Marketing: Aprenda a utilizar melhor o WhatsApp e o Instagram no seu negócio

Novembro 26, 2020 by  
Filed under Featured, Notícias

Quem usa O lnstagram e O WhatsApp , ambos do Facebook, deve ter percebido algumas mudanças no layout dos aplicativos neste mês.

Ficou mais fácil para os usuários visualizar os produtos vendidos por quem tem contas comerciais no nas plataformas. Antes, a funcionalidade ficava escondida na aba Explorar no Instagram ou no perfil da empresa no WhatsApp.

Agora, quem segue uma marca no Instagram se depara com o botão Ver Loja, logo abaixo das informações sobre o negócio, enquanto no WhatsApp Business o ícone de casinha, ao lado do nome da empresa, mostra o catálogo de produtos quando é clicado.

Cerca de 5,7 milhões de brasileiros fizeram a sua primeira compra online durante a pandemia, segundo pesquisa da empresa de inteligência de mercado Neotrust/Compre&Confie,  divulgada no fim de julho. Com isso, os aplicativos que possibilitam a interação com os consumidores se tornaram ainda mais relevantes para micro e pequenas empresas.

A seguir, Eder Max, consultor do Sebrae, e Maurici Junior, gerente de conteúdo da ComSchool, especialistas em marketing digital, esclarecem as principais dúvidas sobre o uso dos principais aplicativos do mercado e como  aumentar  as vendas por meio deles.

Empresas usuárias de contas pessoais de WhatsApp e Instagram devem trocá-Ias por versões comerciais?

Os perfis comerciais são gratuitos e oferecem funcionalidades exclusivas, muito úteis à gestão do negócio.

No Instagram só quem tem uma conta profissional pode acrescentar um botão de contato ao perfil. Além disso, consegue acompanhar os desdobramentos de uma ação para descobrir se ela trouxe os resultados planejados.

O aplicativo fornece uma série de métricas: alcance dos posts, engajamento, interações, onde estão e que idade têm os seguidores, gênero, quantos salvaram a publicação, número de visualizações dos vídeos e quantidade de cliques no link da bio. “O que não é medido não pode ser gerido”, afirma Junior, da ComSchool.

Já a versão Business do WhatsApp possibilita criar mensagens automáticas, como de ausência e de saudação.

Isso é importante para evitar que um cliente fique aborrecido, por exemplo, ao enviar uma mensagem num sábado à tarde para a empresa e perceber que o dono da linha está online e ainda assim não lhe responde.

Outra característica positiva da versão Business é que ela auxilia na gestão da clientela, classificando os contatos da agenda conforme os critérios que melhor funcionam para cada um.

É possível, por exemplo, identificar com etiquetas de diferentes cores os pedidos fechados, os clientes que são novos, os que fizeram a última compra há mais de três meses e assim por diante.

O empresário pode mandar mensagens específicas para grupos pequenos, conteúdos que só interessam àqueles clientes. “Assim, ele evita um erro grave e comum, que é enviar para todos os cadastrados aquilo que eles nem sempre querem receber”, afirma Max, do Sebrae. “O cliente acaba bloqueando o remetente.”

Ao adotar um perfil comercial nas redes sociais, os contatos do perfil pessoal são perdidos?

Quem já tem uma conta pessoal com muitos seguidores pode transformá-la em conta empresarial sem abrir mão da agenda e do histórico conquistados.

No Instagram, bastam seis passos. Acesse o seu perfil do Instagram, vá para o menu, escolha a opção “Configurações”, clique em “Conta”e, na parte inferior da tela, clique em “Mudar para conta profissional”. Então, é preciso responder algumas perguntas, como ramo de atividade, endereço, site e outras formas de contato.

No WhatsApp Business, depois de fazer o download do aplicativo, quem tem o WhatsApp comum é questionado se o número já cadastrado vai para a conta nova, já que é impossível vincular uma mesma linha a duas contas. Se o usuário concordar com a alteração, os contatos, o histórico de conversas e os arquivos de mídia migrarão automaticamente.

É possível também usar um telefone fixo no WhatsApp Business, o que é bom para o empreendedor que já mantém contato com a clientela dessa forma ou para aquele que dispõe de um aparelho de celular com um só chip.

As funcionalidadesde loja e catálogo do Instagram e do WhatsApp Business dispensam ter um ecommerce?

Em termos. Esses aplicativos ainda não foram homologados pelo Banco Central para efetivar vendas, é por isso que não estão integrados a mecanismos de pagamento.

