investimento no negócio da Atleta (http://www.flashvidas.pt/a_ferver/detalhe/tubarao_cancela_apoio_a_simone.html). Atendendo aos motivos expostos, só posso concordar com a posição do “Shark” Mário Ferreira: https://www.facebook.com/mario.ferreira1/posts/511963858935788)

V8 Waterless (Produto de limpeza Auto sem usar água) – O empreendedor inicialmente pedia 45 mil€ por 10% (avaliação de 450 mil€). No início do pitch e após um “tiro no pé” afirmando que o “produto está a “morrer” de imediato foi questionado “Se o produto está a morrer como vale 450 mil€?”, justificando-se com o facto de que “As vendas em 2014 foram de 24 mil €”. Logo de imediato propõe 45 Mil€ por 45% (avaliação de 100 mil€) e arranja uma 2ª versão em que avaliaria a Empresa da família no todo em 250 mil€.
Depois de um segundo tiro no pé “Época “horrível” em Portugal” teve o feedback “Ninguém entra num negócio “horrível”. Foi acusado de ser um potencial “Sócio que ouve pouco”. Depois do mau pitch, fiquei admirado em como é que um dos Sharks ainda quis investir: 20 mil€ em capital + 25 mil€ empréstimo por 60% do controlo do produto (avaliação de 33 mil€). O Empreendedor acabou por ceder a maioria do negócio V8 Waterless, avaliando-o em 13 vezes menos do que o valor inicial. Ficou por provar, através de demonstração do produto em que é que esse produto é diferenciador face às alternativas que já existem no mercado. Se a vantagem competitiva for um preço ligeiramente inferior, o produto poderá continuar a “morrer” mantendo a sua época “horrível” em Portugal. Se o produto tiver propriedades diferenciadoras face a outros produtos do género, então poderá ter potencial. Sem a demonstração, considero este investimento questionável, apesar de ter potencial de internacionalização.

Xperimental Shoes (Design de Sapatos) – Empreendedoras solicitavam 40 mil€ por 15% (Avaliação de 267 mil€). O pitch foi interessante, bem conduzido, e as vendas em 2014 foram de 96 mil€, com 900 Pares de sapatos vendidos, uma média superior a 100€ o par. O Tim Vieira e o João Rafael Koehler investiram no negócio 40 mil€ de capital + 40 mil€ de empréstimo por 35% da empresa (Avaliação de 114 mil€) avaliando a empresa num valor semelhante a cerca de 1 ano de facturação actual. Tratou-se de um preço competitivo, abaixo das expectativas das empreendedoras, no entanto o facto de terem 2 Sharks experientes nesse ramo de negócios permitiu avançar com a negociação. Foi um investimento interessante e com potencial.

Sumo Pontífice (Sumos Detox e vitamínicos) – Empreendedores pediram 100 mil€ por 20% da empresa (avaliação de 500 mil€). A apresentação foi fluída e sem hesitações, mas o negócio falhou na rentabilidade financeira e consequente avaliação do negócio. Já investiram 100 mil€ numa loja própria, além dos 2 franchisados. O que falhou? Os Royalties de cada franchisado são de 5,5% que agora rendem 500€ a 600€/Mês (2 unidades franchisadas), segundo os empreendedores, ou seja é possível calcular que cada loja factura 5mil€/mês (550/2*100/5,5). É possível então saber que cada loja tem cerca de 33 clientes/dia e 1.000 clientes/mês (atendendo à média de 5€ gastos por cada cliente segundo os empreendedores). Com uma rentabilidade de 7.000€/Ano em royalties (com 2 franchisings) e lojas com 33 clientes/dia como é que um negócio pode valer 500 mil€? Um retorno do investimento superior a 70 Anos??? A Avaliação disparatada e a fraca rentabilidade do negócio deitou tudo a perder.

Note Books comestíveis (Caderno de apontamentos comestível) – Investidor pedia inicialmente 2.500€ por 25% (Avaliação de 10.000€). A ideia é muito engraçada, com Folhas comestíveis (papel de hóstia) e canetas (com tinta de pasteleiro). Produzir cada produto custa 3,5€ de forma artesanal, e são vendidos por 7€ ou 10€. O problema actual é que de forma artesanal apenas é possível produzir 3 a 4 por dia, o que daria uma facturação de 14 mil€/Ano. O Tim Vieira e o Mário Ferreira entraram numa “Million Dollar Idea”, e até propuseram 20.000€ por 70%. Considero que esta ideia pode ser mecanizada e industrializada, e além dos Cadernos comestíveis podem ser lançadas Cartas comestíveis, Cartões comestíveis, etc. A atitude humilde e realista do empreendedor foi uma mais-valia deste projecto, ao contrário de outros projectos que tinham boas ideias mas falharam pela atitude dos empreendedores ou pela avaliação exagerada dos negócios. Esta foi uma Boa ideia e um Bom Investimento por parte dos Sharks.

