Inovação: Consórcio português desenvolve novas malas “inteligentes” para viagens de avião
Janeiro 3, 2011 by Inovação & Marketing
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Quem parte numa grande viagem de avião, especialmente quando necessita de fazer mais do que um voo, tem sempre uma angústia que não desaparece até chegar ao aeroporto final: “Por onde anda a minha bagagem?”
É costume o trajecto terminar com um suspiro de alívio, na grande maioria das vezes, mas também pode acontecer aterrarmos no Rio de Janeiro tendo como único vestuário, durante vários dias, umas botas, umas calças de Inverno e uma grossa camisola de lã.
O projecto Mala Segura, lançado em Setembro 2008 por um consórcio português do qual fazem parte quatro empresas e dois centros de investigação e desenvolvimento, nasceu com o objectivo de encontrar uma solução diferente para o grave problema das perdas e trocas de bagagens, que todos os anos obriga as companhias aéreas a pagarem indemnizações de milhares de milhões de euros.
Em causa está uma nova forma de utilizar a tecnologia RFID (identificação por radiofrequência) nos aeroportos, e também as tecnologias de WSN e GPS/GSM. As tags (etiquetas) de RFID guardam muitos dados de informação que depois podem ser lidos à distância.
Em conjunto, a ANA – Aeroportos de Portugal, a SETSA – Sociedade de Engenharia e Transformação, SA, a Critical Software e a Tecmic – Tecnologias de Microelectrónica, mais o PIEP-Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros e o Inov – Inesc Inovação investiram um total de 2,46 milhões de euros, dos quais 1,6 milhões comparticipados pela União Europeia.
À procura de parceiros
A segunda e última demonstração dos estudos e investigações que foram feitos, que marca também um ponto final no projecto Mala Segura, está agendada já para o próximo mês no Porto, no Aeroporto Sá Carneiro.
E para que é que serviram mais de dois anos de investigação e desenvolvimento? Na prática, os membros do consórcio desenvolveram uma forma inovadora de se embutir numa mala de bagagens rígida, no interior do próprio material dessa mala e no momento de fabrico, uma pequena etiqueta RFID que teve de ser adaptada para esse efeito, explicou ao PÚBLICO Bruno Pereira da Silva, membro da comissão executiva do consórcio.
“Foi necessário desenvolver um processo para que a tag de RFID não fosse danificada [quando é embutida nas malas], sob as altas temperaturas e pressões que fazem parte do fabrico destes produtos”, indicou o mesmo responsável. Os estudos envolveram, por isso, “todo o processo tecnológico de produção, com os robots [de fábrica] a colocarem a tag, a tirarem, a injectarem os materiais… (plásticos e afins)”. Mas não só. Outro desafio que conseguiram vencer foi o desenho desta etiqueta num formato inovador, que permite uma melhor leitura dos dados de informação que ali ficam guardados – o que torna, aliás, possível comercializar esta nova aplicação à parte, mesmo para malas em tecido, sublinha Bruno Pereira da Silva. Isso e também um sistema próprio de software, desenvolvido para os aeroportos gerirem e controlarem a informação destes novos tipos de malas de passageiros. Não admira, pois, que já tenha dado entrada um processo de patente para o produto final do Mala Segura. É que o próximo passo, se houver vontade e condições de mercado, poderá ser conseguir ter um parceiro industrial para o fabrico destas “malas inteligentes” e lançá-las no mercado. Pereira da Silva prefere ser muito cauteloso quando é questionado sobre o futuro, mas admite que a Samsonite pode ser uma hipótese, uma vez que tem sido consultora técnica (adviser) em todo o processo.
Outra grande ajuda para um eventual lançamento no mercado pode vir da IATA, associação internacional que representa a nível mundial as companhias aéreas, e que tem sido também adviser.
Contas feitas, indica o também gestor de projecto do PIEP, os aeroportos e as companhias aéreas teriam muito a ganhar com a generalização destas malas.
Hoje em dia, os aeroportos que já utilizam a tecnologia RFID anexam manualmente essas etiquetas a cada uma das bagagens, investindo cerca de 10 cêntimos por passageiro que depois reflectem nas taxas cobradas às companhias aéreas. No entanto, se as bagagens passam a ter elas próprias o seu dispositivo RFID incorporado, esse custo pode passar para os passageiros, quando compram as suas malas. Isso tornaria também mais fácil a generalização desta tecnologia.
Mais para a frente, uma vez que também o sistema GPS/GSM ficou validado no âmbito deste projecto, poderão abrir-se modelos de negócio ligados a outros meios de transporte, como o comboio de longa distância, acredita o representante do consórcio.