Quando o consumidor se interessa por produtos vistos em perfis que não levam para um ecommerce, a transação acontece de modo informal, geralmente numa troca de mensagens pelo WhatsApp.

Se o consumidor tiver receio de não receber o produto, ele pode simplesmente não finalizar a compra. ” A loja virtual traz mais segurança para o consumidor e pode ser facilmente criada, até sem custos”, afirma Junior.

Se eu tiver algum tipo de loja virtual, ela pode estar atrelada à conta do Instagram?

Pode e deve. Alguém que esteja no perfil de Instagram de uma marca e clique no botão “Ver loja” acessará o catálogo de produtos. Clicando em um deles, encontrará mais imagens do item e um botão que o encaminhará para a página da marca na internet, onde poderá efetuar a compra.

Toda empresa que tem uma conta no WhatsApp Business precisa ter um catálogo de produtos?

Não, isso não é automático. Portanto, se quiser dispor dessa ferramenta, o empreendedor precisará seguir as orientações para criar o seu catálogo.

Como devem ser as fotos de um catálogo online?

Nada faz tanta diferença quanto as fotos:são elas que costumam fazer o consumidor parar e dar atenção a uma marca e não a outra.

Imagens nítidas e com tamanho adequado são o primeiro requisito. “Fotos quadradas servem tanto para o WhatsApp Business quanto para o Instagram e devem ter no mínimo 1.080 pixels”, orienta Max.

Para mostrar como é a mercadoria, vale investir na variedade de ângulos, até o máximo de dez por item.

Dependendo do tipo de produto, háfotos de divulgação disponibilizadas pelos fabricantes. A atenção vai para selecionar as que têm maior resolução e qualidade para a internet.

Fundos neutros e lisos destacam os objetos. Às vezes, porém, uma foto ambientada pode ser mais inspiradora e levar o cliente a imaginar aquele produto na própria casa.

Filtros alteram a cor natural das peças, por isso não devem ser utilizados. Quando a mercadoria oferecer variedade de tons, o catálogo deve retratá-la.

Como uso o Instagram e o WhatsApp Business para aumentar minhas vendas?

Rede social não é apenas um catálogo, mas uma ferramenta de relacionamento. Se não é para responder o consumidor mais rápido possível, torna-se perda de tempo fazer posts e abrir canais de comunicação.

“O pequeno empreendedor não precisa responder fora do horário comercial, mas se o cliente escreve de manhã, é razoável que queira um retorno no mesmo dia”, diz Junior.

Max alerta para a necessidade de fazer uso moderado do WhatsApp Business:”Ele serve para marketing conversacional e não para disparar fotos e aguardar vendas. Use-o somente para falar com quem já se relaciona”.

Os especialistas advertem que traçar uma estratégia de marketing digital é muito mais do que montar um perfil em cada rede social, sem saber o que esperar delas.

Quais são os principais erros das empresas ao usar o Instagram e o WhatsApp Business?

Nos perfis das contas empresariais, um erro comum é não mencionar informações básicas sobre a loja, como endereço, telefone, horário de funcionamento e área de atuação. No Instagram, muitos empreendedores também se esquecem de incluir um botão para contato por WhatsApp.

Outro equívoco é não pôr um texto ou um link que leve o usuário para uma nova etapa, por exemplo, para mais detalhes do produto, forma de contato ou carrinho de compras.

O empresário também não deve fazer posts muito longos, com erros de grafia e cheios de abreviações ou colocar muito texto em cima de fotos.

“Antigamente, o Facebook permitia fotos com até 20% da área coberta por texto. Esse limite caiu por terra e as pessoas passaram a ocupar tudo ou quase tudo, achando que isso é bom, mas não é”, diz o consultor do Sebrae

Muitos empreendedores erram também na frequência das publicações, ou porque publicam raramente, ou porque publicam o tempo todo. Apesar de não existir uma periodicidade certa de postagem, o ideal é buscar um certo equilibrio e não fazer posts unicamente com a intenção de venda.

Fonte: Folha de São Paulo

Inovação: Norte de Portugal entre as regiões mais inovadoras da Europa da última década

Novembro 25, 2020 by  
Filed under Featured, Notícias

O Norte do país está entre as regiões mais inovadoras da Europa da última década, nomeadamente quanto ao registo de marcas e design, investimento em máquinas e percentagem de pequenas e médias empresas com inovações tecnológicas, foi hoje revelado.