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# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 70.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

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– Licenciatura em Gestão pela Universidade do Minho.
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro
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Shark Tank Portugal: Análise ao Episódio 2

Shark Tank Portugal

Shark Tank Portugal – Série 1 – Episódio 2

Considerações sobre os 5 projectos apresentados:

Smart Helmet (Ideia: Sem capacete devidamente colocado a moto não liga) – Apesar de existirem tecnologias semelhantes (https://www.youtube.com/watch?v=SRm4-o7VU9Q) a ideia é interessante, embora dificilmente patenteável. Para Sharks que tenham boas ligações com a indústria e possam massificar esta tecnologia junto de construtores de motos e de capacetes a ideia pode ser rentável e viável. Mário Ferreira foi o Shark a investir 30 mil€ por 48%. É uma aposta com potencial.

Roselyn Silva (Design de Moda) – A Roselyn Silva foi promovida no Norte através de um evento realizado em Braga (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=825300760836072), tendo o evento Afro Chic sido organizado no Liberdade Street Fashion, por Pedro Ribeiro do i-touch e Helena Cristina Silva & Samuel Costa do tibães fashion, evento que eu estive a apoiar. Nesse evento pude constatar que a estilista teve uma óptima aceitação e o público feminino gostou muito do Design da Roselyn Silva. É um negócio com potencial global e o Tim Vieira e o Mário Ferreira foram os Sharks a investir 50.000€ (25.000€ cada) para ficarem com 50% do negócio. Boa aposta.

STEP (Sistema de Translação e Elevação de Pessoas) – O STEP, embora esteja patenteado, não apresenta grande diferenciação face a outras soluções. Ainda para mais no júri estava um Shark que devido à Douro Azul é um grande entendido nesse tipo de dispositivos. O pedido de 350 mil€ por 10% da empresa, sendo a empresa avaliada pelos empreendedores em 3,5M€ é um absurdo!! A ideia de sugerir que paraplégicos possam trabalhar em obras em altura (construção civil, etc) também é um pouco absurda, devido à dificuldade de mobilidade geral. Naturalmente todos os Sharks acabaram por recusar investir na ideia por ser pouco diferenciadora, mal apresentada, e com uma avaliação completamente irrealista. Boa decisão.

WAFFELARIA (Quiosques de Waffles) – Apesar de o negócio não ser diferenciador, é um negócio com potencial de expansão via franchising, e é promovido por um empreendedor com experiência e caso de sucesso no sector. Tim Vieira investiu 20 mil€ por 35% do negócio, sendo um investimento baixo, e já se percebeu que Tim Vieira gosta de investir neste tipo de projectos, tal como aconteceu no “Comida de Rua”. É uma decisão que se aceita.

KUPY (Cadeiras de praia e de campo) – Apesar de o produto ser interessante, este pitch foi muito mal apresentado. Em primeiro lugar o negócio não é recente. A empreendedora já anda a promove-lo desde 2012 numa página do facebook (https://www.facebook.com/KupyencostoParaPraiapiscinaECampo) página essa que já está inactiva desde Julho 2014. Para quem afirmava que o negócio estava a “explodir” tentou no mínimo vender gato por lebre. Por outro lado, apesar de o negócio ser patenteado em alguns países, existem produtos semelhantes na Decathlon (http://www.decathlon.pt/cadeira-de-praia-izyseat-azul-id_8330767.html) produto concorrente que já não tem problema com as nódoas, etc e que custa menos do que o Kupy (menos de 10€ vs 13€+iva). O Preço de venda do Kupy é demasiado elevado. Por outro lado, se a empresa não está constituida não se compreende como é que a empreendedora anda a vender o Kupy via facebook (https://www.facebook.com/KupyencostoParaPraiapiscinaECampo/posts/728804563848932), embora afirmasse que ainda não anda a vender. Afinal os 1.200 exemplares foram “oferecidos” ou vendidos sem factura??? No mínimo existiu falta de transparência no Pitch.
Por último a atitude de a empreendedora não aceitar recomendações de melhoria muito válidas dos Sharks sobre o produto (tecido anti-nódoas, kit 2 em 1: cadeira+toalha) demonstrou que não é uma empreendedora aberta a novas ideias e a envolvimento no negócio de eventuais sócios, o que só prejudicou o seu Pitch. Tim Vieira ofereceu 100 mil€ por 100% do negócio por não querer ter a empreendedora como sócia, tendo a mesma rejeitado a proposta. Fez mal. Podia ter proposto esse valor + royalties e rentabilizava um negócio que já se encontra encalhado desde 2012, como se comprova pelo facebook. Mau Pitch e má decisão da empreendedora.

Vídeo Completo do 2º Episódio:

 

Sobre o Autor

Bruno Silva

Bruno Silva

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# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, IEFP, CIG, etc.

# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 70.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

# Fundador e Community Manager, desde 2013, do “Dish Mob Portugal” que promove o espírito “Dish Mob”, e que está a transformar-se num dos principais movimentos nacionais de promoção do networking e aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo.

– Licenciatura em Gestão pela Universidade do Minho.
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro
– Formações Profissionais em Vendas, Excelência Pessoal, Inteligência Emocional e Criatividade, Gestão do Stress, Organização de Eventos, Comunicação em Público, E-Business para PME´s, e também Pedagógica de Formador.

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