Não é difícil imaginar, aliás, o dia em que poderemos controlar onde andam as nossas malas e se já entraram ou não no avião ou no comboio através de uma simples aplicação de telemóvel…
Fonte: Público
Marketing: Tecnologia vai mudar hotelaria em dez anos
Janeiro 3, 2011 by Inovação & Marketing
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É o que se diz num estudo elaborado para a ITB, segundo o qual dentro de dez anos os hotéis usarão a tecnologia ao máximo para personalizar a estadia.
O estudo aponta para uma realidade a dez anos em que as preferências pessoas de cada hóspede definirão o produto oferecido pelo hotel. Dando um exemplo, à chegada ao quarto o hóspede encontra uma decoração de acordo com os seus gostos pessoais, incluindo a cor do quarto, uma luz ambiente tal e qual como gosta, a sua “playlist” pessoal a passar num sistema multimédia em que toda a programação está também de acordo com os seus gostos, devidamente processados pelo hotel depois de carregado o perfil pessoal por qualquer meio tecnológico, incluindo a biometria. Isto, “ou algo de parecido”, é a realidade que se prevê no ITB World Travel Trends Report, elaborado por mais de cinquenta peritos em turismo e noutras áreas para a organização da feira de Berlim, cuja próxima edição decorre de 9 a 11 de Março.
Outras previsões, daqui por dez anos os hotéis poderão não ter recepcionistas, mas sim robots nessa e noutras tarefas. O que terão, nos quartos e fora deles, será grandes ecrãs interactivos multi-funções, desde a passagem de programação seleccionada a interface com o hotel, para qualquer serviço, passando por ferramenta de trabalho. Outras mudanças, as arestas tenderão a desaparecer da arquitectura dos novos hotéis, substituídas por curvas suaves, sendo a gestão ambiental o aspecto mais importante na concepção e operação dos edifícios.
Quanto a fidelização dos clientes, a previsão é de que no futuro breve estes se agreguem em função da sua presença nas redes sociais, ou seja, os hotéis serão elementos caracterizadores de grupos de afinidades nas redes, e adaptarão a sua oferta aos gostos e necessidades desses grupos.
Como se afirma no estudo, quase todos estes aspectos são já hoje possíveis e vários deles explorados.
Fonte: Turisver
Bom Ano de 2011!!
Dezembro 31, 2010 by Inovação & Marketing
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Inovação: “Pontas de lança” premiados
Dezembro 30, 2010 by Inovação & Marketing
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Prémios de inovação e empreendedorismo são rampa de lançamento para jovens empresários. Uns ficam pelo caminho, outros (a maioria) são casos de sucesso.
O número de prémios e galardões de fomento ao empreendedorismo empresarial não tem parado de aumentar nos últimos anos. Respondem à convicção generalizada de que as novas empresas inovadoras e criativas são a melhor forma de gerar riqueza e criar empregos.
Será que a maioria frutifica? O Expresso fez um levantamento de alguns dos vencedores dos principais prémios de empreendedorismo dos últimos anos e constatou que a taxa de sobrevivência é significativa (ver texto ao lado).
Mas a regra, segundo Eurico Neves, presidente executivo da consultora Inovamais e especialista em empreendedorismo, é que haja uma taxa elevada de mortalidade dos projetos.
“Para haver um pequeno grupo de empresas inovadoras de sucesso há sempre um número muito maior que não vinga”, concretiza. Mas a taxa de sucesso será maior na medida em que a envolvente for mais favorável, nomeadamente existência de mentores (business angels), existência de financiamento (capital semente ou de risco) e interação menos burocrática com o Estado e com programas comunitários.
“A atual crise custou à Europa seis milhões de empregos. Muitos desses postos de trabalho não vão voltar, pelo que é indispensável criar novas fontes de crescimento”, diz Diogo Vasconcelos, consultor da Cisco e coordenador do documento “Reinventar a Europa para a Inovação”, que servirá de base à estratégia da União Europeia “Innovation Union” e deverá ser aprovado em fevereiro.
“A Europa tem um grande défice de empresas inovadoras jovens e de crescimento rápido. Ao contrário do que sucede nos EUA, poucas pequenas e médias empresas conseguem atingir o estatuto de grande empresa. Estudos recentes mostram que nos EUA, entre 1992 e 2005, 64% dos empregos foram criados por novas empresas”, acrescenta Diogo Vasconcelos.
Por áreas de atividade, segundo Eurico Neves, as tecnologias de informação continuam a ser as que têm mais projetos de empreendedorismo, tanto mais que o investimento inicial é geralmente baixo. Biotecnologia, energias renováveis e serviços também têm procura – e espaço para crescer.