Segundo o relatório Norte Estrutura, documento elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), esta foi a região de Portugal Continental que “mais convergiu” com a média da União Europeia (UE) em matéria de inovação, entre 2011 e 2019.

Entre este período, o Índice Global de Inovação do Norte aumentou de 83,3% para 92,7% da média da UE.

Assim, o Norte torna-se na centésima região mais inovadora da Europa entre as 238 regiões europeias.

Em termos nacionais, esta é a segunda região mais inovadora do país, atrás de Lisboa, atual líder nacional, refere o documento.

Este aumento a Norte contrasta com a estagnação observada na Área Metropolitana de Lisboa, que cresceu pouco mais de um ponto percentual de 93,4% para 94,6%, durante o mesmo período, refere a CCDR-N.

A região Norte assume um lugar entre as regiões mais inovadoras da UE devido às despesas de inovação (investimento em máquinas numa lógica de modernização), aos registos de marcas e de design e às percentagens das pequenas e médias empresas (PME) com atividades internas de inovação e com inovações tecnológicas, em termos de produtos e processos.

Em contrapartida, o Norte está “significativamente abaixo” da média da UE no que diz respeito ao registo de patentes, às percentagens da população dos 30 aos 34 anos com formação no ensino superior e do emprego em setores de alta e média-alta tecnologia e a cooperação das empresas com a ciência, refere a CCDR-N.

“Do ponto de vista do comércio internacional de bens classificados de acordo com o seu grau tecnológico, a região do Norte observou uma alteração gradual na especialização internacional com a proporção de bens de média tecnologia a aumentar de 21,7% para 28,5% do total entre 2005 e 2019, sobretudo por via do forte dinamismo do cluster do ramo automóvel”, sublinha o relatório.

Ainda assim, as principais exportações continuam a ser de produtos de baixa tecnologia, que representavam 41,8% do total em 2019.

Fonte: Notícias ao Minuto

Empreendedorismo: Bill Gates garante – 5 atitudes que te levam ao sucesso

Março 28, 2016 by  
Filed under Notícias

3

Se você está à procura de um modelo de sucesso para sua vida, você dificilmente poderia pensar em um melhor do que o criado por Bill Gates. A empresa que fundou, Microsoft, não apenas criou toda uma indústria como, através dela, ele conseguiu realizar um sonho: levar um computador pessoal ao maior número de pessoas possível. Se hoje ele acumula uma fortuna da ordem de US$ 80 bilhões, ele também não economiza em filantropia e novos projetos.

Mas o que levou Gates ao sucesso? Ele certamente estava no lugar certo na hora certa com o conceito certo para um produto. Mas ao longo dos anos, ele próprio chamou a atenção para algumas das atitudes que ele acredita que o ajudaram nessa trajetória. A revista INC selecionou alguns desses conselhos.  Confira abaixo:

1. Saiba como dizer não: esse conselho Bill Gates ganhou de Warren Buffett e é algo extremamente útil a qualquer um, independente da riqueza ou sucesso. É preciso ter em mente que sempre haverá inesgotáveis oportunidades, coisas para fazer, causas para se preocupar e assim por diante. Neste mundo ocupado, sabendo como e quando dizer não para o desenvolvimento de novos projetos, convites sociais e pessoais, e outros pedidos que usam seu tempo, você verá que esta é a maior habilidade que você precisa. Permitirá a você descobrir o que é realmente importante e, assim, o que exige-se sua atenção.

2. Esteja aberto à críticas 
Bill Gates já escreveu lá no seu livro The Speed of Thought (A Empresa na Velocidade do Pensamento): “Aceite as notícias ruins para aprender onde você deve focar em melhorar”. Embora nunca seja agradável ouvir alguém dizer-lhe como você errou, sem esse tipo de feedback, seu processo de aprendizagem poderá ser muito mais lento.  Claro que, algumas críticas não são úteis e é aí que entra o seu julgamento para notar a diferença. Isso tendo em mente que da próxima vez que alguém lhe criticar, não pense que essa pessoa quer te destruir. Pare, respira e reflita.

3. O otimismo tem valor
É difícil sim ser otimista em um mundo no qual tantas coisas parecem estar indo no caminho errado. Mas, sem otimismo, ninguém abre uma nova empresa, investe em uma nova ideia e tenta buscar um novo produto ou nicho de mercadio. Gates sempre apreciou o valor que o otimismo tem e, nesse sentido, seu trabalho também tem um direcionamento para resolver algumas das questões mais desanimadoras, como tráfico sexual, pobreza e fome. “O otimismo é muitas vezes descartado como falsa esperança”, disse ele em um discurso de formatura de Stanford em 2013. “Mas há também falsa falta de esperança.”

4. Esteja disposto a falhar
“O sucesso é um péssimo professor. Ele seduz as pessoas inteligentes a pensar que elas não podem perder”, escreveu em seu livro The Road Ahead (A Estrada do Futuro). Segundo Gates, é importante ter em mente que você pode criar um produto hoje que pode se tornar absolutamente obsoleto amanhã já. Você pode encontrar mais sucessos do que fracassos agradáveis, mas são as falhas que vão te ensinar mais e dar as melhores oportunidades para crescer. Tenha em mente na próxima vez que você cair e der com a cara no chão.

5. Desenvola a habilidade de focar um objetivo e mantenha-se progredindo nesta direção 
Em uma carta anual da Fundação Bill e Melinda Gates, Gates tirou algumas lições da história da máquina a vapor. “Você pode conseguir um progresso incrível se você definir uma meta clara e encontrar uma medida que irá impulsionar o progresso em direção a esse objetivo”, escreveu ele. Lembrou, contudo, que encontrar o objetivo correto e a métrica certa para acompanhar seu progresso é algo surpreendentemente difícil. Então, novamente, se fosse fácil, todo mundo estaria fazendo isso. Não custa tentar.

Fonte: Época Negócios

Inovação: Este país não é para doutores

Março 28, 2016 by  
Filed under Notícias

mw-680

Menos de 1000 O Inquérito aos Doutorados, que o país realiza de três em três anos, mostra que nem mil doutorados trabalhavam nas empresas em 2012. O ensino superior emprega quatro em cada cinco doutorados e só 4% trabalham em empresas. O resto está no Estado (7%), em outras entidades (5%), está inativo (4%) ou desempregado (2%).

Apenas 20 empresários se candidataram ao primeiro concurso dos fundos europeus do Portugal 2020, que financia em 50% a contratação de doutorados e pós-doutorados pelas micro, pequenas, médias (PME) e grandes empresas, pagando metade do salário e dos encargos com Segurança Social destes novos trabalhadores a fundo perdido.

“A esmagadora maioria veio de PME que, com algum pioneirismo, decidiram candidatar-se a este apoio e a esta aposta da região. Esperamos que estes promotores sejam o primeiro rosto desta iniciativa, inspirando outras empresas a apresentarem as suas candidaturas”, explicou ao Expresso o gestor do programa Norte 2020, Emídio Gomes.

Recorde-se que o concurso lançado no inverno de 2015 tinha €20 milhões só para financiar a contratação de 150 doutorados pelas empresas da região Norte. O Norte tem o tecido empresarial mais atento aos fundos europeus — cerca de metade das candidaturas aos incentivos do Portugal 2020 vem de empresas nortenhas — e o Norte 2020 é o programa regional que mais aposta na integração de recursos humanos altamente qualificados — a meta são 400 até 2020.

Os concursos entretanto lançados nas regiões Centro, Alentejo e Algarve oferecem metade do dinheiro e não ousam apostar nos doutorados, abrindo os apoios europeus à contratação de mestres e licenciados.

NOVA OPORTUNIDADE

O facto de as empresas serem pequenas, de natureza familiar ou geridas por patrões menos qualificados podem ser entraves à procura destes incentivos europeus. E mesmo nas start-ups mais inovadoras, há quem prefira trabalhar com universidades e centros tecnológicos em vez de contratar um doutorado a tempo inteiro.

Depois deste passo experimental, o Norte 2020 pretende realizar um trabalho de sensibilização para estes incentivos europeus à contratação de doutores, mais direcionado para os sectores tradicionais, que necessitam de aumentar a sua competitividade, e para os sectores mais intensivos em conhecimento, que necessitam incessantemente de maior inovação.

Quem aguarda pelo novo concurso para aproveitar o desconto de 50% na contratação de doutores é a indústria têxtil e agroalimentar de Vila Nova de Famalicão. Augusto Lima, coordenador da iniciativa ‘Famalicão Made In’ explicou ao Expresso que as empresas do concelho querem doutorados — sobretudo nas áreas da engenharia física, química de materiais ou biotecnologia —, mas o prazo do primeiro concurso do Norte 2020 foi demasiado apertado para poderem concorrer. “Doutores a tempo inteiro permitem às empresas desenvolver projetos de I&D mais estruturados, em vez de pedidos pontuais às universidades e centros tecnológicos”, explica.