Curiosamente, a crise económica parece estar a jogar a favor do empreendedorismo porque, como ‘a necessidade aguça o engenho’, há cada vez mais jovens recém-licenciados a criar o seu projeto, ao contrário das gerações anteriores que sonhavam ter um emprego para toda a vida. Mas há também os casos de quadros qualificados que abdicaram (ou foram forçados a sair) de empregos estáveis e arriscaram criar os seus próprios negócios.
Mais do que a recompensa monetária, os prémios de empreendedorismo acabam por ser importantes para os jovens empresários pela notoriedade que proporcionam.
Gonçalo Quadros, presidente executivo da Critical Software, que beneficiou de um prémio da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) no arranque da atividade em 1998, fala da dimensão emotiva destes galardões. “Permitem aumentar a autoestima da equipa e criam um compromisso de responsabilidade em relação a quem nos premiou e à sociedade”.
Opinião idêntica tem Paulo Malo, fundador da Malo Clinic, que recebeu o Prémio INSEAD de Entrepreneurship para Portugal, em 2007.Um reconhecimento que ajudou à visibilidade que hoje a sua rede de clínicas tem.
“Este tipo de prémios é uma motivação extra para a nossa equipa. E uma equipa motivada faz a diferença entre vencer e perder”, afirma o cirurgião dentário.
Malo diz que foi aquele galardão que acelerou a internacionalização e atraiu investidores, como a Espírito Santo Capital. A sociedade de capital de risco do grupo Espírito Santo chegou a ter cerca de 20% da Malo Clinic, mas está agora vendedora da sua posição.
“Foi um investimento em troca de ações colaterais, que chegou ao fim”, explica Paulo Malo.
Também António Quina, fundador de A Vida é Bela, acredita que o Prémio Gesventure, que recebeu em 2005, deu visibilidade à empresa junto dos bancos, dos clientes e dos fornecedores.
É o tipo de reconhecimento que serve para dar ânimo e “dizer-nos que estamos a ir no caminho certo”.
Ajudar os mais novos Para que os projetos deem certo, Eurico Neves diz ser conveniente que haja um mentor que ajude a desbravar terreno, dar conselhos e apoio financeiro e abrir portas em termos de negócio.
“Francisco Banha é um mentor com quem ainda hoje falo quando preciso”, refere António Quina, referindo-se ao sócio principal da Gesventure.
Para Paulo Malo, estes prémios são “elevadores que aproximam as pessoas que têm as ideias e a energia, mas estão descapitalizadas, das que têm os contactos e o capital”. Foi precisamente através do prémio INSEAD que o cirurgião conheceu os gestores e empresários Belmiro de Azevedo, António Borges e Paulo Teixeira Pinto, a quem ainda hoje recorre quando precisa de ajuda e conselhos. Mas é o próprio, enquanto empreendedor, quem dá agora conselhos aos jovens que iniciam um negócio por conta própria: “Ter um plano bem articulado, mas sempre com uma hipótese B, crescer no exterior com parceiros locais, que também participem no capital, avançar com a certeza de que o produto ou serviço lançado é melhor do que o que já existe no mercado e, por fim, garantir financiamento acima do necessário”.
António Quina recomenda que se trabalhe arduamente, que não se desmotive, que se acredite muito no projeto, mas que se evite o deslumbramento.
Por sua vez, Gonçalo Quadros aconselha os novos empreendedores a “serem ambiciosos”, a “terem uma ideia de negócio” e, sobretudo, a “escolherem a equipa certa composta de pessoas com atitude”. Outra das regras que explica o sucesso da Critical Software, é ter uma cultura espartana, mas “mantendo a equipa motivada através de um sistema justo de recompensas”.
Fonte: Expresso
Empreendedorismo: Capital mínimo “simbólico” para abrir uma empresa
Dezembro 30, 2010 by Inovação & Marketing
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O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um decreto-lei que elimina a exigência de um capital social mínimo de cinco mil euros para se constituir uma empresa, deixando aos sócios a liberdade para o definirem de forma simbólica.
O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, referiu na conferência de imprensa que decorreu após o Conselho de Ministros que a “exigência já não se justifica” e que o diploma visa simplificar “ainda mais” os processos de constituição das sociedades por quotas ou das sociedades unipessoais por quotas.
A legislação estabelece que os sócios devem depositar o montante do capital social com o valor mínimo de cinco mil euros, antes de se iniciar da constituição da empresa, situação que “constitui uma restrição” à constituição das empresas, sublinhou o ministro.
Este diploma estabelece que o capital passa a ser “livremente fixado pelos sócios”.
Trata-se de uma medida de “combate à burocracia e aos custos de contexto”, que vem no sentido do aprofundamento do SIMPLEX – Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa.
Fonte: Diário de Notícias