Quem também apela às empresas para tirarem partido deste capital humano com conhecimento especializado, experiência de investigação e capacidade técnica para implementar novos processos, produtos, tecnologias ou modelos de negócio, é o reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo.

“A integração de doutorados pode contribuir de forma decisiva para o salto de competitividade que tem faltado ao tecido empresarial nacional, facilitando o desenvolvimento das competências internas das empresas, nomeadamente em áreas essenciais à competitividade como as de inovação, I&D, gestão, marketing, criatividade”, sustenta o reitor.

Por outro lado, “com doutorados, as empresas ganham interlocutores qualificados para parcerias com as universidades e centro de investigação ao nível da inovação e I&D. Algo que nem sempre acontece hoje em dia, o que cria obstáculos à cooperação entre o meio académico e científico e o meio empresarial”, remata.

Fonte: Expresso

Marketing: Quem é o novo consumidor chinês?

Março 26, 2016 by  
Filed under Notícias

img_890x500$2015_05_18_11_49_58_253615

As tendências de consumo na segunda maior economia do mundo estão a mudar. Isso mesmo revela um estudo da McKinsey, que aponta para um novo perfil do consumidor chinês: é selectivo, moderno e mais exigente.

Moderno, selectivo e exigente. Este é o novo retrato do consumidor chinês que está a mudar o seu foco dos produtos de massa para o segmento “premium” e, tal como a própria economia, dos bens para os serviços. Está mais preocupado em manter um estilo de vida saudável e um maior equilíbrio da vida familiar.

A desaceleração da economia, a agitação dos mercados financeiros e a depreciação da moeda têm preocupado os líderes políticos e empresariais. Mas os consumidores continuam optimistas, com os salários a subir e o desemprego relativamente baixo. Na verdade, mais de metade (55%) está confiante que os seus rendimentos vão aumentar de forma significativa nos próximos cinco anos – uma descida de apenas dois pontos percentuais face a 2012.

De acordo com um estudo da McKinsey, apesar dos receios em torno do crescimento económico da segunda potência mundial, os chineses continuam a consumir. Mas fazem-no de forma diferente: estão mais selectivos em relação ao que compram e onde compram.

O estudo, baseado em entrevistas pessoais com 10 mil cidadãos entre os 18 e os 56 anos, conclui que os consumidores estão a gastar uma percentagem maior dos seus rendimentos em serviços e experiências de “lifestyle” – e mais de metade tenciona gastar mais dinheiro em lazer e entretenimento, viagens e cuidados pessoais (como massagens, spa). Por outro lado, os gastos com alimentos e bebidas para consumo doméstico estão a estagnar ou mesmo a diminuir.

Ao mesmo tempo, os chineses estão a trocar produtos de massa por produtos premium: 50% dos inquiridos procura a melhor e mais cara oferta, um aumento significativo face aos anos anteriores. Além disso, uma percentagem crescente de consumidores está a concentrar-se em marcas específicas, tendo caído drasticamente a disponibilidade para comprar outras marcas.

No que diz respeito ao vestuário, por exemplo, o número de consumidores dispostos a considerar uma marca nova caiu de cerca de 40%, em 2012, para menos de 30% em 2015. As marcas estrangeiras dominam o segmento “premium”, ao passo que as empresas locais estão a aumentar a sua quota de mercado no segmento de produtos de grande consumo.

“Enquanto a escala, a velocidade e a simplicidade se revelaram vantajosas durante os últimos 15 a 20 anos, as mudanças no consumo chinês estão a derrubar alguns gigantes do passado, e a elevar novos campeões”, explica a McKinsey.

Embora a China seja o maior mercado mundial de comércio electrónico – gerando receitas de cerca de 4 biliões de yuan ao ano (cerca de 545,5 mil milhões de euros), o mesmo que os Estados Unidos e a Europa juntos – as lojas físicas continuam a ser importantes para o consumidor chinês.

Parte deste interesse pode ser explicado por uma tendência chamada “retailtainment” (conceito que combina lojas e entretenimento). Segundo os dados da McKinsey, dois terços dos consumidores chineses consideram que as compras são a melhor forma de passar tempo com a família, um acréscimo de 21% em comparação com 2011.

Na China, os consumidores também estão a reforçar os laços familiares através de viagens: 74% diz que os ajuda a conectar-se com a família. Nesse sentido, quase metade das viagens internacionais (45%) foram realizadas em família, no ano passado, uma subida face aos 39% em 2012.

Fonte: Jornal de Negócios

Página seguinte »